A moça do Flamengo - Marilene Dabus

A moça do Flamengo - Marilene Dabus

 

Título: A moça do Flamengo - Marilene Dabus

Ano de Lançamento: 2019

Número de Páginas: 140

Autor(es): Marilene Dabus

Editora: Approach - MUSEU DA PELADA

A Moça do Flamengo, livro autobiográfico da jornalista Marilene Dabus, é uma viagem ao Rio de Janeiro da segunda metade do século passado até os dias atuais e mescla histórias pessoais aos momentos icônicos do mais querido clube de futebol do Brasil. Bem-humorada e sem rodeios, Marilene faz uma ode ao Flamengo e divide com os leitores ponto de vista e confidências como em uma roda de papo entre velhos amigos.

Primeira mulher repórter a cobrir futebol no Brasil, Marilene Dabus desbravou um universo até então machista. Ela despontou em 1969, quando aceitou participar de um programa de conhecimentos na TV Tupi respondendo exclusivamente questões relativas à sua maior paixão, o Flamengo. Foi um sucesso na época. Nas ruas, as pessoas me viam e apontavam: Olha lá a moça do Flamengo!.

Na crista da onda, Marilene foi convidada por Samuel Wainer, dono do Última Hora, para ser setorista do Flamengo. Trabalhou na redação do jornal com nomes como Nelson Motta, Alberto Dines e Maneco Muller.

Ainda no primeiro ano como repórter, foi processada pela direção do Flamengo por causa de uma matéria polêmica. Teve um affair com um zagueiro uruguaio do time, razão pela qual pediu para ser afastada do dia a dia da Gávea, passando a cobrir a seleção brasileira que o técnico João Saldanha preparava para a Copa do Mundo do México.

Participou de vários programas de TV até retornar ao CRF em meados da década de 70. Chamada para integrar a FAF (Frente Ampla pelo Flamengo), partiu dela o convite para que Marcio Braga se candidatasse à Presidência. O que aconteceu a partir de então já é lenda. O Flamengo modernizou sua gestão e apresentou ao mundo um dos maiores times de todos os tempos, liderado por Zico – por sinal, Marilene escreveu a primeira matéria que saiu na imprensa sobre o Galinho de Quintino.

Mulher à frente de seu tempo, coube a levar o despacho judicial que possibilitou aos clubes brasileiros receberem pelos direitos de transmissão dos seus jogos, hoje a maior receita do futebol nacional. Foi responsável por estratégias e iniciativas de comunicação que contribuíram para o rubro-negro carioca alavancar sua torcida, tendo exercido, inclusive, o cargo de Vice-Presidente de Comunicações do clube nos anos 80.

Fosse pouco, Marilene Dabus criou o Baile do Vermelho e Preto, a primeira boutique do Flamengo e, mais recentemente, apelidou o CT de Vargem Grande de Ninho do Urubu. Não à toa, seu nome batiza a sala de imprensa da Gávea. Ao longo da narrativa, os leitores degustarão histórias saborosas do Rio de Janeiro e seus personagens icônicos. Icônicos feito ela.