-2013:
Presidente: Eduardo Bandeira de Mello
Títulos:
Futebol: Troféu Super Clássicos
Troféu 125 Anos de Uberlândia (MG)
Troféu Fla x Flu Clássico dos Clássicos (RJ)
Troféu Fla x Flu Clássico dos Clássicos (RJ)
Taça Rio Júnior (2º Turno do Campeonato Estadual)
Copa Dadazinho Super de Futebol Infantil (sub 14) (MG)
Taça Rio Infantil (2º Turno do Campeonato Estadual)
Campeonato Metropolitano de Futebol Mirim (Taça Carlos Alberto Parreira)
Campeonato Metropolitano de Futebol Pré Mirim
Basquete: Campeonato Brasileiro Adulto Masculino (NBB)
Campeonato Estadual Adulto Masculino.
Campeonato Brasileiro LDB Júnior (Sub 22)
Torneio SESI Sub 17 (Juvenil) Masculino (Juiz de Fora-MG)
Campeonato Estadual Sub 15 (Infantil) Masculino
Circuito Estadual Pré Mirim Masculino
Remo: 9º Festival de Remo de Campos dos Goytacazes (RJ)
Campeonato Brasileiro Júnior
Campeonato Estadual Infantil
Campeonato Estadual Júnior B
Campeonato Estadual Feminino
Futebol Society: Copa Rio
Copa dos Campeões
Copa do Brasil
Mundial de Clubes
Copa Interclubes Masculino
Campeonato Estadual Masculino
Desafio Internacional de Futebol Society
Liga Nacional de Futebol Society
Futebol de Areia: Taça Guanabara Feminino
Copa do Brasil Masculino
Circuito Nacional Adulto Feminino
Showbol: Campeonato Brasileiro
Futebol de Mesa: Campeonato Brasileiro categoria “dadinho”
Campeonato Estadual Máster de bola 12 toques
Campeonato Estadual categoria “dadinho”
Futebol de Salão: Campeonato Estadual Júnior
Futevôlei: Campeonato da Liga Nacional Feminino
Natação: Torneio Ruy Essucy Petiz de Inverno
Campeonato Estadual Mirim de Inverno
Campeonato Estadual Júnior II (Sub 18)
Torneio Ruy Essucy Mirim de Verão
Festival Sudeste Mirim
Campeonato Estadual Petiz de Verão
Campeonato Estadual Mirim de Verão
Campeonato Brasileiro Máster Feminino (+50)
Nado Sincronizado: Campeonato Estadual
Pólo Aquático: Campeonato Brasileiro Infantil Feminino
Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino
Taça Brasil Infanto Juvenil Masculino
Copa Brasil Júnior Feminino
Ranking Nacional de Pólo Aquático
Ginástica Olímpica: Troféu Brasil Feminino Individual (Rebeca Andrade)
Campeonato Brasileiro Feminino
Campeonato Brasileiro Feminino de Saltos (Rebeca Andrade)
Campeonato Brasileiro Feminino Individual (Rebeca Andrade)
Campeonato Brasileiro Feminino Juvenil
Campeonato Brasileiro Feminino Juvenil Individual (Rebeca Andrade)
Judô: Campeonato Carioca Masculino
Campeonato Estadual de Máster
Vôlei: Torneio Início Infanto Juvenil Masculino
Copa Minas Tênis Club Infanto Juvenil Feminino
Campeonato Estadual Pré Mirim Feminino
Taça Paraná Mirim Masculino.
Campeonato Estadual Mirim Masculino
Campeonato Estadual Juvenil Masculino
Campeonato Brasileiro Máster Feminino (+50)
O ano de 2013 começou com a posse da nova direção eleita em dezembro de 2012. O presidente Eduardo Bandeira de Mello e todos os membros da diretoria encontram uma situação financeira catastrófica. Uma dívida monstruosa, penhoras, atraso nos salários dos atletas, cotas da televisão adiantadas e gastas Deus sabe onde. Enfim, um desastre. E a primeira conseqüência desse caos, foi a dificuldade na contratação de reforços para o início da temporada. Foi contratada uma auditoria para levantar a situação do clube e demissões foram efetuadas. Somente na Gávea, haviam 700 funcionários. Um absurdo !
A lista de dispensa foi grande: Marcelo Carné, Arthur Sanches, Wellington Silva, Magal, Maldonado, Rômulo, Bottinelli, Whelington Bruno, Negueba, Welinton e Vagner Love. Para o início do campeonato, a diretoria contratou o volante Elias, o lateral esquerdo João Paulo, o meio campo Gabriel e o zagueiro Wallace. O técnico Dorival Júnior lançou vários garotos que subiram para o time principal. A diretoria implantou a política dos “pés no chão”, tentando botar ordem no clube. Somente depois os reforços de nome seriam contratados.
O Flamengo estréia no Campeonato Estadual contra o também estreante Quissamã. No time titular, nomes como Rodolfo, Rafinha, Romário, Nixon e Frauches começavam a se tornar realidade. O jogo foi jogado em ritmo de início de temporada. Aos quatro minutos, após cobrança de escanteio, Hernane marca de cabeça o primeiro gol do Flamengo. Os garotos até que não decepcionaram. Mas, o segundo gol do Flamengo somente saiu no final do segundo tempo, após cruzamento primoroso de Romário, para a cabeçada de Hernane. Muita coisa ainda iria acontecer. Os reforços não jogaram e alguns jogadores mais experientes como Renato Abreu e Gonzáles também não. Mas, para estréia, o time deu conta do recado.
A seguir, o Flamengo foi jogar contra o Madureira, no alçapão de Conselheiro Galvão, no meio da tarde, com um sol de rachar e com um time muito mexido. Jogar em Conselheiro Galvão nunca foi fácil e ainda mais nestas condições, é claro que o jogo foi difícil. No primeiro tempo, a partida foi equilibrada, mas com o Flamengo um pouco melhor. Aos 42 minutos Ibson fez o gol do Flamengo e não comemorou. Disse a imprensa que estava chateado com algumas coisas que estavam acontecendo, sendo colocado como moeda de troca pela diretoria e também pelas críticas da torcida. No segundo tempo, ocorreu um pênalti contra o Flamengo e o Madureira empatou. O Flamengo perdeu gols, e o Madureira contra atacou com perigo. No final o empate de 1 x 1 acabou sendo justo. As contratações ainda não haviam jogado.
Na partida contra o Volta Redonda, disputada em Bangu, estrearam Elias e João Paulo. O time jogou uma partida razoável. Chegou a ser prejudicado pela arbitragem que deixou de marcar um pênalti em Hernane e anulou um gol legal de Cáceres. Mas, após tentar em várias oportunidades, o gol da vitória acabou saindo aos 48 minutos, quando ninguém mais acreditava na vitória, marcado por Hernane.
No dia 31 de janeiro, uma quinta feira à noite, Flamengo e Vasco se enfrentaram. O time de São Januário vinha como favorito, pois estava com cem por cento de aproveitamento. O Flamengo mandou a campo Felipe, Leonardo Moura, Renato Santos, Marcos Gonzáles, João Paulo, Cáceres, Ibson, Elias, Rafinha, Nixon e Hernane. Um ataque de garotos. A partida começou equilibrada, mas aos poucos o Flamengo atacava com perigo. Aos 24 minutos, uma bola lançada por Ibson, que desta vez jogou muito bem, é dividida entre o goleiro do Vasco e Nixon. A bola sobra limpa para Hernane mandar para o gol vazio. Aos 30 minutos, a bola é cruzada da direita e Nixon voa de forma sensacional e faz o gol de peito, entrando com bola e tudo. Dois minutos depois o Vasco diminui. Para o segundo tempo, Dorival Júnior tira de campo Nixon e coloca Cleber Santana. E aos dois minutos, ele recebe uma bola de Rafinha e chuta de primeira, no ângulo. Um golaço. Rafinha se transformava no grande nome do jogo. Com um futebol muito veloz, e driblador, ele levava a loucura os defensores do Vasco. Aos 18 minutos, ele recebe a bola no campo do Flamengo e parte com ela. Na velocidade ele passa por Dedé, que nem viu por onde ele passou e na saída do goleiro, faz um golaço. Flamengo 4 x 1. O Vasco tentou pressionar, mas Felipe se mostrava muito seguro. No final, o Vasco descontou e deu números finais a grande vitória do Flamengo.
A vitória sobre o Vasco da Gama deu a impressão de que o time do Flamengo estava no caminho certo. Mas, a verdade era de que o Flamengo tinha um time jovem e em formação. E isto ficou evidente no jogo contra o Nova Iguaçu, onde o Flamengo teve muita dificuldade para furar a defesa adversária. O gol da vitória surgiu aos 25 minutos do segundo tempo. E foi meio aos trancos e barrancos que a bola sobrou para Hernane, que fuzilou o goleiro do Nova Iguaçu. A vitória deixava o Flamengo na liderança isolada de seu grupo e com uma invencibilidade de 14 partidas.
A seguir, o Flamengo vai a Macaé enfrentar o Friburguense. Mesmo debaixo de chuva, o time faz uma excelente partida e vence facilmente por 4 x 0. Os destaques ficaram por conta de Hernane, que tornava-se o artilheiro isolado do campeonato marcando 2 gols e Rafinha, que além de um golaço por cobertura, infernizou a defesa do Friburguense. Apesar de ter somente 19 anos, Rafinha demonstrava um grande futebol. Caiu definitivamente nas graças da torcida.
Após o carnaval, o Flamengo enfrenta o Botafogo no Engenhão. Na primeira jogada de ataque do Flamengo, ocorre um escanteio. Após a cobrança, a bola é cabeceada por Cáceres e sobra limpinha para Hernane tocar no canto. Com o gol, Hernane, que passava a ser conhecido pelo apelido de “Brocador”, dado por amigos de outras equipes por onde jogou, se tornava artilheiro do campeonato de forma categórica. Logo a seguir, o Botafogo manda uma bola na trave e perde mais duas oportunidades. Rafinha perde um gol cara a cara com o goleiro Jéferson. O meio atacante Carlos Eduardo fazia sua estréia, mas somente jogou um tempo. Na segunda etapa, o Flamengo marcou o Botafogo e perdeu várias chances de marcar. A chance mais incrível foi com o garoto Rodolfo, que driblou Jéferson e chutou por cima do gol vazio. Ao final da partida, o Flamengo estava matematicamente classificado em primeiro lugar em seu grupo. Além de uma invencibilidade de 16 partidas, o Flamengo marcou algumas escritas: nunca perdeu para o Botafogo no Engenhão, estava há 10 partidas sem perder para o Botafogo e sem contar que não perdia para o Botafogo há 12 anos no Campeonato Brasileiro.
Neste ano, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) instituiu um troféu chamado Super Clássicos, que seria dado ao clube que vencesse o maior número de clássicos nos dois turnos do Campeonato Estadual. Não valeriam os clássicos disputados nas semifinais e finais de turnos. Como o Flamengo venceu o Vasco da Gama por 4 x 2 e o Botafogo por 1 x 0, não poderia ser mais alcançado pelos outros clubes. Sendo assim, mesmo ainda faltando o Fla x Flu do segundo turno, o Flamengo conquistou este primeiro Troféu Super Clássicos, que foi entregue ao Flamengo ao final do Campeonato Estadual.
Em 23 de fevereiro, o Flamengo, já classificado para as semifinais da Taça Guanabara, enfrenta o Olaria em Volta Redonda. A partida foi jogada em ritmo de treino. No primeiro tempo, Renato Abreu marca um gol de cabeça e outro cobrando falta de forma sensacional. No segundo tempo, o ritmo não se alterou e a partida foi caminhando para o seu final de forma tranqüila. Com a vitória, o Flamengo garantia a melhor campanha entre todos os times do Campeonato Estadual e jogaria pelo empate na semifinal.
E foi com um certo favoritismo que o Flamengo pisou no gramado do Engenhão. A camisa de todos os jogadores tinha o nome Zico nas costas, homenagem aos sessenta anos de nosso maior ídolo. As homenagens a Zico foram muitas, inclusive com a inauguração de sua estátua na Gávea. Só faltava ganhar o Botafogo para a festa ser completa. Mas, nem havia passado um minuto de jogo e o Botafogo fez 1 x 0. Durante o primeiro tempo, o Flamengo foi um time apagado, com Carlos Eduardo se tornando uma figura nula em campo. Não houve um chute a gol no primeiro tempo. No segundo tempo, o técnico Dorival Júnior troca Elias e Carlos Eduardo por Renato Abreu e Rodolfo. O time parte para cima e começa a pressionar o Botafogo. O goleiro Jéferson vai se tornando o maior nome da partida, fazendo defesas milagrosas com os pés. E para completar, Rodolfo chuta da entrada da área. A bola ia no ângulo. No meio do caminho, o zagueiro do Botafogo corta a trajetória da bola com o braço. Pênalti escandaloso, que sua senhoria o árbitro simplesmente ignorou, sob protestos de todos os jogadores do Flamengo e sua torcida. Deixou também de dar uma falta clamorosa em Ibson, dentro da meia lua da área. Como a bola não entrava e a arbitragem não fazia a sua parte, o time partiu para o tudo ou nada. Faltando dois minutos para o término da partida, o goleiro Felipe partiu para a área do Botafogo. E foi num contra ataque rápido, que o Botafogo marcou seu segundo gol, com a meta do Flamengo sem goleiro. Foi uma ducha de água fria. Com isso, o Botafogo se classificou para disputar o título da Taça Guanabara com o Vasco, que surpreendentemente venceu o Fluminense por 3 x 2 na véspera. Foi a primeira vez que o Botafogo venceu o Flamengo no Engenhão e com isso terminou uma grande invencibilidade do Flamengo sobre o Botafogo.
No campo administrativo, muitas novidades, algumas não muito boas. A nova diretoria encontrou uma situação financeira caótica, deixada pela administração Patrícia Amorim, mas que na verdade, apenas mostrava o descaso e a irresponsabilidade de muitos anos de administrações incompetentes. Além de tentar enxugar a folha de pagamento do futebol profissional, a diretoria do Flamengo acaba com alguns esportes olímpicos no clube. Atletas de várias modalidades são dispensados e a partir deste momento, o Flamengo disputaria apenas o futebol, remo, basquete, nado sincronizado e pólo aquático. Natação, judô, vôlei, ginástica olímpica,entre outros, somente voltariam a fazer parte do clube, quando a situação financeira estivesse sob controle ou quando houvesse condições de patrocínio para que eles se sustentassem.
Em 13 de março, o Flamengo estréia na Taça Rio contra o Resende, jogando no Engenhão. No primeiro tempo, o Flamengo jogou em ritmo de treino e fez 2 x 0, com gols de Hernane e Elias. Na segunda etapa, o time desligou-se em campo e permitiu a incrível virada do Resende para 3 x 2. Tá certo que o árbitro deixou de marcar pelo menos dois pênaltis a favor do Flamengo, mas permitir que um time como o Resende faça uma virada deste porte, foi simplesmente uma vergonha.
No meio da semana, o técnico Dorival Júnior foi demitido. A alegação foi de que ele não havia concordado em diminuir o valor do seu salário. Com isso, Jorginho foi contratado, dentro dos valores financeiros que o Flamengo pode pagar. Jorginho foi lateral direito do Flamengo na década de 80 e foi campeão mundial pela seleção brasileira em 1994. Era na verdade uma grande aposta da diretoria.
Mas, a estréia do novo treinador não foi nada boa. O time enfrentou o Boavista no Engenhão e ficou no 0 x 0. Foi uma atuação abaixo da média, com os jogadores errando passes e não conseguindo arrematar a gol. Muita coisa precisava melhorar.
E para mostrar que as coisas realmente não iam nada bem, o estádio do Engenhão foi interditado por tempo indeterminado, devido a problemas na estrutura da cobertura do estádio. Para uma estrutura com seis anos de vida útil, foi uma verdadeira pancada a notícia. Era o futebol carioca enfrentando uma crise sem precedentes, com públicos ridículos nos jogos, desinteresse da torcida e total falta de segurança e infra-estrutura para os torcedores e times. E os gastos para a Copa do Mundo atingindo números cada vez mais estratosféricos.
Voltando a situação do Flamengo, o time volta a se apresentar muito mal e consegue vencer o Bangu por 2 x 1 de virada, com um gol nos últimos minutos, jogando no estádio Raulino de Oliveira, que foi cogitado para sediar inclusive os clássicos do campeonato estadual. Mesmo tendo laudos que interditavam parte da arquibancada, por problemas estruturais. Era o futebol carioca chegando ao fundo do poço.
Em 31 de março, o Flamengo vai a Bangu jogar contra o estreante Audax Rio. A princípio não parecia ser um jogo difícil. Mas logo aos 2 minutos o Audax abre o placar. Começava novamente o sofrimento. Com o time jogando muito mal, o primeiro tempo termina. Na segunda etapa, o time melhora um pouco e consegue o empate aos 17 minutos. Mas, quando todos esperavam que o Flamengo partiria para a virada, o time novamente joga muito mal e como castigo, aos 46 minutos toma o segundo gol. A derrota praticamente tirava o Flamengo do campeonato. E a sensação de que time, o Flamengo não tinha.
Em compensação, o trabalho da nova diretoria impressionava. Em quatro meses de administração, o Flamengo conseguiu colocar em dia todas as dívidas com o governo, obtendo a tão importante Certidão Negativa de Débitos. Com isso, o Flamengo ficava livre para conseguir incentivos fiscais e patrocínios. Foi um golaço!
Voltando ao futebol, o time venceu por 1 x 0 o Remo pela Copa do Brasil, jogando em Belém do Pará. Com uma atuação fraca, o Flamengo jogou um pouco melhor e o gol da vitória foi de Rafinha, após jogada individual. Mas, voltando ao Campeonato Estadual, o Flamengo vai a Bangu enfrentar o Duque de Caxias. Continua a não jogar bem, mas perde algumas boas oportunidades de gol. Infelizmente, para provar que o time e a fase eram horríveis, o Duque de Caxias faz 1 x 0, com um chute indefensável. Na segunda etapa, o Flamengo não conseguia levar perigo ao gol do Duque de Caxias. Nos momentos em que chegava, a bola não entrava. E quando entrava, o árbitro (Patrice Maia), péssimo por sinal, marcava impedimento. No segundo gol anulado, o árbitro correu juntamente com o bandeirinha para o meio de campo, confirmando o gol. A jogada era muito difícil de marcar e nem pela televisão dava para ter certeza se houve realmente impedimento. De repente, o árbitro volta atrás na decisão e anula o gol. Durante a confusão, foi dito que o impedimento foi marcado pelo auxiliar que fica atrás do gol. Como o auxiliar atrás do gol poderia ter condições para marcar um impedimento? O auxiliar, que era o melhor colocado, deu o gol. Como e por quem o gol foi anulado? Uma vergonha a arbitragem do Rio de Janeiro! Ao final da partida, o Flamengo empatou com um gol de Cleber Santana, dando praticamente adeus ao campeonato.
Após a eliminação do Campeonato Estadual, a torcida rubro-negra ficou estarrecida com o resultado da auditoria feita pela nova administração: 730 milhões de reais. Este era o tamanho da dívida do Flamengo. Fruto das administrações irresponsáveis que levaram o Flamengo a esse estado. Ficava a confiança no presidente Eduardo Bandeira de Mello e sua diretoria na árdua missão de tirar o Flamengo deste buraco.
Em 14 de abril, o Flamengo vai a Volta Redonda enfrentar o Fluminense. A primeira vista era de que o Fluminense, mesmo desfalcado de Fred, Thiago Neves e Deco, venceria o Flamengo com facilidade. Mas, o que se viu no campo foi outra realidade. O Flamengo dominou a primeira etapa e saiu vencedor por 2 x 0, gols de Hernane e Renato Abreu cobrando pênalti. Mal começou a segunda etapa e Renato Abreu fez 3 x 0. Logo após o gol o técnico Jorginho substituiu Gabriel, o melhor em campo, por João Paulo. A torcida o chamou de burro na hora, mas Gabriel estava gripado e pedira para sair. Porém, Jorginho errou na colocação de um lateral e mexeu na estrutura do time. Com isso, o Fluminense partiu para cima e fez um gol. Mas, a reação acabou aí e Hernane ainda mandou uma bola no travessão. A atuação do time mostrou uma grande melhora. Agora as atenções ficavam voltadas para a Copa do Brasil.
Durante a semana, o Flamengo entrou com processo na STJD, solicitando a anulação do jogo contra o Duque de Caxias, quando o Flamengo não venceu devido a um erro grosseiro da arbitragem, que anulou um gol de Hernane, após árbitro e auxiliar terem confirmado o gol, que foi posteriormente anulado por interferência externa. Com isso, abria uma esperança de classificação mesmo que remota. E ainda faltava a decisão do tribunal.
Em 17 de abril, o Flamengo enfrenta o Remo pela Copa do Brasil, jogando em Volta Redonda. O time mostra um futebol bem melhor e vence até com facilidade por 3 x 0. O destaque ficou para Hernane, que marcou os três gols da partida. Parecia que o time ia tomando jeito.
A seguir, o Flamengo joga contra o Macaé utilizando um time praticamente reserva. Apenas João Paulo e Hernane eram titulares. Sai perdendo por 1 x 0 no primeiro tempo, mas com uma atuação muito boa do time, principalmente no segundo tempo, o Flamengo vira para 3 x 1, com Hernane marcando mais 2 gols e se tornando artilheiro absoluto do campeonato. A garotada até que não decepcionou.
Com a eliminação do Campeonato Carioca, o Flamengo aproveitou alguns dias para treinar forte. Em 01 de maio, o Flamengo vai a Paraíba, mais precisamente em Campina Grande, para enfrentar o Campinense, que havia sido campeão da Copa do Nordeste de 2013, pela Copa do Brasil. Como sempre, a torcida rubro-negra se faz presente de forma esmagadora. O Nordeste é realmente rubro-negro. A partida começa e apesar do domínio, o Flamengo sofre o gol, quando uma bola despretensiosa bate em Renato Santos e mata Felipe. Logo a seguir, Renato Abreu manda uma bola no travessão numa cobrança de falta. Não demora muito e uma nova falta ocorre na mesma posição. Desta vez Renato cobra forte e conta com uma mãozinha do goleiro do Campinense. Na segunda etapa, uma nova falta cobrada por Renato Abreu vai no ângulo. Um golaço. O Flamengo poderia até aumentar o placar, mas no final a vitória magra levaria a uma nova partida no Rio de Janeiro.
Neste intervalo, o Fluminense perdeu a decisão da Taça Rio e o Botafogo conquistou o Campeonato Estadual por ter ganhado os dois turnos. O Flamengo ficou com o vice-campeonato e continuava a ser o time com maior número de títulos no Campeonato Estadual.
Após duas semanas, o Flamengo faz a partida de volta contra o Campinense. Com a falta de estádios no Rio de Janeiro, o Flamengo adota Juiz de Fora como sua casa. A partida não foi lá grande coisa. O time vence por 2 x 1 e se classifica para a próxima fase da Copa do Brasil. Durante a semana, o Flamengo apresenta alguns reforços para o Campeonato Brasileiro. Chegaram à Gávea Paulinho, Diego Silva, Bruninho, Val e Marcelo Moreno.
Em 26 de maio, o Flamengo estréia no Campeonato Brasileiro. A partida contra o Santos apresentou três atrações: a despedida de Neymar, que foi vendido para o Barcelona, o novo uniforme rubro-negro, produzido pela Adidas e o estádio Mané Garrincha, construído especialmente para a Copa do Mundo de 2014. O belíssimo estádio, com capacidade par 70 mil expectadores, ficou lotado pela torcida do Flamengo, que proporcionou a quebra de recorde de renda no Brasil. Outro recorde da torcida do Flamengo: enquanto o Bayern de Munique levou um ano para vender trezentas mil camisas da Adidas, a torcida do Flamengo levou apenas dez dias para comprar o mesmo número. Durante a partida, o Flamengo perdeu pelo menos cinco oportunidades claras de gol e não soube marcar. Ao final, o empate de 0 x 0.
Como o Rio de Janeiro praticamente ficou sem estádios, com a interdição do Engenhão e com o Maracanã fechado para a Copa das Confederações, o Flamengo foi jogar em Juiz de Fora contra a Ponte Preta. A atuação contra o Santos encheu a torcida de esperanças. Mas, o que se viu foi profundamente decepcionante e preocupante. O time fez uma péssima apresentação, não conseguindo furar a defesa da Ponte Preta e acabou sendo derrotado por 2 x 0. Renato Abreu ainda perdeu um pênalti e saiu vaiado por parte da torcida. A única alegria da torcida rubro-negra nesta noite foi ver o Fluminense dar adeus à Libertadores.
Em 01 de junho, 33 anos após vencer o seu primeiro campeonato brasileiro, o Flamengo vai a Joinvile para enfrentar o Atlético Paranaense, que também estava sem estádio. Com um primeiro tempo péssimo, o Flamengo sai perdendo por 1 x 0. E foi barato. Na segunda etapa, com a substituição de Carlos Eduardo, que era até então a maior decepção entre as contratações do Flamengo, o time melhorou, mas mesmo assim, apresentava muitas dificuldades. Num contra ataque, o Atlético aumentou para 2 x 0. Aos 33 minutos, Marcelo Moreno escora de cabeça uma falta cobrada e faz seu primeiro gol com a camisa rubro-negra. Três minutos depois, Renato Abreu empata a partida. Aos 43 minutos, Renato Abreu cobra uma falta com a bola explodindo na trave. Foi um ponto suado, que mostrou que o time precisava melhorar e muito.
Continuando o ‘bye bye Brasil” do Flamengo, o time joga contra o Náutico em Florianópolis, sem poder contar com Marcelo Moreno e Marcos Gonzáles, que estavam a serviço de suas seleções. O time tem maior posse de bola, mas não leva muito perigo ao gol do Náutico. Na segunda etapa, o Náutico faz um único contra ataque aos 36 minutos do segundo tempo e marca. A torcida local chama o time de sem vergonha e xinga o técnico Jorginho, que foi demitido após a partida.
Após a demissão de Jorginho, o Flamengo tentou contratar um treinador, mas para a partida contra o Criciúma, Jayme de Almeida Filho dirigiu o time. E quanta diferença. Muitas vezes a torcida diz que quando os jogadores querem derrubar um treinador, fazem de tudo para isso. Não podemos dizer se foi isto que aconteceu, mas que o time jogou diferente, jogou. Entraram Samir na zaga e Diego Silva no meio de campo. Muitos até podem dizer que o Criciúma ficou sem um jogador ainda no primeiro tempo, mas mesmo assim, o Flamengo jogou melhor desde o início. No primeiro tempo, Hernane fez 1 x 0. Logo no início da segunda etapa, Leonardo Moura cruza da direita, o goleiro dá rebote e Gabriel faz 2 x 0. No final da partida, Gabriel cobrou escanteio e o goleiro tirou a bola dentro do gol. O árbitro confirmou o gol e assim o Flamengo levou a partida com tranqüilidade até o final. Após esta partida, o Flamengo somente jogaria pelo Brasileirão em julho, após a Copa das Confederações. Ficavam as esperanças na contratação de novos reforços e na melhora do time.
Alguns dias depois, o técnico Mano Menezes foi contratado. Aproveitando que o Campeonato Brasileiro ficou interrompido por 1 mês, devido a realização da Copa das Confederações, o técnico levou o elenco para a cidade de Pinheiral e lá treinou os jogadores incessantemente. Renato Abreu foi demitido, tendo o seu contrato rescindido, devido a boicotes contra o ex-técnico Jorginho. E a diretoria deixou claro que qualquer jogador que tentasse boicotar o novo treinador, teria o mesmo caminho.
A estréia do novo técnico foi em 29 de junho, em um amistoso contra o São Paulo. A partida foi realizada no estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia. Na primeira etapa, o Flamengo chegou a dominar a partida, mas o São Paulo equilibrou o jogo. Na segunda etapa, o São Paulo veio com o time reserva. O Flamengo se aproveitou e dominou a partida. Leonardo Moura perdeu um pênalti, mas logo depois, após grande jogada de Paulinho, Marcelo Moreno fez o gol da vitória. Após a partida, o Flamengo recebeu o Troféu 125 Anos de Uberlândia.
Praticamente um mês após a interrupção do Campeonato Brasileiro devido a Copa das Confederações, que foi conquistada pela Seleção Brasileira, o Flamengo vai a Brasília com o mando de campo para enfrentar o Coritiba, que era até então o líder do campeonato. Com a situação do Maracanã totalmente indefinida, onde o consórcio que o herdou fez a oferta de ficar com absurdos 65% das rendas, o Flamengo instituiu Brasília como sede, mandando os seus jogos no estádio Mané Garrincha. A presença impressionante da torcida fez com que o Flamengo se sentisse em casa. Na primeira etapa, o Flamengo dominou a partida, fez 1 x 0 com Marcelo Moreno, que perdeu um pênalti e uma oportunidade incrível com João Paulo. Na segunda etapa, Cáceres marca 2 x 0 logo no início. Mas, como já é de costume, o time fez a torcida sofrer. Deu uma pane geral e o Flamengo cede dois gols em 7 minutos. Após o empate, o time volta a jogar e perde várias chances de gol, apesar do Coritiba sempre levar perigo ao gol de Felipe. Com o empate, o Flamengo permaneceu em uma posição perigosa na tabela.
Em 10 de julho, o Flamengo vai a Arapiraca jogar contra o ASA, pela Copa do Brasil. O time realiza um sofrível primeiro tempo. Na segunda etapa, com a entrada de Nixon no lugar do péssimo Val, o time cresce e faz 2 x 0, com gols de Marcelo Moreno, em jogada de Nixon e do próprio Nixon, que mudou totalmente o ruma da partida. A novidade ficou para a assinatura do contrato com o consórcio que herdou o Maracanã de “mão beijada”. O Flamengo passaria a jogar no Maracanã tendo uma participação maior na renda. O Fluminense, antes do Flamengo, havia assinado o contrato em condições muito inferiores, provando que se lutassem juntos, poderia haver um resultado melhor. Azar do Flu. Mas, ainda referente ao novo Maracanã, os “donos” do estádio proibiram bandeiras, instrumentos musicais, assistir ao jogo de pé e tirar a camisa. Além de tentar elitizar o futebol, cobrando ingressos caríssimos, estavam tentando matar a forma de torcer. O futebol, segundo estes senhores, deveria ser assistido como se estivesse o torcedor numa ópera. Pouco a pouco, estavam matando o futebol.
Em 14 de julho, o Flamengo enfrenta o Vasco, jogando no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O Vasco estava passando por uma grave crise financeira e todos consideravam o Flamengo favorito. A torcida de Brasília lotou o estádio e deu um verdadeiro show, sem brigas ou confusão. Na primeira etapa, o Flamengo foi bem melhor e acabou fazendo seu gol, por intermédio de Paulinho, que pegou uma sobra entre Elias e o goleiro do Vasco. Da marca do pênalti ele estufou as redes. O Vasco não conseguia penetrar na defesa do Flamengo. Na segunda etapa, o Flamengo inexplicavelmente recuou, fazendo com que o Vasco ficasse com mais posse de bola. Mas, com um meio de campo muito fraco, o Vasco não conseguia levar perigo. O Flamengo foi cozinhando o jogo até o seu final, sem criar uma chance real de gol. Ao final, o Flamengo foi para o décimo primeiro lugar e o Vasco para a zona de rebaixamento. Sem contar que o Vasco completava sete anos sem ganhar o Flamengo em campeonatos brasileiros.
Em 17 de julho, o Flamengo faz o jogo de volta contra o ASA, jogando no Raulino de Oliveira. Um jogo morno na primeira etapa, com Flamengo vencendo por 1 x 0, gol de Elias. Na segunda etapa, o time veio em ritmo de treino e foi surpreendido por um gol do ASA. Na metade do segundo tempo, o técnico Mano Menezes colocou em campo o estreante Bruninho, que veio do Atlético de Sorocaba. Este jogador mostrou muita vontade e aos 35 minutos, roubou uma bola do zagueiro do ASA e cruzou na medida para Marcelo Moreno marcar o segundo gol, dando números finais. O Flamengo estava classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil e esperava por um sorteio da CBF, para saber quem seria o seu próximo adversário.
Em 21 de julho, o Flamengo foi a Caxias do Sul, com 4 graus de temperatura, para enfrentar o Internacional. Jogou uma primeira etapa bem equilibrada e saiu empatando de 0 x 0. Na segunda etapa, o Internacional pressionou, mas o Flamengo mantinha boa marcação e ainda levava certo perigo nos contra ataques. Quando tudo levava a crer que o Flamengo traria um pontinho precioso do sul, apareceu em cena a velha sina rubro-negra: tomar gol de um ex-jogador. Numa bola levantada na área aos 46 minutos, o goleiro Felipe falha e o zagueiro Juan marca de cabeça. Ele nem comemora e ainda aponta para a torcida do Flamengo, como que se desculpasse. Foi um golpe duro no time, que já apresentava algum padrão de jogo, fruto do trabalho de Mano Menezes.
Em 28 de julho de 2013, o Flamengo volta à sua casa. O Maracanã não era mais o mesmo, mas mesmo assim, ainda era o palco predileto da torcida rubro-negra. A partida contra o Botafogo levou mais rubro-negros do que botafoguenses, mesmo com o time alvi-negro muito melhor na tabela. No primeiro tempo só deu Botafogo. O time do Flamengo não passava do meio de campo. O Botafogo fez 1 x 0 e ainda teve, pelo menos, duas boas chances de marcar. Ao final do primeiro tempo, os rubro-negros sentiram-se aliviados, pois poderia ser de muito mais. Na segunda etapa, o técnico Mano Menezes tira Diego Silva, o pior em campo e Gabriel, colocando Luiz Antonio e Adryan. Como num passe de mágica, o time foi outro. O domínio foi absurdo. Adryan chuta da linha da pequena área e a bola vai no travessão. A torcida não parava. Logo depois, Adryan chuta no travessão e Elias marca. O bandeirinha anula, marcando impedimento. Logo depois, a bola é cruzada na área. O zagueiro Bolívar do Botafogo tenta dominar a bola, que acaba sobrando para Elias, que marca. Novamente o bandeirinha anulou. Vale dizer que Elias não estava em impedimento. E mesmo que estivesse, a bola veio do adversário. A bola não bateu no zagueiro. Ele tentou dominar e Elias chutou para o gol. Em outro momento, a bola sobrou para Hernane, que matou no peito e chutou no ângulo. A bola sai raspando e bate na rede pelo lado de fora. O goleiro botafoguense Jéferson faz uma defesa à “queima roupa”, numa cabeça da de Gonzáles. A bolas não queria entrar ! E quando entrava, o infeliz do bandeirinha marcava impedimento. Quando tudo parecia perdido, aos 49 minutos, Luiz Antonio lança uma bola que é cabeceada de raspão por Marcelo Moreno. Ela sobra para Elias que chuta com violência e empata a partida. O time vai literalmente para a galera e comemora abraçado aos torcedores. Foi um jogo com muita emoção e que marcou a volta do Flamengo à sua casa preferida.
A torcida estava esperançosa em ver o Flamengo repetir a atuação do jogo contra o Botafogo na partida contra o Bahia, no novo estádio Fonte Nova, que foi reconstruído visando a Copa do Mundo. O Flamengo, inexplicavelmente, jogou pessimamente e deu ao seu torcedor uma noite terrível. Tudo começou com mais uma falha bisonha do goleiro Felipe, que novamente rebateu uma bola para frente e deu um gol de presente ao Bahia. No final do primeiro tempo, o árbitro Éber Roberto Lopes, o árbitro mais “caseiro” do Brasil, confirmou um gol, onde o auxiliar havia apontado o impedimento de três jogadores do Bahia. Os jogadores do Flamengo reclamaram e ele foi conversar com o auxiliar. Acabou confirmando o gol. No intervalo, o auxiliar teve a cara de pau de dizer que havia levantado a bandeira para chamar a atenção do árbitro para “alguma coisa”. Não foi homem suficiente para confirmar a sua marcação. No domingo anterior tivemos um auxiliar que anulou erradamente um gol nosso. Hoje, tivemos um que não foi homem suficiente para confirmar o impedimento. Fazer o que? O time voltou para o segundo tempo pior ainda e tomou o terceiro gol no final. E lá se foi o Flamengo para a zona do rebaixamento.
Após a “cacetada” tomada, o time parece que foi chamado às falas e a vergonha voltou a cara de todos. Jogando em Brasília em 4 de agosto, contra o Atlético Mineiro, que acabara de conquistar a Libertadores, o time apresentou-se muito bem e conseguiu uma grande vitória. No primeiro tempo, o time começou a todo vapor e fez 1 x 0 logo aos 7 minutos. Marcelo Moreno cruzou para Nixon abrir a contagem. Pena que no lance, Marcelo Moreno sentiu o músculo da coxa direita e foi substituído. Uma grande perda. Aos 13 minutos, Elias chuta da entrada da área e faz 2 x 0. O time manteve o Galo acuado e ainda perdeu pelo menos 3 grandes chances para marcar. Na segunda etapa, o Flamengo recuou para tentar os contra ataques. Felipe fez, pelo menos, duas grandes defesas e o Atlético dava sufoco. Mas, aos 34 minutos, num contra ataque rápido, Rafinha deixou Paulinho na frente do goleiro Victor. Paulinho passou pelo goleiro e marcou 3 x 0. O Flamengo voltava a respirar na tabela.
A torcida voltava, como numa gangorra, a manter viva a esperança de que “agora vai”. Porém, o Flamengo, nesta temporada, não deu trégua ao coração dos torcedores, que muitas vezes demoraram a pegar no sono depois de uma partida. O jogo contra a Portuguesa, uma das últimas equipes na tabela de classificação, parecia que seria fácil. Mas, depois de um primeiro tempo difícil, com o Flamengo só conseguindo apenas uma chance real de gol, perdida de forma bisonha por Hernane, que substituiu Marcelo Moreno, vetado pelo Departamento Médico, ficou a sensação de que não seria nada fácil. No segundo tempo, com a entrada de Paulinho no lugar de Nixon, o time começou a pressionar e numa jogada em que Paulinho colocou Hernane na cara do gol, um pênalti foi marcado. João Paulo bateu e fez 1 x 0 . Logo depois um jogador da Portuguesa foi expulso e tudo levava a crer que a “fatura estava liquidada”. Inexplicavelmente, o Flamengo recuou e o técnico Mano Menezes ainda tirou Hernane e colocou o zagueiro Samir para “garantir” o resultado. Aos 48 minutos, com o Flamengo não passando da linha do meio de campo, ocorre um escanteio. Neste momento, vamos voltar dez anos no tempo, quando o Flamengo vencia a Ponte Preta por 1 x 0 e no último minuto houve um escanteio contra nós. O goleiro Lauro foi para a área e marcou um gol de cabeça, empatando a partida. Passados dez anos, o mesmo goleiro Lauro foi para a área e novamente marcou um gol de cabeça. Dessa vez, com uma colaboração enorme de Leonardo Moura, que em cima da linha tinha tudo para mandar a bola para longe, mas deixou que ela batesse em sua barriga e entrasse. Foi difícil dormir após o jogo, tamanha era a raiva. E quem disse que um raio não cai no mesmo lugar duas vezes ?
Dando continuidade ao turbilhão de emoções causadas pelo Flamengo, o time joga contra o Fluminense em 11 de agosto, no primeiro Fla x Flu do novo Maracanã. A novidade ficou para a escalação do estreante André Santos, que iria formar o meio de campo com Elias e Luiz Antonio. O Fluminense vinha com o favoritismo, apesar de estar na mesma colocação do Flamengo na tabela. O técnico Vanderlei Luxemburgo avisava que mesmo sendo rubro-negro iria querer dar “um pau” no Flamengo. O jogo começa e o Flamengo domina as ações. O Fluminense ficou os quinze primeiros minutos sem atravessar o meio de campo. Aos dezesseis minutos, uma bola é alçada na área e Wallace rebate nos pés de Rafael Sobis que marca 1 x 0 para o Fluminense. Parecia que a maré de azar continuaria. Mas, apesar do gol, o Flamengo continuou jogando muito bem. Elias comandava o meio de campo e Leonardo Moura parecia aquele dos velhos tempos. Aos 25 minutos, a bola é lançada para Hernane que deixa Elias livre para avançar e chutar para marcar um belo gol. A torcida rubro-negra, maioria absoluta no estádio, não parava um minuto sequer. Aos 31 minutos vem o golaço. Leonardo Moura avança pela direita, dá uma “caneta” em Carlinhos e cruza, para Hernane marcar “de letra”. Sensacional ! O domínio continuou até o final do primeiro tempo. Na segunda etapa, o Fluminense ensaiou uma pequena reação, mas a defesa do Flamengo estava muito segura, com Marcos Gonzáles não desgrudando de Fred e o anulando. A cada ataque do Flamengo existia perigo de gol. Um pênalti deixou de ser marcado, quando Paulinho chutou e o zagueiro Leandro Euzébio cortou com o braço. E aí temos que escutar os comentaristas dizerem: “ ele somente protegeu o rosto”. Ora bolas, se meteu a mão na bola, seja para proteger o rosto, o saco ou qualquer outro lugar, é pênalti. Mas, vida que segue. Aos 35 minutos, Fred se enrola todo na bola e Hernane dá um biquinho. A bola vai mansinha e entra devagar, no terceiro gol. E quase sai o quarto gol. Mas, para não deixar perder o hábito, Felipe toma um frango no último minuto, deixando os pobres tricolores com uma sensação de um vexame um pouco menor. Ao final da partida, o Flamengo ficou com o Troféu Fla x Flu Clássico dos Clássicos, instituído pela Adidas e que seria disputado em todo Fla x Flu. Apesar dos altos e baixos, o técnico Mano Menezes começa a dar uma cara ao Flamengo. O que matava a torcida é essa oscilação do time. Se jogasse como no Fla x Flu, seria campeão.
Em 14 de agosto, o Flamengo foi a Goiânia enfrentar o Goiás. Foi um jogo muito equilibrado e com chances de vitória para ambas as equipes. O destaque ficou por conta da estréia do zagueiro Chicão, substituindo o zagueiro Marcos Gonzáles, que estava a serviço da seleção chilena. No primeiro tempo, o Goiás marcou por intermédio do jogador Walter, que por sinal marcou um golaço. O mais estranho era a condição física do jogador, bem gordinho, mas que foi sem dúvida, o melhor jogador em campo. Na segunda etapa, Hernane sofreu uma falta dentro da meia lua da área. Chicão bateu a falta de forma sensacional, mandando a bola no ângulo. Um belo gol. Até o final da partida, os dois times tiveram chances de vencer, mas ao final, o empate foi justo.
O São Paulo passava por uma crise, estando em penúltimo lugar na tabela. Com isso, o Flamengo entrou em campo favorito no estádio Mané Garrincha, em Brasília. E no início da partida, o Flamengo dominou as ações e perdeu algumas boas chances de gol. No segundo tempo, o Flamengo ainda jogou melhor até os 20 minutos. A partir daí, o time foi caindo de produção e o São Paulo foi crescendo. Chegou a perder algumas chances daquelas chamadas imperdíveis. Aos 42 minutos, a bola é cruzada na área do Flamengo e o árbitro marcou um pênalti absurdo de Luiz António, onde o jogador do São Paulo deu um mergulho típico de um campeão de natação. Parecia que o Flamengo sairia derrotado. Normalmente, o goleiro Rogério Ceni é quem bate os pênaltis do São Paulo. Mas, dessa vez, o jogador Jadson foi encarregado da cobrança. Ele bateu e Felipe fez uma grande defesa. O ponto conquistado acabou se tornando importante.
Em 21 de agosto, o Flamengo foi a Belo Horizonte, para enfrentar o Cruzeiro pela Copa do Brasil. Neste ano, a Copa do Brasil sofreu mudanças. Times que disputaram a Libertadores, entraram nas oitavas de final e para organizar a tabela, houve um sorteio. O Flamengo poderia pegar times como Nacional de Manaus, Luverdense de Mato Grosso ou Salgueiro de Pernambuco. Mas, o time escolhido foi o Cruzeiro, que nesse momento era o segundo colocado no Campeonato Brasileiro. O jogo foi o primeiro do Flamengo no novo Mineirão. Na primeira etapa, parecia que o Cruzeiro tinha o dobro de jogadores em campo. Era uma correria inacreditável. O Flamengo tentava tocar a bola, mas o Cruzeiro atacava e perdia chances, com o goleiro Felipe realizando muitas defesas importantes. O Cruzeiro acabou fazendo 1 x 0 e o Flamengo somente chutou duas bolas ao gol cruzeirense, com Marcelo Moreno, sendo que a primeira foi na trave. No segundo tempo, o Flamengo tentou reagir, mas o Cruzeiro marcou um belo gol e fez 2 x 0. Parecia que a coisa ia ficar muito feia, mas o Flamengo continuou a tentar tocar a bola e chegar à defesa do Cruzeiro. Foi quando, aos 32 minutos, que Marcelo Moreno aproveitou-se de uma falha do zagueiro Dedé, que já foi do Vasco, e tocou na bola que foi na trave. No rebote, Carlos Eduardo fez o gol do Flamengo. O Cruzeiro passou a não acertar mais nada e se o Flamengo apertasse um pouco mais, faria o gol de empate. Ao final, o Flamengo ainda sobrevivia na Copa do Brasil. Bastaria ganhar de 1 x 0 no Maracanã e estaria classificado. Mas, no futebol a coisa não é tão simples assim.
Voltando ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo enfrentou o Grêmio, em Brasília. A primeira notícia ruim foi o desfalque de Elias, o melhor jogador deste time no mínimo regular. A segunda notícia ruim foi a escalação de Val e Fernando, deixando jogadores melhores no banco. Não deu para entender o técnico Mano Menezes. E assim, o Flamengo viu o Grêmio marcar um gol de falta aos 7 minutos. O time não produziu nada no primeiro tempo, com o Grêmio jogando totalmente fechado na defesa. No segundo tempo, o técnico tentou consertar a burrice colocando Adryan e Nixon. O time até subiu de produção, mas o Grêmio continuou totalmente fechado na defesa e jogando no contra ataque. Faltando dez minutos o nosso técnico colocou mais um atacante, com Hernane entrando no lugar do lateral direito Digão. Mas, aí já era tarde. O time não é lá grande coisa e o técnico querendo inventar... Aí fica difícil.
Durante a semana, alguns “grandes entendidos” em futebol na imprensa davam como certa a derrota para o Cruzeiro e a desclassificação na Copa do Brasil. Ainda disseram que a torcida do Flamengo não iria comparecer ao Maracanã. Pois bem, em 28 de agosto, 53 mil rubro-negros foram ao Maracanã para empurrar o Flamengo para a vitória. E só não foi lotação completa, devido aos preços absurdos cobrados pelo tal consórcio que administrava o Maracanã. A tarefa não era fácil. O Flamengo jogava por uma vitória de 1 x 0, mas o time do Cruzeiro era o primeiro colocado no Campeonato Brasileiro. No primeiro tempo, o Flamengo não conseguiu levar perigo ao gol de Fábio. O Cruzeiro, muito bem armado, ainda teve duas grandes chances de marcar, sendo que em uma, o lateral João Paulo salvou em cima da linha. A perspectiva para o segundo tempo não era boa. Se o Flamengo se abrisse no desespero, iria tomar gol no contra ataque. Se não partisse para cima, poderia não conseguir o gol da classificação. Mas, nessa hora, a torcida fez a diferença. Com os gritos de “ô ô ô, vai pra cima deles Mengô”, o time partiu literalmente para cima e começou a dominar a partida. Mas a defesa do Cruzeiro conseguia tirar o perigo na maioria das vezes. Num contra ataque, um jogador do Cruzeiro saiu livre, na cara de Felipe. Ele fechou o ângulo e apesar de ter sido driblado, a bola foi pela linha de fundo. O tempo passava e nada de gol. E a torcida empurrando cada vez mais. Mano Menezes tirou Carlos Eduardo e colocou Adryan. Também tirou Cáceres e colocou Paulinho. O jogo ficava dramático, com o Cruzeiro dando chutões para todos os lados. Aos 43 minutos, Rafinha lança Paulinho na direita. Ele vai no fundo e cruza rasteiro para trás. Elias, o maior nome do jogo, chuta de primeira e a bola estufa as redes do Cruzeiro. Foi loucura total. Elias quase não jogou devido a uma contusão. Foi para o sacrifício e além de ser o melhor jogador do time, fez o gol da vitória e da classificação, calando os “entendidos em futebol”. Não é Srs. José Trajano e Fernando Calazans da ESPN Brasil ? O próximo adversário seria o Botafogo.
Em 01 de setembro, o Flamengo foi a São Paulo enfrentar o Corinthians no Pacaembu. No dia do aniversário do Corinthians, o Flamengo foi derrotado por 4 x 0. Não há o que falar. Foi um desastre completo, onde o Flamengo foi dominado com certa facilidade, mostrando que o Flamengo ainda era um time fraco, que em determinados momentos consegue vencer com 99 % de transpiração e 1 % de inspiração. Quando a transpiração não acontece... E a zona de rebaixamento cada vez mais próxima.
A derrota caiu como uma bomba no Flamengo. A revolta da torcida era grande, como grande também era a preocupação. Era notório que o time era fraco e limitado, mas era com ele que o Flamengo iria até o final do campeonato. E foi com esta preocupação que a torcida foi ao Maracanã em 4 de setembro para ver o Flamengo enfrentar o Vitória. O time não poderia contar com os estrangeiros Marcelo Moreno, Gonzáles e Cáceres, servindo às usas seleções nas eliminatórias. Com isso, Hernane, o “patinho feio” do ataque foi escalado. E foi exatamente com dois gols dele que abrimos vantagem no primeiro tempo. O jogo foi meio devagar, sendo disputado embaixo de chuva. No segundo tempo, o Flamengo cansou de errar passes e praticamente não incomodou o goleiro do Vitória. Por sua vez, o Vitória também não levava muito perigo ao gol de Felipe. Mas, para não perder a mania de levar gol no final, o Vitória marcou por intermédio do ex-rubro-negro Juan no último minuto. A vitória do Flamengo serviu para amenizar a crise, mas o caminho seria árduo.
A última partida do primeiro turno foi contra o Cruzeiro, no Mineirão. O Cruzeiro era o primeiro colocado no Campeonato Brasileiro, mostrando um grande futebol. Com isso, a possibilidade de tomar uma goleada era bem real. Ainda mais que o Flamengo apresentava cinco desfalques: o goleiro Felipe, Gonzáles, Marcelo Moreno, Paulinho e João Paulo. A partida foi disputada com o Cruzeiro em cima e o Flamengo tentando surpreender num contra ataque, que normalmente não surtia efeito. O empate de 0 x 0 ao final da primeira etapa chegou a ser surpreendente. Na segunda etapa, o panorama não mudou. O time se defendia até com certa segurança, mas numa bola cruzada e cabeceada na trave, o Cruzeiro marcou no rebote. O goleiro reserva Paulo Victor mais uma vez fez uma boa partida. O time até tentava atacar, mas a diferença de qualidade entre as equipes era enorme. Ao final, a derrota deixou o Flamengo em 15º lugar na tabela e a 3 pontos da zona de rebaixamento. Para o segundo turno, muita coisa deveria mudar.
E o Flamengo foi a campo precisando derrotar o Santos, para poder respirar um pouco mais aliviado. Jogando no Maracanã, o Flamengo acabou impondo o seu jogo e conseguiu marcar 1 x 0 por intermédio de Leonardo Moura. O Santos, que havia jogado dois dias antes no sul, apresentava um certo desgaste e não levava muito perigo ao gol de Paulo Victor. Na segunda etapa, o Flamengo aumentou para 2 x 0, com Hernane. Mas, dois minutos depois, Samir faz pênalti e o Santos marcou. A partir daí, o Flamengo se fechou na defesa, tentando jogar em contra ataque. Paulinho chegou a perder um gol certo. O Santos também perdeu uma grande chance para marcar. O Flamengo foi tocando a bola e conseguiu garantir preciosos três pontos, que deram alguma tranqüilidade a torcida.
Em 15 de setembro, o Flamengo foi a Campinas, enfrentar a Ponte Preta, que era a vice-lanterna do campeonato. O Flamengo ainda apresentava desfalques, com o goleiro Felipe, Leonardo Moura e Chicão. No primeiro tempo, parecia que o Flamengo conseguiria a vitória, mas era apenas uma ilusão. A Ponte Preta, apresar de jogar totalmente retrancada e com o Flamengo com maior posse de bola, teve as melhores chances de gol. O Flamengo não levou perigo ao gol da Ponte. No segundo tempo, o panorama não mudou. Mas, aos 22 minutos, o zagueiro Samir foi expulso. Um minuto depois, o Flamengo sofreu um gol. Com um jogador a menos, o Flamengo não conseguia acertar nada. Aos 42 minutos, quando tudo parecia liquidado, André Santos recebe um lançamento na ponta direita, apesar de ser lateral esquerdo (olha só a bagunça do time), levou para dentro da área e chutou. A bola bateu em dois jogadores da Ponte Preta e matou o goleiro. Foi um pontinho importante, pois as circunstâncias do jogo levavam a crer em derrota. Com o empate, o Flamengo ficava em 14º lugar na tabela, mas a dois pontos acima da zona de rebaixamento.
Quatro dias após, o Flamengo vai ao Maracanã enfrentar uma das surpresas do Campeonato Brasileiro: o Atlético Paranaense. Com um início arrasador, o Flamengo abre 2 x 0 com 8 minutos de jogo. A torcida acreditou que o time ganharia fácil. Mas, após os 20 minutos do primeiro tempo, a torcida do Flamengo passou a viver um verdadeiro pesadelo. O Atlético acabou virando o jogo para surpreendentes 4 x 2. Ao final do jogo, o técnico Mano Menezes entregou o cargo e foi embora, sem dar maiores explicações. Ficaram duas possibilidades para a atitude do treinador: ou ele achou que o Flamengo iria cair e num gesto de covardia foi embora. Ou, achando que não poderia dar jeito no time, pediu demissão num gesto de incompetência. Outros já achavam que ele já estava apalavrado com o Corinthians, que já estava tentando aliciar o jogador Elias. O presidente e os diretores do Flamengo ficaram sabendo da demissão pelo rádio, após a partida. Com isso, novamente Jayme de Almeida Filho é chamado para dirigir o time, que beirava a zona de rebaixamento. O perigo de cair já era uma grande realidade. O time estava em 15º lugar, a dois pontos da zona.
E a coisa continuava preta. Em Recife, o Flamengo enfrentou o lanterna e praticamente rebaixado Náutico. Dominou o primeiro tempo, mas a bola não entrou. No segundo tempo, o jogo foi mais equilibrado e a pouca qualidade do time do Flamengo ia se tornando cada vez mais evidente. Aos 46 minutos, o goleiro dá um rebote e Elias, há 2 metros do gol vazio, consegue chutar por cima do travessão. Ao final, o 0 x 0 deixava o Flamengo com 27 pontos e em 16º lugar na tabela. Ficou a sensação que dificilmente o Flamengo se livraria do rebaixamento.
Em 25 de setembro, o Flamengo enfrenta o Botafogo pela Copa do Brasil. O técnico Jayme de Almeida Filho foi efetivado no cargo, deixando a condição de interino. O Botafogo era o grande favorito, mas foi o Flamengo quem dominou o primeiro tempo. Aos 12 minutos, André Santos escorou uma bola cruzada por Paulinho e fez 1 x 0. Uma cabeçada de Luiz Antonio e uma defesa milagrosa de Jéferson em chute de Carlos Eduardo, deixaram o placar inalterado. No segundo tempo, o Botafogo voltou melhor e empatou o jogo. A partida ficou no lá e cá, mas o placar não se modificou. A decisão ficou para um mês depois.
Voltando ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi ao Maracanã enfrentar o Criciúma, que estava na zona de rebaixamento. A torcida do Flamengo compareceu para dar força ao time. E o começo foi avassalador. Com 23 minutos, o Flamengo já vencia por 3 x 0, com dois gols de Hernane, um de pênalti e um de Wallace. No terceiro gol, Hernane foi derrubado pelo goleiro, que foi expulso. Tudo levava a crer que seria uma vitória histórica. Mas, como já virou costume, o time puxou o freio e ficou tocando a bola para os lados. O Criciúma passou a apertar, colocou duas bolas na trave e no último minuto, Felipe fez pênalti e também foi expulso. O Criciúma marcou e acabou o primeiro tempo. A torcida ficou meio apreensiva quando viu o time voltar para o segundo tempo sendo dominado pelo Criciúma, que ainda teve duas grandes chances para marcar, salvas por Paulo Victor. Aos 33 minutos, num contra ataque, Paulinho, que foi um dos melhores em campo, deu uma bicicleta e a bola sobrou para Elias marcar o quarto gol. Com a vitória e com 30 pontos, o time respirava na tabela, ficando a cinco pontos da zona de rebaixamento.
Em 2 de outubro, o Flamengo vai ao Paraná enfrentar o Coritiba, que vinha com oito desfalques. Era a chance de conseguir mais 3 pontos e se distanciar da zona de rebaixamento. No início, o Flamengo conseguiu jogar melhor que o adversário, mas em contra ataques, o Coritiba levava perigo. Assim foi aos 45 minutos, com João Paulo salvando em cima da linha. Na seqüência da jogada o mesmo João Paulo dá um passe para André Santos dominar e de virada marcar o primeiro gol do Flamengo, que vai para o vestiário com a vantagem no placar. No segundo tempo, após uma cobrança de falta, a bola sobra para Chicão, que cruza na cabeça de Wallace, que faz o segundo gol do Flamengo e seu segundo gol, de forma consecutiva. Paulo Victor teve algum trabalho, mas com segurança conseguiu manter o placar de 2 x 0. Com a vitória, o Flamengo foi para o 11º lugar na tabela, com 33 pontos.
Em 6 de outubro, o Flamengo jogou em Brasília contra o Vasco da Gama, que estava na zona de rebaixamento e extremamente pressionado. A torcida do Flamengo foi maioria absoluta no estádio Mane Garrincha. A partida começa com o Flamengo tomando as iniciativas de ataque e perdendo duas boas oportunidades para marcar, com Hernane. Aos 33 minutos, Paulinho é lançado pela direita após falha do zagueiro Cris e cruza para Hernane só empurrar para o fundo das redes. Flamengo 1 x 0. O primeiro tempo terminou com o Flamengo bem melhor. Mas, como já é de costume, o Flamengo cai de produção no segundo tempo e permite o empate aos 8 minutos. A partida fica equilibrada e tanto Flamengo como Vasco perderam chances de marcar. Ao final, o empate acaba sendo pior para o Vasco, que continuava na zona de rebaixamento. O Flamengo ficava a cinco pontos da zona, em 12º lugar.
Em 10 de outubro, o Flamengo volta a sua casa predileta para enfrentar o Internacional. A torcida do Flamengo comparece para empurrar o time para mais uma vitória. A partida começa equilibrada e o Internacional perde duas chances após falhas dos zagueiros. O goleiro Felipe realiza grandes defesas e salva o time. O Flamengo, após os sustos, passa a chegar mais no gol do time gaúcho e obriga o goleiro Muriel a fazer boas defesas. Aos 28 minutos, Paulinho cruza para a entrada da área. Leonardo Moura vem na corrida e chuta no canto direito do goleiro. Flamengo 1 x 0. No segundo tempo, o Flamengo começa a sofrer uma pressão do Internacional e passa a jogar no contra ataque. E foi num desses, aos 30 minutos, que Leonardo Moura, que juntamente com Paulinho e Elias foram os melhores em campo, faz um cruzamento na medida para Hernane, que chuta de primeira e estufa as redes. Parecia que o jogo estava resolvido, mas logo depois, o Internacional faz seu gol e a partir daí o time gaúcho aumenta a pressão. É nesse momento que aparece a figura de Felipe, que fechou o gol e não deixou a vitória escapar. Com a vitória, o Flamengo dá um salto de 13º para 7º lugar na tabela. Detalhe: estava somente a 5 pontos do Vasco, primeiro da zona do rebaixamento. Estava tudo muito embolado.
Em 13 de outubro de 2013, há 13 anos sem perder para o Botafogo em Campeonatos Brasileiros, a partida contra o Botafogo tinha tudo para ser marcada por um excesso de superstição. O Flamengo começou melhor, fez 1 x 0 com Hernane e dominava o jogo. Mas, com uma participação muito boa de Seedorf, que teve muita liberdade para jogar, o Botafogo conseguiu achar um gol no final do primeiro tempo. No segundo tempo, o jogo seguia equilibrado, quando o Botafogo virou para 2 x 1. A partir daí, foram 25 minutos de total sufoco e pressão do Flamengo. O time perdeu várias oportunidades, com a bola indo ao travessão, com o goleiro do Botafogo fazendo milagres, com zagueiro tirando a bola em cima da linha e com a defesa alvi-negra chutando para todos os lados. No final, uma derrota doída, pois foi uma derrota extremamente injusta. Mas, quem disse que futebol é justo? Ao final da partida, a torcida do Flamengo aplaudiu o time, reconhecendo o esforço dos jogadores em campo.
Em 16 de outubro, uma quarta feira chuvosa, o Flamengo enfrentou o Bahia no Maracanã. Era uma partida importante para o time se afastar de vez do perigo do rebaixamento. Até então, a diferença de pontos do 9º colocado para o 17º era de no máximo 5 pontos. No primeiro tempo, o Flamengo perdeu três chances de gol, mas a primeira chance foi do Bahia, que Felipe salvou milagrosamente. Na segunda etapa, com a saída de Carlos Eduardo, o Flamengo começou a jogar com mais velocidade e logo aos 6 minutos, André Santos vai a linha de fundo pela esquerda e cruza na cabeça de Paulinho, que faz 1 x 0. Paulinho mais uma vez fazia uma grande partida. Aos 20 minutos, Hernane chutou da entrada da área, a bola bateu na trave esquerda, depois bateu na perna do goleiro Marcelo Lomba e depois bateu na trave direta. Antes que Gabriel pudesse marcar, o goleiro fez a defesa. A partir daí, o Flamengo recuou e o Bahia passou a apertar. Aos 30 minutos, o castigo veio. Fernandão marcou o gol de empate. Tudo levava a crer que o Bahia viraria o placar, pois o Flamengo ficou completamente atordoado em campo. Aos 40 minutos, quando tudo parecia caminhar para o pior, a bola é lançada para Leonardo Moura, que da linha de fundo cruza rasteiro. Hernane vem na corrida e dá um toque na bola, que foi no ângulo. Com o gol, Hernane se consagrava de vez como o artilheiro do novo Maracanã e chegava a 13 gols no campeonato brasileiro. Tudo resolvido ? Ainda não. Aos 48 minutos e meio, um lateral é cobrado na direita. A defesa do Flamengo rebate para a entrada da área. O lateral esquerdo do Bahia vem na corrida e acerta um chute violento e certeiro. Felipe faz uma defesa milagrosa e salva o Flamengo, no último lance do jogo. Com o apito final, um grande alívio tomou conta da torcida rubro-negra. O Flamengo ia a 40 pontos e praticamente afastava o perigo do rebaixamento.
Mas, mesmo com este bom rendimento, era preciso fazer pelo menos 46 pontos para afastar o perigo. E o jogo contra o Atlético Mineiro poderia ser a chance de fazer mais 3 pontos. O time mineiro jogaria desfalcados de 8 jogadores. Foi aí que Jayme de Almeida decidiu poupar Elias, Paulinho e Leonardo Moura, para o jogo contra o Botafogo pela Copa do Brasil. Como o time não poderia contar com João Paulo contundido e André Santos e Chicão com o terceiro cartão amarelo, o que parecia ser uma barbada acabou ficando equilibrado. No primeiro tempo, o Atlético jogou bem melhor, mas o empate de 0 x 0 ficou no placar. Na segunda etapa, o Flamengo perdeu duas grandes chances, defendidas pelo grande goleiro Vítor. O jogo seguia equilibrado, mas numa jogada em que a bola é roubada de Luiz Antonio, saiu o gol do Atlético, num chutaço que foi no ângulo, depois de fazer uma curva impossível. O time, com dificuldades, ainda chegou perto do empate, mas não conseguiu a igualdade no marcador. O Flamengo ainda precisaria de pontos nos próximos jogos, para se garantir de vez.
Em 23 de outubro, o Flamengo vai ao Maracanã enfrentar o Botafogo pelas quartas de final da Copa do Brasil. A torcida do Flamengo lota o seu lado nas arquibancadas ( hoje cadeiras) do Maracanã. A torcida do Botafogo, como já é de costume, não comparece em grande número. Eles demonstram que enfrentar o Flamengo nunca será uma boa experiência. Ficar em casa talvez seja uma boa opção. Mas, o Botafogo era considerado o favorito, pelo menos na opinião da imprensa. Jayme de Almeida ia fazendo o seu trabalho “feijão com arroz” e ia colhendo frutos. Como não poderia contar com João Paulo na lateral esquerda, ele colocou André Santos e deslocou Paulinho para a ponta esquerda. Sem querer ou não, Jayme descobriu em Paulinho uma grande opção para o ataque. Este jogador já aparecia como um atacante perigoso e veloz, mas neste jogo ele simplesmente extrapolou. Foi simplesmente o melhor jogador em campo e levou a defesa alvi negra à loucura. No primeiro tempo, o Flamengo dominou amplamente a partida e fez 2 x 0, com gols de Hernane “o Brocador”. No primeiro, aproveitando uma lambança da zaga do Botafogo após cobrança de escanteio. No segundo aproveitando um rebote do goleiro Jéferson, após grande jogada de Paulinho. Na segunda etapa, o time recuou e aproveitou um bom, contra ataque, quando André Santos cruzou na cabeça de Hernane, que marcou o terceiro gol. Hernane se consagrava como o artilheiro do novo Maracanã e o artilheiro do Brasil nesta temporada, com 31 gols marcados. Em outro contra ataque, Hernane é lançado livre, entra na área e é derrubado pelo zagueiro Dória, que foi expulso. Num gesto de humildade, Hernane deu a bola para Leonardo Moura, que fazia 35 anos neste dia. Ele bateu o pênalti e marcou o quarto gol do Flamengo, o seu 46º com a camisa rubro-negra. Ainda faltavam 20 minutos para o término do jogo e tudo levava a crer que o Flamengo aplicaria uma goleada humilhante no Botafogo. Mas, contrariando a torcida, o time começou a tocar a bola para os lados, como que estivesse com pena do Botafogo. Com a vitória, o Flamengo estava classificado para a semi final da Copa do Brasil. O adversário seria o Goiás, que eliminou o Vasco da Gama, que nesta altura lutava desesperadamente para não cair para a segunda divisão do campeonato brasileiro.
Após uma grande vitória contra o Botafogo, o Flamengo foi a Fortaleza, enfrentar a Portuguesa de Desportos. A partida foi disputada às 15 horas, debaixo de muito calor, pois o estado do Ceará não tinha horário de verão. O primeiro tempo foi disputado em marcha lenta e ao final da primeira etapa nenhuma das equipes havia realizado absolutamente nada de produtivo. No segundo tempo, o jogo foi mais disputado, mas o Flamengo somente foi melhorar a partir dos 30 minutos, com a entrada de Rafinha. O time chegou mais ao ataque e Hernane cabeceou uma bola no travessão. Mas foi só isso. Com 41 minutos, o Flamengo se afastava da zona de rebaixamento, mas ainda precisava de 5 pontos.
Em 30 de outubro, o Flamengo enfrenta o Goiás, no estádio Serra Dourada, pela semi final da Copa do Brasil. Para um time completamente desacreditado e que muitos acreditavam que iria cair para a segunda divisão, chegar a semi final da Copa do Brasil já era surpreendente. A torcida do Flamengo dividiu o estádio com a torcida do Goiás e viu o time jogar muito bem na primeira etapa. O goleiro Felipe foi operado do menisco do joelho esquerdo e ficaria fora da temporada, assumindo Paulo Victor a condição de titular. Paulinho, que a cada jogo ia se transformando em um dos principais jogadores do ataque rubro-negro, fez um golaço. O Goiás empatou numa falha de Elias. Mas, três minutos depois, Chicão cobra magistralmente uma falta e faz o segundo gol do Flamengo. No segundo tempo, o time do Flamengo, apresentando cansaço devido a maratona de jogos, se coloca na defesa e agüenta a pressão do Goiás. Com a vitória, o Flamengo levava uma boa vantagem para o Maracanã, para definir a vaga na final da Copa do Brasil.
De volta ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo enfrentou o Fluminense no Maracanã. O Fluminense estava numa situação muito difícil, muito próximo da zona de rebaixamento, juntamente com o Vasco da Gama. O técnico Jayme de Almeida decide poupar cinco jogadores titulares, visando o jogo contra o Goiás, pela Copa do Brasil. Foram poupados Leonardo Moura, Chicão, André Santos, Elias e Paulinho. A torcida do Flamengo ficou extremamente preocupada, pois o Flamengo ainda precisava de pontos para fugir de vez do fantasma do rebaixamento. A torcida do Flamengo compareceu em número muito maior que a do Fluminense, que resolveu abandonar o time na luta contra a queda para a segunda divisão. De forma surpreendente, o Flamengo com seu time misto, jogou de igual para igual com o Fluminense. Na segunda etapa, de cara, Hernane perdeu um gol feito, chutando por cima de dentro da pequena área. O Fluminense, precisando desesperadamente da vitória, tentava ir ao ataque, mas esbarrava na defesa segura do Flamengo. Aos 44 minutos, o Flamengo puxa um contra ataque e a bola é tocada para Rafinha, na ponta direita. Ele cruza a bola em diagonal, rasteira. Hernane ia marcar o gol, mas o zagueiro Gum acabou mandando a bola para o fundo das redes. Foi uma loucura no Maracanã. A torcida do Fluminense abandonava o estádio, enquanto a torcida do Flamengo vibrava extremamente. Com a vitória, o Flamengo somou 44 pontos e praticamente deixava o perigo da zona de rebaixamento para Fluminense e Vasco. Mais uma vez o troféu Fla x Flu Clássico dos Clássicos foi para a Gávea.
Em 6 de novembro, a torcida do Flamengo lota o Maracanã para empurrar o time rumo a final da Copa do Brasil. O Goiás vinha com desfalques importantes, mas mesmo assim, foi logo marcando 1 x 0, aos 4 minutos. A torcida do Flamengo não parou de empurrar o time e aos 13 minutos, uma tabelinha sensacional entre Elias e Hernane culminou com um belo gol de Hernane, tocando a bola por cima do goleiro. O time não parou de atacar e Elias, com um chute violento e colocado, marcou um golaço, colocando o Flamengo na frente no placar. No segundo tempo, o Flamengo recuou, tentando jogar em contra ataques. E num deles, Hernane marcou mais um gol, que foi muito mal anulado pelo auxiliar. O Flamengo controlou a partida até seu final e se classificou para a final contra o Atlético Paranaense.
Em 9 de novembro, Flamengo e Goiás voltaram ao Maracanã, agora pelo Campeonato Brasileiro. O técnico Jayme de Almeida Filho resolveu preservar alguns jogadores, como Leonardo Moura, Chicão e Elias. A partida foi muito equilibrada até os 32 minutos do primeiro tempo, quando o Goiás perdeu o jogador Hugo expulso pelo segundo cartão amarelo. Com isso, o Flamengo dominou a partida e começou a perder chances de gol. No segundo tempo, aos 5 minutos, Hernane “Brocador” fez valer a condição de maior artilheiro do novo Maracanã e marcou o gol do Flamengo. Aos 13 minutos, o Goiás empatou após falha da defesa. A partir daí, o Flamengo foi perdendo chances de gol aos montes e acabou empatando a partida. Foi mais um ponto longe da zona de rebaixamento e o time já focado para a decisão da Copa do Brasil.
A seguir, o Flamengo vai a Itu, interior de São Paulo, para enfrentar o São Paulo. O início do jogo foi marcado pelo protesto dos jogadores, que haviam fundado o chamado Bom Senso F. C., que reivindicavam uma mudança no calendário do futebol brasileiro, entrando em rota de colisão com a CBF. Em todos os jogos da rodada houve um tipo de protesto, com jogadores de braços cruzados no primeiro minuto de jogo. Como o péssimo árbitro Alicio Pena Júnior ameaçou os 22 jogadores de cartão amarelo, os times ficaram chutando a bola de um lado para o outro, sem saírem de sua posição em campo. Após o primeiro minuto, o jogo literalmente começou. Na primeira etapa, o jogo foi dominado pelas defesas, que anularam completamente os ataques. Na segunda etapa, o péssimo árbitro Alicio Pena Júnior deu um pênalti pra lá de estranho a favor do São Paulo. Os jogadores ao final da partida afirmaram que o péssimo árbitro Alicio Pena Júnior ficou o tempo todo xingando e fazendo chacotas com os jogadores do Flamengo. O São Paulo ainda fez o segundo gol, vencendo por 2 x 0. As atenções estavam voltadas para a decisão da Copa do Brasil, mas o Flamengo ainda precisava de dois pontos para ficar tranqüilo de vez no Campeonato Brasileiro. Detalhe: neste dia o Cruzeiro sagrava-se campeão brasileiro, com quatro rodadas de antecedência. Quanta emoção...
Ainda pensando na Copa do Brasil, o Flamengo foi a Porto Alegre com seu time reserva e enfrentou o Grêmio. A torcida rubro-negra pensou no pior. Tudo indicava que o Flamengo levaria uma surra no sul. Mas, o time reserva até que se saiu muito bem. Empatou por 0 x 0 no primeiro tempo. No segundo tempo, o Grêmio fez 1 x 0 e deu sufoco. O time do Flamengo resistia e aos 41 minutos empatou. João Paulo chutou da entrada da área e a bola bateu nas costas do zagueiro Rodolfo, encobrindo o goleiro Dida. Era um pontinho precioso. Mas um minuto depois, o Grêmio desempatou. O time permanecia em 12º lugar na tabela, mas ficava a 4 pontos da zona de rebaixamento, onde o Vasco da Gama praticamente estava condenado a cair para a segunda divisão.
Finalmente, em 20 de novembro, o Flamengo realizou o primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil. Nem o mais otimista dos rubro-negros acreditaria que aquele time, totalmente desacreditado durante a temporada, conseguiria chegar onde chegou. Devemos creditar esta evolução ao treinador Jayme de Almeida Filho. Com sua simplicidade e competência desbancou técnicos renomados, cheios de marra e mal intencionados, como o Sr. Mano Menezes, que ao achar que o Flamengo não iria a lugar nenhum, ficou de olho no lugar que o treinador Tite deixaria em breve no Corinthians e simplesmente abandonou o clube e seus jogadores, que ele mesmo dizia nas entrevistas que eram muito limitados. O Flamengo foi a campo com Felipe, Leonardo Moura, Wallace, Chicão, André Santos, Amaral, Elias, Luiz Antonio, Carlos Eduardo, Paulinho e Hernane. Durante a partida, André Santos e Chicão saíram contundidos e cederam lugar a João Paulo e Samir. No segundo tempo, o fraquíssimo Carlos Eduardo saiu para entrada de Diego Silva. A partida começou e a defesa do Flamengo suportava muito bem os ataques do Atlético. Mas, aos 15 minutos, o Atlético deu seu primeiro chute a gol e fez 1 x 0, com uma bomba de Marcelo, que Felipe, que voltava ao gol rubro-negro, após uma cirurgia no joelho, acabou aceitando. O Flamengo não se abalou e continuou tentando chegar ao gol atleticano. Aos 30 minutos, Amaral recebe a bola na intermediária e desfere um chute violento e certeiro, no ângulo, empatando a partida. O gol foi como uma ducha fria nos paranaenses. O Flamengo mantinha o domínio de bola e ao final do primeiro tempo, quem fazia a festa era a torcida do Flamengo. No segundo tempo, acreditava-se que o Atlético iria partir pra cima, mas não foi o que aconteceu. O Flamengo marcava muito bem e saía em contra ataques perigosos. O time do Atlético ficou meio atordoado e não conseguiu levar perigo ao gol de Felipe. O Flamengo teve, pelo menos, quatro chances de marcar, mas desperdiçou os contra ataques. Luiz Antonio, talvez se inspirando em Zico, cobrou uma falta que não entrou por muito pouco. O jogo foi chegando ao seu final e a torcida do Atlético, que ficou calada todo o segundo tempo, abandonava o acanhado estádio Durival de Brito, também conhecido como Vila Capanema, cabisbaixa. Por sinal, o estádio não foi o mais adequado para um jogo de tamanha importância. O Flamengo levava a decisão para o Maracanã, onde a torcida já havia comprado todos os ingressos, apesar dos preços altíssimos, que levaram até mesmo o Procon e a Polícia à Gávea. Mesmo mantendo os altos preços, que variavam de 500 a 800 reais, a torcida do Flamengo comprou todos eles e prometia invadir o Maracanã.
Antes da decisão, o Flamengo precisava se livrar de vez de qualquer possibilidade matemática de rebaixamento. E para isso, o técnico Jayme de Almeida Filho mandou a campo o que poderia mandar de melhor. O time jogou desfalcado de Leonardo Moura (poupado), Chicão e André Santos (contundidos) e Luiz Antonio (suspenso). O Maracanã recebeu o Flamengo e sua torcida, que mesmo debaixo de chuva, compareceu para levar o Flamengo a mais uma vitória. O adversário era o Corinthians. A partida começou equilibrada, mas com o Corinthians com maior posse de bola. Aos 18 minutos, a bola é tocada para Paulinho, que com um chute muito forte, manda a bola no canto direito do goleiro, marcando o gol do Flamengo. A partir do gol, o Flamengo continuou a se defender, mas com o goleiro Felipe não fazendo nenhuma defesa no primeiro tempo. Na segundo etapa, o Flamengo perdeu pelo menos três grandes chances para marcar. Apenas nos últimos minutos de jogo, o goleiro Felipe fez duas grandes defesas que garantiram os três pontos, que levaram o Flamengo a 48 pontos. Agora só faltava a decisão da Copa do Brasil.
Finalmente chegou o grande dia. O Maracanã completamente lotado para a decisão. A Nação Rubro-Negra ansiosa em todo o Brasil para uma conquista que nem o mais otimista dos rubro-negros poderia acreditar durante o ano. Um time desacreditado, esculachado pela imprensa, muitas vezes feito de galhofa pelos adversários, poderia ganhar um título de âmbito nacional e de quebra, se classificar para a Libertadores de 2014. Em 27 de novembro, o Flamengo foi a campo com Felipe, Leonardo Moura, Samir, Wallace, André Santos, Amaral, Elias, Luiz Antonio, Carlos Eduardo, Paulinho e Hernane. Foi uma linda festa, proporcionada pela torcida rubro-negra do Flamengo, já que o adversário também era rubro-negro. A partida começou e o Flamengo foi aos poucos dominando as ações e ficou com o domínio da bola. O Atlético ficou meio acuado na defesa e não conseguiu levar perigo ao gol de Felipe em nenhum momento. O Flamengo tentava chutes de fora da área, mas sem acertar o gol paranaense. No final do primeiro tempo, Luiz Antonio, que foi um dos melhores jogadores em campo, cobrou uma falta, onde a bola caprichosamente chocou-se com o travessão. A torcida do Flamengo não parava de cantar e empurrar o time. Apesar do domínio, o placar ficou em 0 x 0. Faltavam 45 minutos e o 0 x 0 dava o título para o Flamengo. Mas, a torcida não queria se apegar nesta frágil vantagem. Era certo que o time do Atlético deveria vir para o segundo tempo com mais ímpeto, pois o placar lhe era desfavorável. E com isso, o Flamengo não poderia recuar. O segundo tempo começou e o Flamengo acabou recuando um pouco mais e o Atlético aproveitou para tentar chegar ao gol do Flamengo, usando principalmente as bolas levantadas na área. O perigo passou a rondar o gol do Flamengo e a torcida começou a ficar apreensiva. O tempo ia passando e o jogo ficando cada vez mais perigoso. O técnico Jayme de Almeida tira Carlos Eduardo, que mais uma vez foi um ponto nulo do time, para colocar Diego Silva, para tentar fechar mais ainda o meio de campo. Com isso, Elias passou a jogar mais adiantado e o Flamengo melhorou. Os contra ataques começaram, a levar perigo ao gol do Atlético. Paulinho fazia mais uma vez um partidaço. O goleiro do Atlético passou a fazer seus milagres, principalmente em um voleio de Hernane, que se fosse gol, seria um golaço. O relógio marcava 40 minutos e tudo levava a crer que o Flamengo tentaria levar o empate até o final da partida. O Atlético continuava a levar perigo nas bolas levantadas na área. Aos 42 minutos, o Flamengo armou um contra ataque e Paulinho foi lançado na ponta esquerda. Ele viu Que Hernane se apresentava no lado oposto e cruzou a bola para ele. Hernane chuta e o goleiro defende cara a cara. A bola volta para Hernane, que de primeira lança novamente para Paulinho. Ele vai a linha de fundo, dribla o seu marcador e toca para Elias, na risca da pequena área, estufar as redes. Uma explosão da torcida balançou o novo Maracanã. Era a certeza do título. Na comemoração, André Santos é expulso juntamente com um jogador do Atlético. Leonardo Moura é substituído por Marcos Gonzáles e Elias dá o lugar a João Paulo. Era necessário fechar a defesa, pois se o Atlético empatasse, a decisão iria para os pênaltis. E o Atlético partiu para cima e Felipe fez uma defesa numa cabeçada perigosa. Paulinho quase fez um golaço. E aos 49 minutos, a bola é cruzada para Hernane, que deu um voleio e colocou a bola no cantinho do goleiro. Nova explosão da galera. Após o gol e durante a comemoração, o árbitro Leandro Vuaden termina a partida. A torcida do Flamengo fez uma festa memorável. Os jogadores comemoravam em campo uma grande conquista. Os jogadores receberam suas medalhas no palco armado no campo e Leonardo Moura, 460 jogos pelo Flamengo, levantou o belo troféu para a torcida. O Rio não dormiu nesta noite. A festa foi em todos os cantos do Brasil e do Mundo. O Flamengo conquistara o tricampeonato da Copa do Brasil. E este feito não teria ocorrido se não fosse o belíssimo trabalho realizado pelo técnico Jayme de Almeida Filho. Com muita humildade e competência, ele soube valorizar os jogadores do elenco, diferentemente do seu antecessor, que desvalorizava os jogadores perante a imprensa, na tentativa de justificar a sua incompetência perante as derrotas. Jayme deu valor a prata da casa e também fez ressurgir jogadores completamente esquecidos na Gávea, como Amaral, que se mostrou um monstro na proteção a defesa. Com Jayme, vários jogadores subiram muito de produção e o resultado foi esta maravilhosa conquista. Novamente a receita caseira dava certo. Novamente a torcida poderia gritar: “Quero cantar ao Mundo inteiro, a alegria de ser rubro-negro”.
Em 1 de dezembro, o Flamengo foi cumprir tabela em Salvador, contra o Vitória. Com um time misto e ainda de ressaca pela grande conquista, o time conseguiu jogar de igual para igual até metade do segundo tempo, quando o jogo estava empatado por 2 x 2. Infelizmente, o Vitória conseguiu aproveitar as chances que o Flamengo desperdiçou e acabou vencendo por 4 x 2. Mas, na verdade, a torcida do Flamengo acompanhava com mais atenção a luta de Vasco e Fluminense contra o rebaixamento. Após esta rodada, a penúltima do campeonato, ficava certo que pelo um carioca cairia para a segunda divisão. Mas, poderiam cair os dois. Ficou a definição para a última rodada.
Em 7 de dezembro, Flamengo e Cruzeiro foram ao Maracanã para trocar faixas. Foi uma bela festa dos times campeões. Mas, apesar da festa, o jogo valeu pela última rodada do Campeonato Brasileiro. O Flamengo jogou sem Elias e Felipe. Em seu lugar entrou César, que vinha das divisões de base. O início de jogo foi todo do Flamengo, que aos 14 minutos fez 1 x 0 com Hernane “Brocador”, artilheiro absoluto do Maracanã e do Brasil. Ninguém fez mais gols em todo o Brasil do que Hernane. Mas, logo após o gol, o Flamengo perdeu Paulinho e Amaral, machucados. Com isso, o Cruzeiro, que mesmo atuando com seu time reserva, começou a equilibrar o jogo. César fez um defesaço, cara a cara e garantiu a vitória na primeira etapa. Na segunda etapa, Samir sai machucado também e logo após, Bruninho se machuca e fica fazendo número em campo. Após perder tantos jogadores machucados, é claro que o Cruzeiro cresceu em campo. Com isso, César começou a aparecer com grandes defesas. Mas, depois de tanto atacar, o Cruzeiro marcou o gol de empate. A partida acabou chegando ao seu final com o empate e a certeza de que o Flamengo, apesar de ter um bom time, ainda precisaria ser reforçado para 2014. Ficaram as gratas surpresas, como o técnico Jayme de Almeida e jogadores como Hernane, Paulinho, Samir e Amaral. Ficou, para um time desacreditado, uma grande conquista, a Copa do Brasil. A esperança ficava para um 2014 muito melhor.
Ao final do campeonato, Vasco da Gama e Fluminense estavam rebaixados. O Vasco pela segunda vez em cinco anos e o Fluminense pela quarta vez. No caso do Fluminense é sempre bom lembrar que em 1996 o tricolor virou a mesa e chegou a comemorar com seu presidente abrindo champanhe nas Laranjeiras. Em 1997, ele caiu de novo e não teve virada de mesa. Em 1998, o Fluminense foi para a terceira divisão. Em 1999, o Fluminense foi campeão da terceira divisão, mas não jogou a segunda divisão em 2000, pois manobras políticas o levaram para a primeira divisão, na chamada Copa João Hevelange. E de lá o Fluminense não havia saído até então.
Acontece que após o término do campeonato, o procurador da STJD, Paulo Schmit, acusou o jogador Héverton da Portuguesa e o jogador André Santos do Flamengo de terem jogado a última rodada de forma irregular. No caso da Portuguesa, o jogador havia sido expulso e pego dois jogos de suspensão. O advogado da Portuguesa avisou ao clube que o jogador havia sido suspenso por 1 jogo e após o cumprimento deste jogo, ele entrou em campo contra o Grêmio, aos 32 minutos do segundo tempo da partida. No caso do Flamengo, o jogador André Santos foi expulso na decisão da Copa do Brasil, contra o Atlético Paranaense, e apesar de ser em um outro campeonato, não jogou contra o Vitória pelo Campeonato Brasileiro. O STJD entendeu que ele somente poderia cumprir a suspensão após o julgamento, ocorrido numa sexta feira à noite, menos de 48 horas da realização do jogo contra o Cruzeiro. Além disso, a partida do Vasco contra o Atlético Paranaense, com vitória do time paranaense por 5 x 1, foi marcada por uma violenta briga entre torcedores, o que deixou a partida interrompida por mais de 1 hora. O Vasco queria os pontos do jogo, o que foi descartado pelo STJD.
O problema é que se Flamengo e Portuguesa fossem condenados, perderiam quatro pontos (três pontos e mais o ponto do jogo). O Flamengo cairia de 11º colocado com 49 pontos para 16º e com 45 pontos. E a Portuguesa iria para 44 pontos e cairia para a segunda divisão, no lugar do Fluminense, que terminou o campeonato com 46 pontos. Isso causou uma indignação nos órgãos de imprensa e também nos torcedores.
Ocorreram casos como o do goleiro reserva do Cruzeiro no jogo contra o Vasco, que encontrava-se irregular e com isso o Cruzeiro foi multado em dez mil reais e não perdeu os pontos. Em 2010, o jogador Tartá jogou irregularmente pelo Fluminense e o mesmo procurador Paulo Schmit, em entrevista na época, achava uma imoralidade tirar pontos do Fluminense, que havia sido campeão, alegando que a conquista ocorrida em campo de jogo era mais importante do que um jogador irregular. Lembrar que se o Fluminense perdesse os pontos, não teria sido o campeão. Agora, o mesmo senhor se contradiz, dizendo que é uma imoralidade passar por cima do regulamento. Os dois times, o Flamengo e Portuguesa, não se beneficiaram de nenhuma forma nos episódios deste ano. E devido a isso, a imprensa se mobilizou contra a tentativa de tirar o Fluminense da segunda divisão, pela terceira vez, numa “canetada”.
Em 16 de dezembro aconteceu a “39ª rodada” do Campeonato Brasileiro. Os ilustres Senhores Doutores da lei decretaram por unanimidade que Flamengo e Portuguesa perderiam quatro pontos. Com isso, a Portuguesa estaria rebaixada e o Fluminense ficaria na primeira divisão. Mas, ainda não havia acabado a comédia bufa. Em 27 de dezembro, o Pleno do STJD bateria o martelo final. E para confirmar o que já era óbvio, o resultado foi mantido. Agora bastava esperar os desdobramentos desta decisão.
Nos esportes olímpicos e amadores, a perspectiva não era nada animadora. Com a política da nova diretoria, que visava diminuir gastos, algumas categorias foram extintas e alguns atletas de nome foram dispensados. Caso da Ginástica Olímpica, que dispensou os irmãos Hipolyto e Jade Barbosa. Também aconteceu com a Natação. Alguns esportes mais novos como a Canoagem, também foram extintos. Mesmo assim tivemos vários títulos:
No Futebol Amador, o time júnior conquista a Taça Rio (2º Turno do Campeonato Estadual), mas não consegue conquistar o campeonato. O time Infantil também conquistou a Taça Rio e a Copa Dadazinho Super, em homenagem a Dadá Maravilha. O time Mirim conquistou o Campeonato Metropolitano (Troféu Carlos Alberto Parreira) e o time Pré Mirim também conquistou o Campeonato Metropolitano.
No Remo, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Júnior, o Campeonato Estadual Infantil, Júnior B e Feminino e o 9º Festival de Remo de Campos dos Goytacazes. Foi um ano difícil para o Remo rubro-negro.
No Basquete, o Flamengo conquistou o Eneacampeonato Estadual, estando próximo do feito do time da década de cinqüenta, que conquistou o Decacampeonato Estadual. Também conquistou pela segunda vez o título brasileiro do NBB . Conquistou pela segunda vez o título brasileiro da categoria Júnior (sub 22). Na categoria de base, o Flamengo conquistou o Torneio Sesi Juvenil Masculino disputado em Juiz de Fora, o Campeonato Estadual Infantil Masculino e o Circuito Estadual Pré Mirim Masculino. A torcida rubro-negra teve muitas alegrias com o Basquete.
No Futebol Society, o time masculino do Flamengo ganhou tudo que disputou. Foi campeão da Copa Rio, da Copa dos Campeões, da Copa do Brasil, do Mundial de Clubes, da Copa Interclubes, do Campeonato Estadual, do Desafio Internacional de Futebol Society e da Liga Nacional . Foi simplesmente sensacional.
No Futebol de Areia, o Flamengo conquistou a Taça Guanabara Feminino, a Copa do Brasil Masculino e o Circuito Nacional Adulto Feminino.
No Futebol de Salão, o Flamengo conquistou apenas o Campeonato Estadual Júnior, dividindo o título com mais três times.
No Showbol, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro.
No Futebol de Mesa, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro categoria “Dadinho”, o Campeonato Estadual Máster de bola 12 toques e o Campeonato Estadual categoria “Dadinho”.
No Futevôlei, o Flamengo conquistou o Campeonato da Liga Nacional Feminino.
Na Natação, com apenas as equipes de base atuando, o Flamengo conquistou o Torneio Ruy Essucy Petiz de Inverno, o Campeonato Estadual Mirim de Inverno, o Campeonato Estadual Júnior II (sub 18), o Torneio Ruy Essucy Mirim de Verão, o Festival Sudeste Mirim, o Campeonato Estadual Petiz de Verão, o Campeonato Estadual Mirim de Verão e o Campeonato Brasileiro Máster (+50).
No Nado Sincronizado, o Flamengo conquistou o Campeonato Estadual Absoluto.
No Pólo Aquático, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Infantil Feminino, o Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino, a Taça Brasil Infanto Juvenil Masculino, a Copa Brasil Júnior Feminino, ficando em primeiro lugar no Ranking Nacional de Pólo Aquático.
Na Ginástica Olímpica, o Flamengo conquistou o Troféu Brasil Feminino com Rebeca Andrade, o Campeonato Brasileiro Feminino, o Campeonato Brasileiro Feminino de Saltos com Rebeca Andrade, o Campeonato Brasileiro Feminino Individual com Rebeca Andrade, o Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino e o Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino Individual com Rebeca Andrade.
No Judô, o Flamengo conquistou o Campeonato Carioca Sub 23 Masculino e o Circuito Estadual Máster.
No Vôlei, o Flamengo conquistou o Torneio Início Infanto Juvenil Masculino, a Copa Minas Tênis Club Infanto Juvenil Feminino, o Campeonato Estadual Mirim Masculino, o Campeonato Estadual Pré Mirim Feminino, a Taça Paraná Mirim Masculino e o Campeonato Estadual Juvenil Masculino. O time máster feminino (+50) sagrou-se bicampeão brasileiro.
- 2014:
Presidente: Eduardo Bandeira de Melo
Títulos:
Futebol: Taça Guanabara
Campeonato Estadual
Torneio Octávio Pinto Guimarães Júnior
Troféu Super Clássicos (RJ)
Copa Amizade Brasil-Japão de Futebol Infantil (Sub 15)
Copa Rede Ball de Futebol Mirim (Sub 14)
Basquete: Campeonato Sul Americano Masculino Adulto
Campeonato Brasileiro Masculino Adulto (NBB)
Campeonato Mundial de Clubes Masculino Adulto
Campeonato Estadual Masculino Adulto
Circuito Estadual Pré Mirim Masculino
Campeonato Estadual Mirim Masculino
Torneio Aberto Pré Mirim Masculino
Troféu Eficiência
Futevôlei: Campeonato Mundial Feminino 3 x 3.
Futebol Society: Copa Interclubes Masculino
Copa Rio Masculino
Campeonato Estadual Masculino
Futebol de Salão: Torneio Adidas Samba Tour Júnior Masculino
Copa Minas Internacional Infantil masculino
Natação: Torneio Ruy Essucy Petiz de Inverno
Torneio Ruy Essucy Petiz de Verão
Campeonato Estadual Júnior de Inverno
Campeonato Estadual Júnior de Verão
Campeonato Estadual Mirim de Verão
Campeonato Estadual Petiz de Inverno
Campeonato Estadual Petiz de Verão
Pólo Aquático: Campeonato Brasileiro Júnior Feminino
Taça Brasil Infantil Masculino
Campeonato Estadual Júnior Masculino
Copa Brasil Júnior Feminino
Copa Brasil Juvenil Masculino
Nado Sincronizado: Campeonato Estadual Absoluto
Ginástica Olímpica: Campeonato Brasileiro Feminino
Campeonato Estadual Feminino
Campeonato Estadual Pré Mirim Feminino
Campeonato Estadual Mirim Feminino
Campeonato Estadual Pré Infantil Feminino
Judô: Circuito Estadual Máster
Vôlei: Campeonato Estadual Adulto Masculino
Campeonato Brasileiro Máster Feminino (+50)
Campeonato Estadual Juvenil Masculino
Campeonato Estadual Juvenil Feminino
Em 2014, o Flamengo ainda passava por um período de reestruturação, com a diretoria, agora em seu segundo ano de administração, tentando sanear as muitas dívidas do clube. Mantinha-se a política de não se fazer loucuras e trabalhar dentro de um orçamento compatível com a realidade.
No futebol manteve-se Jayme de Almeida Filho como treinador. As atenções se voltavam para a Libertadores e com isso, o time deveria ser reforçado. Mas, aconteceram algumas perdas importantes para o elenco. Elias, que foi uma das grandes peças do meio de campo voltou para o Sporting de Portugal e não foi possível trazê-lo de volta. Luiz Antônio, que foi um jogador importante na conquista da Copa do Brasil e surgia como uma grande promessa, foi muito mal orientado por seu procurador, que provavelmente ávido em ganhar dinheiro com a venda do jogador, o orientou a colocar o Flamengo na justiça, para conseguir sua liberação. Luiz Antônio perdeu na justiça e manteve seu vínculo contratual com o clube. Mas, era inevitável que ficou sem clima. Rafinha foi emprestado ao Bahia e Adryan emprestado ao Cagliari da Itália. Ambos precisavam ganhar experiência. Durante quase todo o ano Hernane esteve machucado. Acabou sendo negociado para um time árabe.
O clube contratou para a temporada os seguintes jogadores: do Atlético Paranaense vieram o lateral direito Léo e o meio campo Everton, que já havia jogado pelo Flamengo em 2009. O meio campo Elano veio do Grêmio, o volante Feijão veio do Bahia, o zagueiro Erazo veio do Equador e o atacante Alecsandro veio do Atlético Mineiro.
A primeira competição do ano foi o Campeonato Estadual. O Flamengo optou inicialmente por jogar com o time reserva. O campeonato deste ano sofreu modificações. A Taça Guanabara composta de 16 clubes, seria jogada em pontos corridos. Ao final, o campeão da Taça Guanabara seria o time que chegasse em primeiro lugar na tabela. A seguir, quatro clubes fariam a semi final e posteriormente teríamos a final em dois jogos. A Taça Rio ficaria com o time pequeno melhor classificado na Taça Guanabara, mas que não se classificasse para as semifinais.
A estréia do Flamengo no Campeonato Estadual foi em 19 de janeiro contra o Audax Rio no Maracanã. O Flamengo entrou em campo com o time reserva. Logo aos 5 minutos, Welinton aproveitou uma cobrança de escanteio e fez o único gol do jogo. Disputado numa temperatura altíssima, o jogo foi fraco tecnicamente. No segundo tempo, o Flamengo perdeu vários gols e poderia ter saído com uma vitória maior. Ao final da partida, ficou a impressão de que alguns jogadores poderiam ser bem aproveitados. A decepção do jogo foi Mattheus, que saiu vaiado de campo. O Flamengo acabou sendo o único dos grandes a vencer na primeira rodada.
Em 22 de janeiro, o Flamengo vai a Volta Redonda, ainda com seu time reserva, para enfrentar o Volta Redonda. No primeiro tempo, o jogo foi muito amarrado no meio de campo e poucas foram as chances. O placar em branco fez jus ao jogo. Na segunda etapa, o Flamengo melhorou e passou a jogar mais no ataque, com o volta Redonda perdendo duas chances em contra ataques. Aos 40 minutos, após cobrança de escanteio e uma ajeitada de Mattheus, Welinton chuta de primeira e faz o gol da vitória. Quem diria! Welinton, de perseguido pela torcida a artilheiro do time no campeonato. Coisas do futebol...
Após utilizar jogadores reservas, o Flamengo colocou em campo o time titular para a terceira rodada do Campeonato Estadual. A torcida foi ao Maracanã achando que o Duque de Caxias seria goleado com facilidade. Mas, com um time totalmente sem ritmo de jogo, o Flamengo viu o time do Duque de Caxias partir para cima e jogar de igual para igual. Hernane conseguiu perder duas grandes chances de gol e Elano estreou bem. Mas, definitivamente, a sorte estava com o time da Baixada Fluminense. Numa cobrança de escanteio, fez um gol olímpico. No segundo tempo, a bola chutada iria parar na bandeirinha de escanteio, mas, no meio do caminho, a bola foi desviada com o braço por um jogador adversário. A bola foi bater no travessão e sobrou limpinha para ser colocada nas redes. Era muito azar. Com dois gols “espíritas”, o Duque de Caxias surpreendia. Jayme de Almeida tirou o pior jogador em campo, Carlos Eduardo (nenhuma novidade) e Elano, cansado devido a falta de ritmo. Entraram Gabriel e Alecsandro. Não demorou e Alecsandro fez de cabeça o primeiro gol e dois minutos depois, Gabriel empatou. Ainda faltavam 17 minutos e dava para ganhar. Mas, de forma incrível, o Duque de Caxias partiu para cima e esteve mais perto de marcar. Ao final do jogo, o empate pelo menos deixou o Flamengo ainda na liderança. Mas, ficou a preocupação para os próximos jogos e principalmente para a Libertadores.
Em 29 de janeiro, o Flamengo subiu a Serra e foi a Friburgo enfrentar o Friburguense. Sob um forte calor, o time realizou uma partida apenas razoável, mas suficiente para vencer por 2 x 0, gols de Samir e Elano, que aos poucos ia garantindo a sua condição de titular do meio campo. O que continuava sem explicação era a permanência de Carlos Eduardo no time titular. Infelizmente, este jogador foi considerado um futuro craque, mas decepcionou a todos. Foi vaiado a cada vez que tocou na bola.
Em 2 de fevereiro, o Flamengo foi a Volta Redonda e sob um forte calor, enfrentou o Macaé. Logo no início, Leonardo Moura cometeu pênalti. Felipe realizou a sua décima defesa em cobranças de pênalti com a camisa do Flamengo. No rebote da defesa do goleiro, com o gol completamente escancarado, o jogador do Macaé chutou na trave. Era um indício que era dia de sorte. Hernane, que ainda não marcara, começou a fazer gols e o primeiro tempo terminou 3 x 1 para o Flamengo, três gols de Hernane. Na segunda etapa, Jayme de Almeida tira de campo Carlos Eduardo, que a torcida já não agüentava mais ver em campo. Em seu lugar entrou Gabriel, que em cinco minutos fez mais do que o seu antecessor havia feito em todo o primeiro tempo. E com um passe dele, Hernane fez seu quarto gol no jogo. O time esfriou (apesar do forte calor) e o estreante zagueiro Erazo, acabou tomando seu segundo cartão amarelo e saiu expulso. O Macaé ainda fez seu segundo gol, mas bem no final do jogo, Negueba arranca do meio de campo e da meia lua chuta cruzado, fechando o placar: Flamengo 5 x 2 Macaé.
Três dias depois, o Flamengo foi a Bangu e debaixo de um calor infernal, jogou com seu time reserva contra o Boavista. Do time considerado titular, apenas o goleiro Felipe jogou. Faziam sua estréia o argentino Lucas Mugni e o lateral Léo. O Boavista chegou a fazer 2 x 0, mas ainda no primeiro tempo, aos 26 e 28 minutos, Alecsandro e Gabriel empataram a partida. No segundo tempo, Alecsandro mais duas vezes e Léo construíram o placar final de 5 x 2. A torcida via com felicidade que os estreantes jogaram bem e o Flamengo ia montando um elenco forte para a temporada. E ainda faltava estrear Everton.
Em 8 de fevereiro, o Flamengo enfrentou o Fluminense, utilizando o time titular e promovendo a estréia de Everton. A princípio, o Flamengo era favorito, tanto que a torcida do Fluminense praticamente não foi ao Maracanã. E o time tricolor foi recebido como o coro de “ão, ão, ão, segunda divisão”, pois até então, mesmo com as idas e vindas de liminares na justiça comum, o Fluminense havia se livrado da segundona por uma “canetada” do STJD. Na primeira metade do primeiro tempo, o Flamengo foi melhor, com o Fluminense todo na retranca. Mas, após a parada técnica, pois o Rio de Janeiro vivia o verão mais quente dos últimos anos e os jogadores precisavam se re-hidratar, o Fluminense voltou melhor. Após cruzamento de Conca, o melhor em campo, Michael, que havia retornado de uma grande suspensão por usar cocaína, fez de cabeça. Ficava evidente que o zagueiro equatoriano Erazo estava completamente perdido na zaga. Tanto, que após uma falha de marcação sua, o Fluminense fez 2 x 0 no início do segundo tempo. O time do Flamengo se arrastava em campo. E para terminar, o Fluminense, se aproveitando de nova falha de Erazo, marcou 3 x 0, gol do gordo Walter, com seus 100 quilos. Chegou-se a conclusões: Erazo não podia ser titular. Samir era mil vezes melhor. Até Welinton era melhor. Qualquer um era melhor que Erazo. Outra coisa: Jogador volta de férias e diz que está fora de ritmo de jogo. Então, porque o treinador poupa o time titular, que jogaria a Libertadores, se o time não apresenta ritmo de jogo ? E por falta do tal ritmo de jogo, é que o Flamengo tomou sufoco do Duque de Caxias e perdeu, andando em campo, para o Fluminense. Eram coisas para se pensar.
Em 12 de fevereiro, o Flamengo foi ao México enfrentar o León, campeão mexicano, pela Libertadores. O time começou a partida jogando bem, com Hernane cabeceando uma bola no travessão, o que dava a impressão de que a vitória seria possível. Mas, aos 12 minutos de jogo, Amaral entrou de forma completamente irresponsável em um jogador mexicano e foi expulso. Tudo foi por terra. O Flamengo passou a se defender e levar sufoco. Após um escanteio, Hernane desarma um jogador do Leon e o árbitro equivocadamente deu pênalti. O Leon marcou 1 x 0. O Flamengo tentava de vez em quando, chegar ao gol adversário. E aos 42 minutos, após cobrança de falta de Elano, Cáceres empata numa cabeçada. Após o gol, o árbitro correu para o interior da área e pareceu marcar alguma irregularidade. Ninguém entendeu nada, mas ele estava confirmando o gol. No segundo tempo, mais um pênalti foi marcado, mas dessa vez Felipe defendeu. O Flamengo passou a partir para o ataque e após perder uma grande chance de gol, levou o desempate, numa falha bisonha de sua defesa. Com a derrota, o Flamengo precisaria vencer seus jogos em casa e também ganhar pontos fora de casa, se quisesse se classificar.
Após duas viagens desgastantes, o Flamengo enfrentou o Vasco da Gama pelo Estadual. Foi o primeiro jogo entre os times após a inauguração do novo Maracanã. O estádio nem de longe lembrava os clássicos memoráveis de antigamente, quando mais de cem mil pessoas compareciam ao “maior do mundo”. Poucas pessoas compareceram. Na primeira etapa, o Flamengo jogou de forma irreconhecível. O Vasco dominou as ações. Em cobrança de falta, a bola bateu no travessão de Felipe e quicou dentro do gol do Flamengo. A arbitragem não confirmou o gol. Mas, com o domínio do Vasco, o placar foi aberto. Três minutos depois, numa cobrança de falta de Elano, o goleiro do Vasco defendeu a bola após ela ter passado pela “linha fatal”. O juiz que ficava atrás do gol confirmou que a bola havia entrado e o árbitro confirmou o gol de empate do Flamengo. No intervalo, os jogadores do Vasco reclamaram muito da não confirmação do seu gol. No segundo tempo, após a entrada de Gabriel no lugar de Elano, o Flamengo passou a levar perigo ao gol do Vasco. Aos 43 minutos, Gabriel fez grande jogada e chutou cruzado. A bola bateu na trave e entrou. Gol do Flamengo. Tá certo que os vascaínos reclamaram muito, mas ganhar do Vasco é sempre muito bom.
Jogando com o time reserva e para um Maracanã vazio, o Flamengo derrotou o Madureira por 2 x 0, em ritmo de treino. Com participações destacadas de Paulo Victor, Muralha e Gabriel, o Flamengo impôs um ritmo lento, mas que levava perigo ao gol do tricolor suburbano. Com um gol contra e com um gol de Negueba, após grande lançamento de Muralha, o Flamengo resolveu tudo no primeiro tempo e depois jogou como num treino. A vitória manteve o time na liderança juntamente com o Fluminense, que tinha mais dois gols de saldo.
Em 22 de fevereiro, o Flamengo foi a Volta Redonda, enfrentar o Resende. O artilheiro Hernane não jogou devido a uma amigdalite. Em seu lugar jogou Alecsandro. E foi com dois gols de Alecsandro que o Flamengo saiu vencedor na primeira etapa. No segundo tempo, o show ficou por conta de Leonardo Moura, que antes de ser substituído, já no final da partida, deu um lençol desconcertante no seu marcador. Na seqüência da jogada, Everton marcou o terceiro e último gol do Flamengo. Com a vitória de 3 x 0, o Flamengo voltou para a liderança do campeonato e acabou sendo beneficiado pela derrota do Fluminense por 3 x 0 para o time reserva do Botafogo e do Vasco para a Cabofriense, que até então era o melhor dos pequenos, estando em terceiro lugar.
Em 26 de fevereiro, o Flamengo recebeu o Emelec do Equador no Maracanã. A torcida rubro-negra esteve presente e empurrou o time durante toda a partida. Na primeira etapa, o Flamengo marcou o primeiro gol logo no início, numa cobrança de falta de Elano que fez lembrar Zico, que estava no estádio, onde assinou o Livro de Ouro do Maracanã. A partir do gol, o Flamengo recuou demais, o que levou o Emelec a dar um sufoco. Lucas Mugni não conseguia dar velocidade e continuidade às jogadas e o final do primeiro tempo levou a torcida às vaias. No intervalo, Jayme de Almeida tirou o argentino Mugni e colocou em seu lugar Gabriel, que aos poucos ia se tornando um dos melhores jogadores do Flamengo no ano. Com Gabriel, o Flamengo ganhou em mobilidade e velocidade. Após grande jogada de Muralha, que deu de calcanhar a André Santos, que se desvencilhou de seu marcador e tocou da linha de fundo para a conclusão de Hernane “Brocador”, o Flamengo marcou seu segundo gol. Ele saiu comemorando o que poderia ser seu último gol pelo Flamengo, pois o futebol chinês acenava com uma grande proposta. A torcida em coro pedia a Hernane que ficasse. O Flamengo continuou a mandar no jogo e após grande bola lançada por Cáceres, Everton marcou na saída do goleiro. O jogo estava ganho, mas numa bola chutada de longe, que resvalou em Samir, outro grande jogador do time, o Emelec marcou seu gol de honra. A vitória colocava o Flamengo em segundo lugar no grupo sete da Libertadores. No dia seguinte, a torcida ficou sabendo que Hernane continuaria na Gávea.
Em 1 de março, o Flamengo voltou ao Maracanã, agora pelo Campeonato Estadual, para jogar contra o Nova Iguaçu. Foi um jogo sem maiores emoções, onde o Nova Iguaçu jogou melhor que o Flamengo na maior parte do jogo. Com menos de um minuto, Elano cobrou uma falta, exigindo ema grande defesa do goleiro. Logo depois, após um cruzamento de Everton, o zagueiro Jorge Felipe, sozinho, marcou contra. A partida continuou em ritmo de treino para o Flamengo e com o Nova Iguaçu partindo para cima. Ao final do primeiro tempo, a vitória por 1 x 0 foi comemorada pela torcida. Na segunda etapa, o Flamengo começou melhor e Hernane marcou o segundo gol, escorando um cruzamento. Mas, apresar de estar perdendo, o Nova Iguaçu continuou jogando melhor e acabou fazendo seu gol. Nos últimos minutos do jogo, o Flamengo sofreu grande pressão, mas conseguiu manter o placar e com a vitória, estava matematicamente classificado para a semi final do campeonato. A notícia ruim ficou por conta das contusões de Hernane e Elano, ambos com lesão muscular.
O que esperar de um jogo realizado numa quarta feria de cinzas, chovendo, contra o Bonsucesso e com o Flamengo jogando sem seis titulares? E a imprensa reclamou dos quase novecentos presentes em Volta Redonda. Foi um daqueles jogos sonolentos, que o torcedor teve que tomar algumas xícaras de café para não dormir. No primeiro tempo, o jogo não teve nada de emoção. Somente no segundo tempo, quando o técnico Jayme de Almeida colocou Nixon e Negueba em campo é que as coisas começaram a melhorar. Com um gol de Alecsandro, artilheiro do campeonato e reserva de Hernane, e outro de Nixon, o Flamengo acabou vencendo por 2 x 0 e ficou mais do que nunca isolado na liderança da Taça Guanabara.
Em 9 de março, o Flamengo enfrentou o Botafogo, precisando de uma vitória para conquistar a Taça Guanabara. E isso ficou possível devido ao empate do Fluminense com o Duque de Caxias, por 2 x 2. O time entrou em campo com a nova camisa do segundo uniforme, praticamente branca, com detalhes em vermelho e preto nos ombros e o escudo do futebol do lado esquerdo do peito. O Botafogo, já totalmente sem condições de classificação para as semi finais, entrou em campo com o time reserva. O Flamengo jogou de uma forma tão tranqüila, que venceu quando quis. Com um gol de Gabriel, o primeiro tempo terminou com a vitória rubro-negra. No segundo tempo, o Flamengo recuou e chamou o Botafogo, que não conseguia levar perigo. Quando o Flamengo partia para o ataque, levava desespero a defesa do Botafogo. Mas, o Flamengo se fechou e foi levando a partida ao seu final. Mas, aos 45 minutos, num contra-ataque, Hernane tocou para Léo marcar o segundo gol. Ao final da partida, a torcida comemorou a conquista de sua 20ª Taça Guanabara. Pena que não houve taça para dar volta olímpica. Afinal de contas a conquista aconteceu com duas rodadas de antecedência. A taça foi entregue na última rodada.
Em 12 de março, a torcida do Flamengo compareceu em peso ao Maracanã, para incentivar o time para conseguir mais uma vitória, agora pela Libertadores. O adversário era teoricamente o mais fraco da chave: o Bolívar da Bolívia. Mas, em campo, o time boliviano atuou muito fechado e com uma marcação cerrada, não deixou o Flamengo praticamente chutar uma bola em gol. A torcida viu o time sair de campo no intervalo sob um misto de vaias e aplausos. Na segunda etapa, com a entrada de Paulinho, que substituiu Léo, já que Leonardo Moura não entrou em campo, pois estava contundido, o time ensaiou uma pressão. Mas, num contra ataque, o Bolívar fez 1 x 0. A arbitragem não marcou nenhuma chegada por trás. Bastava o jogador dominar a bola e vir um adversário por trás e derrubá-lo, que Sua Senhoria não marcava nada. Muitas vezes a falta era absurda. Apesar do susto, dois minutos depois, Everton empatou o jogo. Empurrado pela torcida, o Flamengo foi buscar a virada, novamente com Everton. Quando tudo parecia resolvido, novamente num contra ataque, o Bolívar conseguiu empatar. O Flamengo tentou chegar a vitória, mas com toda a catimba e com uma ajuda portentosa da arbitragem, praticamente não houve mais jogo. O empate com gosto de derrota deixou o Flamengo em situação perigosa, pois precisaria jogar na altitude de La Paz e Quito.
Para preservar o time titular para a guerra da Libertadores, o Flamengo foi a campo em Volta Redonda, para enfrentar o Bangu, com o seu terceiro time. Estrearam vários garotos como o goleiro Luan, o lateral esquerdo Jorge, o meio campo Léo Henrique e os atacantes Cafu e Douglas Bagio. Foi uma partida que somente serviu para testes com os garotos. E eles não foram mal. Apesar do Bangu ter feito 2 x 0, os meninos foram a luta e empataram com dois gols de Nixon. Mattheus, filho de Bebeto, continuou a ser uma decepção e o lateral Digão não mostrando futebol para jogar no Flamengo. Mas, alguns jogadores mostraram que poderiam ter futuro na Gávea.
Em 19 de março, o Flamengo foi a La Paz enfrentar o Bolívar. Logo aos 4 minutos, Samir escorrega e acaba cometendo pênalti. O Bolívar bate e abre a contagem. No primeiro tempo, se não fosse a atuação soberba de Felipe, o Flamengo teria tomado uma goleada. Carlos Eduardo, só para variar, não jogou nada. Havia a esperança de que ele nunca mais vestisse a camisa do Flamengo. No segundo tempo, com as entradas de Paulinho e Lucas Mugni, o Flamengo passou a jogar melhor e chegou quase a empatar. Mas, a cada contra ataque, Felipe tinha que fazer suas grandes defesas. Ao final da partida, ficou a sensação de que a classificação só aconteceria por milagre. O Flamengo precisaria vencer o Emelec em Guaiaquil e o Leon em casa
O retorno do Flamengo não foi fácil. A pressão começou a incomodar. Mas, antes de decidir seu futuro na Libertadores, o Flamengo retornou ao Campeonato Estadual e enfrentou a Cabofriense, no Maracanã. Atuou com o time reserva e no primeiro tempo foi um passeio, com a vitória de 3 x 0. No segundo tempo, Luiz Antonio, que voltou ao time depois de meses de muita briga na justiça, marcou o quarto gol. A partir daí, o time se desligou e a Cabofriense marcou dois gols, que lhe garantiram na semi final do campeonato, onde enfrentaria o próprio Flamengo. Alecsandro, que apesar de reserva, estava em segundo lugar na tabela de artilheiros, marcou mais um e o placar foi complementado pelo time da Região dos Lagos. Ao final, o placar marcou 5 x 3 para o Flamengo. Após a partida, o Flamengo recebeu a Taça Guanabara e o Troféu Super Clássicos.
Em 26 de março, o Flamengo iniciou a disputa da semi final do Campeonato Estadual. De última hora, o Flamengo perdeu Leonardo Moura, com lesão muscular. Com isso, Jayme de Almeida ficou sem três dos quatro laterais. João Paulo jogou meio que no sacrifício. A Cabofriense mostrou muita vontade no início do primeiro tempo, inclusive colocando bola na trave e perdendo um gol feito, defendido por Felipe. Mas, aos poucos, o Flamengo ia levando perigo ao gol adversário. E foi numa bola cabeceada por Hernane que bateu na trave, sobrando limpa para Everton, que o Flamengo abriu o marcador. Paulinho voltou a apresentar um grande futebol, se transformando numa peça vital para o ataque. Na segunda etapa, Paulinho recebeu de Hernane, entrou livre e tocou na saída do goleiro. Hernane vivia uma fase de poucos gols. Ao ser substituído por Alecsandro, viu o seu reserva marcar no primeiro toque que deu na bola, cabeceando uma cobrança de escanteio. Com este gol, Alecsandro, apesar de ser reserva, se tornou artilheiro do campeonato. Com a vitória de 3 x 0, o Flamengo deu um passo importante para chegar a final do Estadual.
Em 29 de março, o Flamengo definiu a sua ida a decisão do Campeonato Estadual. Venceu a Cabofriense por 3 x 1 com facilidade, com dois gols de Lucas Mugni e um de João Paulo. E para provar que a fase do Brocador não era boa, ele saiu contundido ainda no primeiro tempo, ao ser atingido nas costas por uma joelhada do zagueiro da Cabofriense. Jayme de Almeida ainda quebrava a cabeça com as laterais, pois tirando João Paulo, Leonardo Moura, Léo e André Santos continuavam machucados. E não jogariam a partida decisiva pela Libertadores, que poderia definiri a classificação na competição sul americana.
Em 2 de Abril, o Flamengo entrou em cmpo no estádio George Campwell, em Guaiaquil, com mais um desfalque. Hernane não se recuperou e foi substituído por Alecsandro, que cada vez mais mostrava que estava em melhores condições. Na lateral direita entrou Welinton, improvisado. O estádio era pequeno e transformou-se em um caldeirão, com a torcida do Emelec fazendo barulho o tempo todo. O Flamengo iniciou bem a partida e conseguiu a marcação de um pênalti, quando a bola que iria para na cabeça de Alecsandro foi interceptada com a mão. O próprio Alecasandro bateu e fez 1 x 0. O primeiro tempo transcorreu com a partida sob controle. Felipe não fez nenhuma defesa difícil. No segundo tempo, o Emelec partiu para cima e o Flamengo não soube aproveitar os espaços para contra ataque. Aos 22 minutos, Welinton comete pênalti, que foi convertido. Com o empate, o Emelec se animou e partiu para a pressão. O Flamengo não poderia perder, pois seria eliminado da competição com a derrota. O empate ainda era um grande resultado. E assim a partida foi chegando ao final, com o Emelec atacando e o Flamengo desperdiçando contra ataques. Com a entrada em campo de Negueba, o Flamengo ganhou mais velocidade. Aos 47 minutos, Negueba faz um lançamento perfeito para Paulinho, que chutou no canto e decretou a grande vitória do Flamengo. Agora, para se classificar, o Flamengo deveria vencer o Leon, no Maracanã. Mas, antes disso, o Flamengo iniciaria a disputa da final do Campeonato Carioca, com o Vasco.
Em 6 de abril, o Flamengo entrou em campo repleto de desfalques. O técnico Jayme de Almeida não contou com Leonardo Moura, André Santos, João Paulo, Cáceres e Hernane. Como não pode contar com seus laterais esquerdos, acabou improvisando o zagueiro Frauches na lateral. Everton ficou no banco, pois estava com dores musculares e foi poupado. Ao contrário do Flamengo, o Vasco ficou a semana toda descansando e entrou com força total. No primeiro tempo, o Vasco acabou dominando as ações e aos 10 minutos acabou fazendo 1 x 0. Houve reclamações de falta no goleiro Felipe, quando a bola foi cruzada na área em cobrança de escanteio. O zagueiro Rodrigo cabeceou e marcou. Durante todo o primeiro tempo, o Flamengo não conseguiu chegar ao gol vascaíno. No intervalo, o técnico Jayme de Almeida deu uma grande bronca no time e substituiu Lucas Mugni por Gabriel. O time voltou para o segundo tempo de forma diferente. No final do primeiro tempo, o atacante vascaíno Everton havia tomado um cartão amarelo, por tentar simular pênalti. Aos 2 minutos do segundo tempo ele agarra Gabriel e não recebe o segundo cartão amarelo e o vermelho. Logo depois, o mesmo jogador intercepta uma jogada com a mão e também não recebe o cartão. A revolta do time do Flamengo já era grande. Aos 10 minutos, o mesmo jogador acerta um chute em Frauches e finalmente é expulso. O Flamengo que já dominava o jogo, ficou mais forte ainda, principalmente depois da entrada de Everton no lugar de Frauches. Logo depois, Paulinho acerta um chute de fora da área e marca um golaço. Era o empate. A torcida do Flamengo explode no Maracanã, que infelizmente recebeu apenas 20 ml pessoas para o clássico, outrora “dos milhões”. A torcida achou que o Flamengo partiria para cima do Vasco, mas não foi o que aconteceu. Com a grande maratona de jogos decisivos, o Flamengo optou por não desgastar o time e sem forçar o ritmo, acabou empatando o primeiro jogo da final do Campeonato Estadual. O Flamengo teria pela frente um jogo decisivo contra o León, onde precisava da vitória para se classificar na Libertadores e no próximo domingo, decidiria com o Vasco o título carioca, jogando por mais um empate. A tarefa era difícil.
A torcida do Flamengo lotou o Maracanã para tentar empurrar o time para a vitória. Mas, desde o início do jogo, a torcida viu que a missão seria extremamente difícil. O León do México apresentava um toque de bola envolvente e uma defesa que não dava chutões. O Flamengo tinha dificuldades para penetrar na defesa e o León chegava com facilidade em toques curtos e certeiros. Logo no início, Elano, que voltava de longa inatividade, sentiu nova contusão e deu lugar a Gabriel. O León chegava bem na defesa rubro-negra e num cruzamento na área do Flamengo o León marcou de cabeça. A torcida sentiu o golpe, mas logo depois vibrou com o gol de empate, marcado por André Santos, ao cabecear uma bola cruzada por Leonardo Moura, em cobrança de falta. Mal a torcida vibrou e o León marcou mais um gol de cabeça. Tudo levava a crer que o primeiro tempo terminaria com a derrota. Mas, uma bola cruzada por Everton encontrou Alecsandro, que tocou na bola, que resvalou no zagueiro e entrou no cantinho. O gol deu uma esperança a torcida, mas o que se via em campo era o time mexicano tocar a bola com perfeição. Na segunda etapa, o Flamengo tentou fazer uma pressão, mas a cada contra ataque do León, o perigo era evidente. O jogo ficou aberto, mas as melhores oportunidades foram do León. O time do Flamengo lutava, tentando fazer o gol da vitória e da classificação. O tempo ia passando e o time do León tocando a bola com perfeição. E para terminar de vez as esperanças do Flamengo, aos 38 minutos o León marcou o terceiro gol e acabou de vez com as chances de classificação. Ao final da partida ficou a sensação de que o Flamengo lutou, mas perdeu para um time muito técnico e que mereceu vencer.
Após a derrota e desclassificação na Libertadores, a imprensa deitou e rolou. O fracasso de outras equipes não tem um terço da repercussão que tem no Flamengo. Talvez isto mostre a grandeza do clube em relação aos outros. Se o Flamengo não fosse o que é, certamente a imprensa faria como faz com os outros. Trataria o caso como coisa normal. Mas, no Flamengo a coisa é bem diferente. E a pressão é bem maior também. O Vasco já era considerado o favorito, enquanto o Flamengo parecia fadado a derrota.
Enquanto o Flamengo levava a campo um time desgastado fisicamente, o Vasco descansou e treinou o tempo todo. O time foi escalado pelo técnico Jayme de Almeida com Felipe, Leonardo Moura, Wallace, Chicão (Samir foi vetado momento antes do jogo) e André Santos, Amaral, Marcio Araújo, Everton e Luiz Antonio, Paulinho e Alecsandro, já que Hernane havia fraturado um osso de uma vértebra na partida contra a Cabofriense. O Flamengo jogou nitidamente para empatar, enquanto o Vasco tomou as rédeas da partida, pois somente a vitória lhe daria o título, que não conquistava há 11 anos. A única jogada polêmica ocorreu num contra ataque, onde Everton passou pelo último jogador da defesa do Vasco e foi calçado, O árbitro Marcelo de Lima Henrique, que já havia enfrentado durante a semana uma grande polêmica, causada por sua esposa, vascaína, que pelas redes sociais havia feito declarações inoportunas, marcou a falta, mas não deu o cartão vermelho ao jogador do Vasco. O primeiro tempo terminou em 0 x 0.
No segundo tempo, o panorama não mudou, mas o Flamengo passou a atacar um pouco mais e levava perigo em contra ataques. Aos 21 minutos Chicão e um zagueiro do Vasco foram expulsos por trocarem tapas. Com isso, o Flamengo que já não contou com Samir, teve que colocar em campo Erazo. A torcida do Flamengo sentiu que coisa boa não iria acontecer. Aos 30 minutos, Erazo comete pênalti a favor do Vasco. A cobrança é perfeita e o Vasco ficava a quinze minutos da conquista tão sonhada. A torcida do Vasco gritava olé. Os jogadores da reserva dançavam, Torcedores já exibiam faixas de campeão. Os jogadores dentro do campo xingavam e gozavam os jogadores do Flamengo.
Tá certo que seria muito difícil reverter a situação. O Vasco fazia o famoso cai cai. O jogo não andava e a torcida rubro-negra desesperada. Mas, verdade seja dita: ninguém arredou pé do Maracanã. Jayme de Almeida substituiu André Santos por Nixon e Amaral por Gabriel, já no desespero. Quando tudo parecia perdido, aos 45 minutos acontece um corner a favor do Flamengo. Leonardo Moura se prepara para cobrar o escanteio. Nisso, dentro da área, o zagueiro vascaíno Rodrigo cai e é retirado de campo. Alguns acharam que era cera, mas na verdade, ele estava realmente contundido. A bola é alçada dentro da área, atrás da marca do pênalti. Wallace sobe e desfere uma linda cabeçada. A bola se choca entre o travessão e a trave. A torcida do Flamengo não acreditava no que via. A bola correu sobre a linha, passou por traz do goleiro do Vasco e foi na direção da outra trave. Nixon e Marcio Araújo vieram juntos. Marcio Araújo chutou, a bola ainda resvalou na trave e estufou as redes vascaínas. Tudo isso em mais ou menos dois segundos. O que se viu naquele momento de quase incredulidade foi uma explosão incontida da torcida do Flamengo, dos jogadores, do banco de reservas, daqueles que assistiam pela televisão e daqueles que ouviam em seus rádios o desenrolar do lance. A alegria extrema dos rubro-negros contrastava com o desespero dos vascaínos, que viram seu tão sonhado título escapar de suas mãos, faltando apenas mais dois minutos de jogo. Mais uma vez eles tiveram que ouvir o coro que já virou moda há muitos anos: Ô ÔÔ ÔÔÔÔ Vice de Novo !
Somente depois dos gritos, abraços e comemorações, veio o fato: Marcio Araújo estava impedido. Foi uma choradeira do lado do Vasco, que chegou a dizer que iria tentar a anulação da partida. Só se esqueceram que na primeira partida. o gol do Vasco saiu de uma falta em cima do goleiro Felipe, que não foi marcada. Choros a parte, o fato é que o Flamengo se sagrou campeão Estadual pela 33ª vez, abrindo vantagem sobre o Fluminense e se tornando cada vez mais o “Rei do Rio”. A imprensa vive dizendo que campeonato estadual não vale nada, impregnados pelo futebol estrangeiro, revivendo novamente o famoso complexo de vira latas. Caso queiram saber se não vale nada, perguntem aos vascaínos...
Passada a ressaca da conquista do Campeonato Estadual, o Flamengo estreou no Campeonato Brasileiro em 20 de abril, num domingo de Páscoa. Apesar de ser o mandante da partida, o Flamengo jogou contra o Goiás no estádio Mané Garrincha, em Brasília. A diretoria tentava faturar financeiramente, mas ficava a preocupação do time não jogar no Rio de Janeiro, em sua casa. No primeiro tempo, o Flamengo sufocou o Goiás, mas encontrou no goleiro adversário um paredão. Aos poucos, o jogo se caracterizava por uma grande retranca do Goiás, com o Flamengo tendo a posse da bola. O Goiás só tentava jogar no contra ataque. Na segunda etapa, o Flamengo continuava a encontrar uma grande dificuldade para furar a defesa goiana. E com isso, o Goiás começou a levar perigo. O Flamengo, nos últimos 15 minutos, já apresentava um grande desgaste físico, pois correu muito mais que o Goiás, que ficou na defesa o tempo todo. Ao final do jogo, o Goiás chegou a perder algumas oportunidades. Com o final da partida, o Flamengo deixava dois pontos em campo. O time teria que se preparar, pois teria pela frente somente jogos difíceis até a nona rodada, quando o campeonato sofreria uma paralisação devido a Copa do Mundo.
Em 27 de abril, o Flamengo foi ao Pacaembu jogar contra o Corinthians. Desfalcado de Everton, Gabriel, Elano e Hernane, o técnico Jayme de Almeida colocou André Santos no meio de campo, perdendo e muito na criação das jogadas. Não demorou muito e o Corinthians marcou 1 x 0 com 9 minutos. Após 15 minutos, o Flamengo tentou equilibrar a partida, já que o Corinthians não levava muito perigo ao gol de Felipe. Aos 43 minutos, o árbitro Leandro Vuadem (aquele que não marca “qualquer falta”) foi extremamente rigoroso ao expulsar Leonardo Moura. Enquanto isso, o jogador Guerrero do Corinthians fez várias faltas já com cartão amarelo e ele não teve coragem de dar o segundo cartão amarelo e expulsá-lo. No segundo tempo, ninguém entendeu quando Jayme de Almeida tirou Alecsandro e colocou Nixon em seu lugar. Mesmo assim, com menos um jogador, o Flamengo equilibrou a partida e começou a chegar ao gol do Corinthians. Mas faltava muita qualidade ao time. Num contra ataque, já aos 38 minutos, o Corinthians marcou o segundo gol e fechou o placar da partida. Era um começo de campeonato muito preocupante.
Na terceira rodada, o Flamengo ainda não poderia contar com sete jogadores. E para enfrentar o Palmeiras, o técnico Jayme de Almeida resolveu inventar. Colocou quatro atacantes no time (Nixon, Negueba, Paulinho e Alecsandro) e nenhum armador no meio de campo. É claro, que a coisa não iria funcionar bem. O Palmeiras saiu vencendo com um gol aos 11 minutos. Aos 13 minutos, Paulinho empatou. Mas aos 39 minutos, o Palmeiras fez 2 x 1, fazendo linha de passe no meio da defesa rubro-negra. Para a segunda etapa, o técnico Jayme de Almeida consertou o erro e tirou Nixon, colocando Lucas Mugni no meio de campo. O time se acertou e não demorou a empatar, com Marcio Araújo. Logo depois, num lançamento primoroso de Lucas Mugni para Alecsandro, o goleiro deu rebote e o artilheiro completou de cabeça. E para fechar a conta, num contra ataque sensacional, Wallace serviu Alecsandro que fuzilou o goleiro palmeirense. A vitória de 4 x 2, até certo ponto inesperada, serviu para dar uma esperança para a torcida.
Domingo, dia 11 de maio. Dia das Mães. Muitos Rubro-Negros e Tricolores foram ao Maracanã neste dia para assistir a mais um Fla x Flu. Mas, longe dos grandes públicos de outrora. O Flamengo colocou nas costas da camisa de cada jogador o nome de um jogador negro que se destacou na história do clube. E o clássico começou morno, com as jogadas acontecendo no meio de campo. Jogo parelho e disputado de uma forma meio preguiçosa. Foi quando o goleiro Felipe do Flamengo resolveu ser a mãe do ano e deu de presente um gol para os tricolores. Numa cobrança de córner, ele simplesmente ficou atrás de Fred, que de uma forma bisonha fez 1 x 0. Gol que não se toma nem em pelada. O Fluminense se trancou todo na defesa, para jogar em contra ataques. E o Flamengo jogando de forma lenta e desinteressada. O único chute do Flamengo ao gol aconteceu aos 41 minutos, numa cobrança de falta de Samir, que o goleiro colocou para escanteio. No segundo tempo, o técnico Jayme de Almeida trocou Lucas Mugni, Luiz Antonio e Cáceres, colocando em campo Negueba, Muralha e o estreante Arthur, que veio do Londrina. O Flamengo, meio que sem saber entrar na defesa do Fluminense, foi tentando atacar, mas o Fluminense todo na defesa. Aos 41 minutos veio o contra ataque fatal. A bola é retomada na defesa tricolor e o Flamengo com o time todo adiantado é pego de surpresa. A bola poderia ser defendida, mas Felipe deixou ela passar.
No dia seguinte, a bomba: o técnico Jayme de Almeida foi demitido. Ele ficou sabendo pela imprensa, o que deixou todos perplexos. Foi contratado para o seu lugar Ney Franco. Com certeza, uma bola fora da diretoria do Flamengo a forma como foi conduzida a demissão de Jayme de Almeida. A ele a nossa gratidão.
A estréia do novo técnico, contra o São Paulo, coincidiu com a estréia da nova camisa do Flamengo. Ney Franco escala uma nova dupla de ataque, com Alecsandro e Hernane, que voltava após longo tempo se recuperando de fratura nas vértebras. Talvez sem saber, Ney Franco repetiu o mesmo erro de Jayme de Almeida no primeiro tempo da partida contra o Palmeiras. Deixou o Flamengo sem meio de campo. O erro foi consertado ainda no início da partida, quando Hernane sofreu forte torção no tornozelo e deixou o campo, sendo substituído por Elano. Um grande azar do Brocador. A partida começou equilibrada, mas aos poucos começou a ficar evidente a diferença de qualidade técnica entre os dois times. O São Paulo com seu time milionário (contando com o banco de reservas) começou a colocar o Flamengo numa situação difícil. E não tardou o primeiro gol, marcado por Ganso. Até o final do primeiro tempo, o Flamengo não produziu nada. Na segunda etapa, aos 6 segundos, Everton entra livre pela esquerda e chuta com violência. A bola bateu na trave. O São Paulo recuou, chamando o Flamengo. E tudo levava a crer que no primeiro contra ataque, o São Paulo mataria a partida. O Flamengo corria, lutava, mas não conseguia levar real perigo ao gol do São Paulo. A partida se arrastou até os 46 minutos, quando Ganso marcou o segundo gol exatamente num contra ataque. A torcida vaiou o time e a diretoria, acusada de ser excelente no pagamento das dívidas, mas que deixava o time abandonado. A situação na tabela preocupava e muito, com o Flamengo em 16º lugar, com apenas 4 pontos. Ficou a sensação de que o Flamengo teria de lutar para não cair.
Em 21 de maio, o Flamengo enfrentou o Bahia, jogando na cidade de Macaé. O time vai a campo com seu terceiro uniforme, todo preto e com detalhes em vermelho. O time do Bahia apresentava um bom entrosamento, mas quem saiu na frente foi o Flamengo. Numa jogada de Everton pela esquerda, a bola é cruzada para a cabeçada de Paulinho, que marcou 1 x 0. O time do Flamengo acabou recuando e tentando jogar no contra ataque. Já no final do primeiro tempo, Alecsandro é agarrado na área e o árbitro pernambucano Gilberto Rodrigues Castor Júnior não marcou. Aliás, o que este árbitro deixou de dar faltas para o Flamengo foi uma festa. Dava para perceber, no mínimo, uma certa má vontade do árbitro para com o Flamengo. No segundo tempo, o Bahia partiu para cima e o Flamengo recuou definitivamente. Alecsandro perdeu um gol feito na pequena área, cabeceando para fora. O Bahia por sua vez, perdia boas oportunidades. Aos 46 minutos, o árbitro inventou uma falta na entrada da área contra o Flamengo. Na verdade a falta seria a favor e não contra. Um jogador do Bahia empurra Samir na barreira e exatamente por ali, a bola passa e entra no gol de Felipe, que poderia defender a falta. Foi um duro golpe para a torcida do Flamengo. Tá certo que o Flamengo não jogou bem, mas sofrer um gol de falta (inexistente) aos 47 minutos, foi dose... E a torcida já preocupada com o rebaixamento.
Em 25 de maio, o Flamengo enfrentou o Santos no Morumbi, fato que não ocorria há muito tempo. Nas décadas de setenta e oitenta, os jogos eram sempre no Morumbi. Isto levou muitos “entendidos” da imprensa a dizer até 2009 (quando o Flamengo venceu por 2 x 1), a asneira de que o Flamengo não conseguia vencer o Santos na Vila Belmiro desde 1974, como se o Flamengo ficara por 25 anos sem vencer o Santos jogando em São Paulo. Eles se esqueceram do pequeno detalhe de que o Flamengo venceu e até goleou o Santos algumas vezes jogando no Morumbi. Mas, vamos ao que interessa... O Flamengo jogou desfalcado de Felipe, que foi barrado por ter faltado ao treino da sexta-feira. Entrou com Samir como falso lateral esquerdo. Jogou sem Alecsandro, devido a uma entorse no tornozelo. O ataque foi formado por Negueba, Everton e Paulinho. No primeiro tempo, só deu Flamengo, que até bola no travessão colocou. No segundo tempo, o jogo ficou mais equilibrado, com Paulo Victor fazendo excelentes defesas (como sempre). No final da partida, o Flamengo voltou a dominar as ações. Aos 47 minutos, Paulinho perde um dos gols mais feitos do mundo. A bola foi cruzada da direita e ele, dentro da pequena área, com o gol escancarado, chutou a bola no travessão. Foram mais dois pontos jogados fora.
Em 29 de maio, o Flamengo jogou novamente no Morumbi. Como os estádios do Rio de Janeiro estavam cedidos a FIFA para a Copa do Mundo, o Flamengo resolveu continuar em São Paulo, para enfrentar o lanterna do campeonato: o Figueirense. Era a chance de sair da incômoda situação na tabela. O time teve a volta de Alecsandro, mas Paulo Victor continuou no gol. Com um gol de Alecsandro, marcado de cabeça, o Flamengo saiu na frente no marcador. Mas, logo depois, o Figueirense empatou, numa falha de Paulo Victor, que soltou uma bola nos pés do adversário. A partir daí, o Flamengo tentou de varias maneiras chegar ao segundo gol. Deixava com isso muito espaço para os contra ataques do Figueirense. O time se desarticulou em campo e o técnico Ney Franco mostrava estar completamente perdido, sem saber o que fazer. Ao final da partida, o empate deixava o Flamengo na 17ª posição e a torcida ficava com aquela sensação de que ou algo de muito sério deveria ser feito no período de paralisação do campeonato devido a Copa do Mundo ou o Flamengo estaria fadado a cair . E o último jogo antes da paralisação seria contra o Cruzeiro.
O jogo contra o Cruzeiro foi algo de lamentável. O time andou em campo. Não mostrou nenhuma vontade. Foi simplesmente lastimável. O Cruzeiro jogou como num treinamento de luxo, fez 3 x 0 no primeiro tempo e parece que teve pena de dar uma goleada histórica no Flamengo. O time era um bando em campo, completamente perdido, como seu treinador Ney Franco. Ao final da partida, o novo diretor de futebol, Felipe Ximenes deu uma bronca tão grande, que foi gravada por repórteres fora do vestiário. No dia seguinte, o vice de futebol Walim Vasconcelos pediu demissão. A crise era sem precedentes. A imprensa anti-rubro-negra deitando e rolando, fazendo chacotas do Flamengo. Os jogadores receberam de “prêmio” 15 dias de férias. A torcida fez manifestações na Gávea ( nem perto do que era antigamente). Enfim, a interrupção do campeonato devido a realização da Copa do Mundo, acabou sendo encarada como uma chance de colocar a casa em ordem e de contratar jogadores, mandando embora aqueles que não queriam nada.
Após os quinze dias de férias, o elenco se reapresentou e rumou para Atibaia, onde o técnico Ney Franco começou a armar a equipe para o retorno do campeonato. A Gávea foi cedida para a seleção da Holanda durante a Copa do Mundo. A novidade foi a contratação do volante argentino Canteros.
Durante a Copa do Mundo, uma notícia explodiu na Gávea. O Flamengo estava impedido de continuar recebendo o patrocínio da Caixa Econômica Federal, pois foi condenado a pagar uma dívida, que era de 30 e agora chegava a 80 milhões de reais, referentes a impostos sobre transações de jogadores nas administrações de Luiz Augusto Veloso e Kleber Leite. Outra herança maldita. E como fazer para pagar os salários dos jogadores ?
Terminada a Copa do Mundo, com a melancólica participação da Seleção Brasileira, que perdeu de 7 x 1 para uma seleção Alemã vestida com uma camisa igual a do Flamengo, as atenções se voltaram novamente para o Campeonato Brasileiro. O Flamengo enfrentou o Atlético Paranaense, utilizando o esquema com três zagueiros, imposto pelo técnico Ney Franco. A torcida na expectativa de ver um Flamengo diferente, para tentar sair da incômoda penúltima colocação na tabela. Mas, infelizmente, o que se viu em campo foi mais uma vez um time perdido, fraco, sem inspiração, tentando as jogadas mais no improviso. O Atlético saiu na frente, mas Samir fez um belo gol de cabeça, empatando a partida. No segundo tempo, Samir saiu com lesão muscular na coxa, Paulinho já havia saído machucado, Alecsandro chutando bola no travessão, quicando em cima da linha, goleiro tirando com a ponta do pé um gol certo de Luiz Antonio e o Atlético marcando mais um gol. Ao final da partida, a pouca torcida em Macaé gritava “time sem vergonha” e “queremos jogador”. O Flamengo chegava à última colocação na tabela. O fantasma do rebaixamento assombrava a Gávea.
Em 20 de julho, o Flamengo foi a Porto Alegre enfrentar o Internacional. A torcida não tinha a menor esperança em ver o time vencer. E desde o início, a impressão era de que seria um massacre. O Internacional marcou 1 x 0 logo no início. O Flamengo até que mantinha um certo domínio de bola, mas era inofensivo no ataque. E para piorar, no final do primeiro tempo, Lucas Mugni erra bisonhamente, deixando a bola limpa para o atacante do time gaúcho. Chicão entra de carrinho, atinge a bola e depois toca o adversário. O árbitro Sandro Meira Riche, incontinente, marcou pênalti e expulsou Chicão. Mas foi com uma vontade e convicção típicas de um árbitro caseiro. Internacional 2 x 0. Na segunda etapa, com menos um jogador, a situação foi completamente adversa e o Internacional só não deu de oito porque não quis. O resultado final de 4 x 0 foi até pequeno. Com isso, o Flamengo continuou na lanterna. A crise era sem precedentes. Tanto que a torcida cercou o lateral esquerdo André Santos, que não se sabe por que, saiu antes da delegação, para pegar um vôo fretado. Ao entrar numa van, foi agredido por vários torcedores. A situação do técnico Ney Franco já era insustentável. Sete jogos a frente do Flamengo e nenhuma vitória. Apesar de ainda faltar 27 rodadas para o final do campeonato, o torcedor não via nenhuma perspectiva de melhora.
Na semana que antecedeu o clássico com o Botafogo, o Flamengo rescindiu o contrato de André Santos e demitiu o treinador Ney Franco. Para o seu lugar, o Flamengo contratou Vanderlei Luxemburgo, que chegou ao clube tentando resgatar o seu prestígio, abalado nos últimos anos, por trabalhos mal sucedidos e poucos títulos. Ele colocou Paulo Victor como titular, afastando Felipe, que parecia não ter mais clima no Flamengo. Falava-se na Gávea que na saída de Luxemburgo, ao brigar com Ronaldinho Gaúcho em 2011, Felipe havia realizado uma festa para comemorar a saída do treinador. O mundo dá voltas e Luxemburgo voltou à Gávea. Azar do Felipe.
Em 27 de julho, o Flamengo reabriu o Maracanã, após a realização da Copa do Mundo, jogando contra o Botafogo, que entrou em campo mostrando uma grande faixa protestando contra os vários meses de atraso nos salários. A torcida do Flamengo compareceu em grande número (para os padrões de hoje), levando ao estádio 54 mil pagantes. A torcida do Botafogo tinha uma meia dúzia de “gatos pingados”. O primeiro tempo mal começou e o Flamengo chutou uma bola ao gol com seis segundos. O time mostrou uma atitude totalmente diferente das últimas partidas, dominando o Botafogo. Aos 31 minutos, João Paulo cruzou na medida, na cabeça de Alecsandro, que fulminou Jeferson. Durante o primeiro tempo, o Botafogo não viu a cor da bola. No segundo tempo, o Flamengo recuou para tentar jogar nos contra ataques. Acontece que o Flamengo não sabe jogar em contra ataques. Se soubesse, teria matado o jogo rapidamente. Com isso, o Botafogo cresceu no jogo e o Flamengo passou sufoco. Tanto que, o goleiro Paulo Victor, que foi o titular escolhido por Vanderlei Luxemburgo (Felipe não foi nem relacionado para o jogo) realizou várias defesas. No último minuto, ele salvou gol certo do Botafogo, após uma falha bisonha do estreante zagueiro Marcelo. Com a vitória o Flamengo pulou para o 18º lugar na tabela. Ficava a expectativa da torcida, em saber se esta vitória foi por acaso, ou seria uma recuperação do time no campeonato.
Apesar dos desfalques de Leonardo Moura e Cáceres, sem contar com Chicão suspenso e Samir machucado, havia uma esperança de que o Flamengo vencesse a Chapecoense, jogando em Santa Catarina. Seria a primeira partida entre ambos na história. Mas, a esperança foi para o brejo aos 7 minutos do primeiro tempo, quando em falha geral da defesa, a Chapecoense abriu o marcador. O Flamengo somente chegou ao gol adversário aos 32 minutos. Na segunda etapa, o Flamengo teve muito mais posse de bola, mas levou pouco perigo ao gol da Chapecoense. Alecsandro ainda perdeu duas grandes chances de gol, mas não foi o suficiente para impedir que o Flamengo voltasse para a lanterna do campeonato.
Em 10 de agosto, dia dos pais, a torcida do Flamengo compareceu em massa ao Maracanã. Qual time, estando em último lugar na tabela, colocaria, em pleno dia dos pais, cinqüenta mil torcedores no Maracanã? A torcida do Flamengo teve papel importantíssimo neste jogo. Ela empurrou o time até o final. E o jogo foi muito difícil. No primeiro tempo, o Flamengo não levou perigo ao gol do Sport, enquanto Paulo Victor salvou o time de tomar pelo menos um gol. Na segunda etapa, Luxemburgo fez modificações no ataque, tirando Paulinho e Alecsandro e colocando Arthur e Eduardo da Silva, brasileiro naturalizado croata, que foi contratado pela diretoria. A marcação do Sport era implacável, mas aos 39 minutos, Leonardo Moura lançou João Paulo na ponta esquerda. Ele dominou e cruzou com perfeição na cabeça de Eduardo da Silva, que fez um belo gol. A torcida do Flamengo explodiu. Com a vitória, o Flamengo deixou a lanterna, mas ainda estava em 18º lugar, precisando de muito mais para afastar o fantasma que insistia em assombrar a torcida.
Em 17 de agosto, o Flamengo foi a Curitiba enfrentar o Coritiba, que naquele momento era o último colocado do campeonato. O time não pode contar com Cáceres e Luiz Antonio, que mais uma vez se meteu em problemas, agora com a polícia. Ele ficou no Rio para tentar resolver o problema. O Flamengo começou bem a partida, com Everton perdendo um gol, cabeceando por cima, cara a cara com o goleiro. Aos 16 minutos, ele se aproveitou da falha do zagueiro, tomou-lhe a bola, avançou e chutou forte para marcar o gol do Flamengo. Logo depois, Alecsandro perde um gol incrível, na pequena área, após o cruzamento de Everton, que era até então o melhor da partida. Mas, inexplicavelmente, o Flamengo recuou demais e passou a ser pressionado. Se pelo menos o Flamengo soubesse jogar em contra ataques, com certeza venceria com facilidade, mas o time recuou e tomou sufoco. Na segunda etapa, o Coritiba continuou o sufoco, mas de forma desordenada e com a defesa do Flamengo conseguindo neutralizar as tentativas do time paranaense. Ao final, a primeira vitória conseguida fora de casa levou o Flamengo para o 14º lugar na tabela.
Em 20 de outubro, o Flamengo jogou contra o Atlético Mineiro. A torcida do Flamengo deu um show espetacular nas arquibancadas. Aproximadamente 40 mil torcedores compareceram ao estádio e não pararam um minuto sequer de gritar e incentivar. Mesmo quando o Atlético Mineiro fez 1 x 0. O Flamengo teve maior posse de bola no primeiro tempo e perdeu chances de gol. Mas, a primeira etapa terminou com a vitória dos mineiros. Na segunda etapa, a torcida do Flamengo aumentou mais ainda o volume dos seus cantos e o time foi literalmente para dentro do Atlético. O técnico Luxemburgo coloca em campo Lucas Mugni e Eduardo da Silva. Na primeira jogada de Eduardo da Silva, ele é lançado por Leonardo Moura e é calçado na linha de fundo. Pênalti marcado por Sandro Meira Riche (aquele mesmo do pênalti e expulsão do Chicão contra o Internacional). Leonardo Moura bate o pênalti, que é quase defendido por Vitor, mas o gol acaba acontecendo. Para explosão da Nação. Logo depois, João Paulo novamente faz um cruzamento perfeito para a área (estava virando rotina). Eduardo da Silva cabeceia, Vitor espalma, a bola bate na trave, toca em seu corpo e entra. Nova explosão da torcida. O Atlético somente teve uma chance, no final da partida, com Paulo Vítor realizando excelente defesa. Ao final da partida, o Flamengo dava um salto na tabela, indo para 13º na tabela. E Luxemburgo declarando que o Flamengo era um time onde cada jogador carregava um “saco de cimento” nas costas. Maior humildade, impossível.
E foi com essa humildade franciscana que o Flamengo foi a Criciúma para tentar manter a boa fase. No primeiro tempo, o time jogou bem e mandou duas bolas na trave, uma com o zagueiro Marcelo, que estava ganhando a posição na zaga e outra com Leonardo Moura. Na segunda etapa, Vanderlei Luxemburgo colocou em campo a dupla que mudava os rumos dos jogos do Flamengo: Lucas Mugni e Eduardo da Silva. E foi numa jogada com Eduardo da Silva, que Lucas Mugni sofreu pênalti. Ele mesmo bateu e marcou 1 x 0 para o Flamengo. Logo depois, Eduardo da Silva, num lance de oportunidade, marcou o segundo gol e se firmava como artilheiro do time. Com a vitória, o Flamengo foi a 22 pontos e subiu para o 11º lugar na tabela.
Desde que Vanderlei Luxemburgo assumiu o comando técnico do Flamengo, deixou claro que o Flamengo deveria se empenhar para se afastar da zona de rebaixamento. Copa do Brasil seria um luxo, ao qual a torcida não deveria contar. Neste ano, os times que disputaram a Libertadores entrariam nas oitavas de final. O jogo contra o Coritiba foi uma “entrega” de resultado. Nada mais. Luxemburgo levou a Curitiba seis reservas e ainda fez o time jogar com três zagueiros. O resultado foi uma derrota de 3 x 0. Praticamente, o Flamengo deu a vaga para as quartas de final para o Coritiba.
Em 31 de agosto, o Flamengo foi a Salvador enfrentar o Vitória, que até aquele momento, era o lanterna do campeonato brasileiro. O Flamengo foi com força máxima e com a torcida acreditando numa grande vitória, a quinta seguida. No primeiro tempo, após Everton, o maior nome do jogo, mandar uma bola na trave e Paulinho perder um gol na cara do goleiro, Marcelo fez de cabeça, após cobrança de escanteio por Everton. O Vitória tentou reagir, mas encontrava a defesa rubro-negra atenta. Foi quando num bate rebate, a bola foi morrer no ângulo de Paulo Victor, que nada pode fazer. Na segunda etapa, o Flamengo foi melhor o tempo todo, exigindo boas defesas do goleiro do Vitória. Porém, Paulo Victor também fez uma defesa monumental, numa cabeçada a queima roupa. Aos 25 minutos, o ex-rubro-negro Juan, que foi o lateral esquerdo de vários campeonatos conquistados entre 2006 e 2009, colocou a mão na bola e o árbitro marcou pênalti. Alecsandro cobrou com categoria e fez 2 x 1. Não demorou muito e o árbitro marcou pênalti para o Vitória, numa jogada em que era impossível o zagueiro Marcelo recolher o braço e evitar o toque da bola em sua mão. O mesmo Juan cobrou e Paulo Victor fez sua quarta defesa de pênalti com a camisa do Flamengo. Até o final da partida, a defesa do Flamengo controlou o jogo e com a vitória, o time subiu para o 9º lugar na tabela, com 25 pontos. E pensar que sete rodadas antes, o Flamengo era o último colocado. O técnico Vanderlei Luxemburgo conseguia fazer a torcida acreditar em algo muito maior.
Com a boa fase do time, a torcida começou a acreditar que até na Copa do Brasil o time poderia avançar. E os 20 mil torcedores que compareceram ao Maracanã acreditaram na vitória e na conquista da vaga. Quando a escalação do Flamengo mostrou que o time iria a campo com 5 reservas, ficou no ar aquela sensação de que não era do interesse do técnico Vanderlei Luxemburgo que o time passasse para as quartas de final da Copa do Brasil. Na primeira etapa, o Coritiba mostrou em campo que somente queria jogar para empatar. Praticamente não ameaçou o Flamengo. Porém, o Flamengo também não levava perigo ao gol de Vanderlei. Durante o primeiro tempo, Luiz Antonio, que jogava na lateral direita, sofreu luxação do ombro direito e foi substituído por Leonardo Moura, Logo depois, Paulinho, que nem de longe lembrava o Paulinho do ano anterior, sofreu torção do joelho direito e foi substituído por Everton. Com mais dois titulares em campo, o Flamengo se fortaleceu. A partida ia se arrastando para o final do primeiro tempo, quando após uma bola cruzada na área, João Paulo foi derrubado por Zé Love. Pênalti marcado. Alecsandro bateu e fez 1 x 0. Durante o intervalo, a torcida não parou um minuto sequer e isto contagiou a equipe, que veio com tudo para tentar o que parecia ser impossível. O Coritiba se fechou na defesa e o Flamengo passou a atacar mais ainda. Aos 10 minutos, Everton, que a cada jogo se transformava no motor da equipe, cruzou da esquerda, a bola bateu no braço do defensor e o árbitro marcou pênalti. Alecsandro bateu e fez Flamengo 2 x 0. Gabriel cedeu lugar a Eduardo da Silva, que acabou marcando o terceiro gol, aos 35 minutos, após novo cruzamento de Everton. A torcida foi a loucura. Com o final da partida, foi necessário decidir a vaga nos pênaltis. O Coritiba bateu o primeiro e perdeu, com a bola batendo no travessão. Infelizmente, Alecsandro perdeu, com o goleiro Vanderlei defendendo. O Coritiba perdeu a segunda cobrança, com Paulo Victor realizado grande defesa. Chicão bateu e botou o Flamengo na frente. O Coritiba empatou. João Paulo praticamente atrasou a bola para Vanderlei e o sofrimento continuava. O Coritiba fez 2 x 1. Eduardo da Silva marcou e empatou. Paulo Victor fez mais uma grande defesa. Bastava Leonardo Moura marcar e a vaga estava garantida. Mas, Vanderlei pegou e jogou um balde de água fria na torcida. Estava 2 x 2. Nas cobranças alternadas, o Coritiba mandou a bola na trave e Canteros converteu, mandando o Flamengo para as quartas de final. Foi uma vitória sofrida, bem ao estilo rubro-negro.
Em 6 de setembro, a torcida do Flamengo lotou o Maracanã e deu um verdadeiro show. A partida contra o Grêmio era a última do primeiro turno. O Flamengo estreou seu novo terceiro uniforme, com uma camisa vermelha, com alguns pequenos detalhes em vermelho e tendo figuras de uma planta chamada Flamengueira, que tem folhas vermelhas e pretas. Antes da partida foi realizado um minuto de silêncio, pela morte de Esquerdinha, ponta esquerda da década de cinqüenta. O Flamengo jogou desfalcado de Wallace, Paulinho (que teve rompimento dos ligamentos do joelho esquerdo e ficaria parado até 2015), de Cáceres (servindo a seleção do Paraguai) e de Everton, que era um dos melhores do time. No primeiro tempo, o Grêmio jogou fechado na defesa, com uma forte marcação. O Flamengo tentou, mas não chegou com perigo ao gol do time gaúcho. Na segunda etapa, o Grêmio se fechou cada vez mais e o Flamengo teve um domínio do meio de campo, ficando com a posse de bola por 60%. Com a entrada de Eduardo da Silva e Gabriel houve mais qualidade no ataque, mas o Grêmio jogou todo fechado. O Flamengo chegou a perder duas grandes chances para marcar. Quando tudo levava a crer que o empate seria o resultado final, o Grêmio contra atacou e acabou marcando um gol aos 46 minutos. Foi um golpe duro e imerecido. Mesmo assim, o Flamengo ainda teve uma grande chance, com Alecsandro cabeceando por cima do gol. Final de jogo e a torcida do Flamengo continuou cantando e apoiando a equipe, num sinal de que reconheceu o esforço do time e que a derrota não fora merecida.
Em 10 de setembro, o Flamengo foi a Cuiabá, jogar contra o Goiás. O estádio, agora chamado Arena Pantanal, um dos “elefantes brancos” que ficaram como “legado” da Copa do Mundo, estava lotado com a torcida do Flamengo. Estava tudo pronto para uma grande exibição e mais uma vitória do Flamengo. Mas, infelizmente, o que se viu foi decepcionante. No primeiro tempo, parecia que os jogadores haviam comido uma feijoada e foram para o campo. Erros de passe, uma certa displicência ou sonolência marcaram a atuação da equipe. Se não fosse uma grande defesa de Paulo Victor, ou melhor, três defesas em série, na mesma jogada, o Flamengo teria tomado o gol. No segundo tempo, o Flamengo voltou melhor e em uma jogada de Everton e num chute a queima roupa de Eduardo da Silva, defendido pelo goleiro, quase o Flamengo marcou. O Goiás mostrava mais objetividade contra um Flamengo sem meio de campo. E aos 27 minutos, num contra ataque rápido, o Goiás marcou o gol da vitória. O Flamengo tentou, mais na força do que na técnica, chegar ao empate. No último minuto teve um pênalti não marcado, quando o defensor do Goiás cortou um cruzamento com a mão. Mas, ao final, a grande torcida de Cuiabá viu o Flamengo ser derrotado pela primeira vez na história em sua terra. Vanderlei Luxemburgo afirmava que o título do Flamengo neste campeonato seria não cair.
Mesmo desconfiada, a torcida do Flamengo foi ao Maracanã incentivar o Flamengo contra o Corinthians. Aproximadamente 40 mil torcedores compareceram. No primeiro tempo, o Flamengo mostrou muito mais objetividade nos ataques, enquanto o goleiro Paulo Victor nada fez. A entrada de Chicão na zaga e o meio campo com Cáceres, Canteros e Marcio Araújo deram a zaga uma proteção enorme. Apesar de ter três chances de gol, o Flamengo deixou o campo empatando com o Corinthians. No segundo tempo. O Flamengo não permitiu que o Corinthians jogasse. Somente uma vez o Corinthians teve a chance clara de marcar, mas Paulo Victor fechou o ângulo e a bola foi para fora. Everton continuou sendo a arma mais poderosa no ataque do Flamengo. Muito veloz, levava sempre perigo ao gol adversário. Aos 19 minutos, Leonardo Moura alça a bola na área. Eduardo da Silva, um pouco adiantado, mata a bola, que é chutada com violência pelo zagueiro Wallace. Gol. A torcida do Flamengo vibrou e passou a cantar mais alto ainda. Em contra ataques rápidos, o Flamengo teve a chance de fazer pelo menos três gols e ainda perdeu um pênalti, cobrado por Eduardo da Silva. Ao final da partida, o Flamengo avançava para o décimo lugar na tabela.
O Palmeiras lutava desesperadamente para não cair no ano de seu centenário. O Flamengo, sabendo disso, foi a São Paulo tentar mais uma vitória, mas sabendo que iria enfrentar um time determinado. No primeiro tempo, o que se viu foi um dos piores times da história do Palmeiras em campo, que foi derrotado até com certa facilidade por 2 x 0, gols de Canteros e Alecsandro. Se o Flamengo jogasse com mais um pouco de determinação e vontade, faria 4 x 0 fácil. No segundo tempo, o treinador Dorival Júnior colocou em campo Valdívia. E como um jogador que tem um pouco de visão de jogo e um time com uma boa dose de vontade fazem uma partida mudar de rumo. Com dois minutos, o Palmeiras fez o primeiro gol e logo depois empatou. O Flamengo somente se defendia e parece que para o segundo tempo, o time havia ficado no vestiário. Mas, ao mesmo tempo que Valdívia mostrava ser um grande jogador, mostrava também que não tinha um pingo de juízo ou inteligência. Em jogada com Amaral, ele pisa o jogador do Flamengo deitado no campo e é expulso. O Flamengo volta a tomar as rédeas do jogo e em duas jogadas, poderia ter vencido. Numa delas, Alecsandro chuta a bola na trave. O empate veio com um gosto um pouco amargo. De ter deixado dois pontos para trás. O décimo lugar continuava a ser ocupado pelo Flamengo na tabela.
Em 21 de setembro, Flamengo e Fluminense disputaram o Fla x Flu de número 400 da história. A chuva que teimou em cair neste domingo atrapalhou, mas não impediu o torcedor do Flamengo de ir ao Maracanã. A torcida do Fluminense estava bem vazia. O jogo ficou marcado pela atuação dos goleiros. Tanto Paulo Victor quanto Diego Cavalieri fizeram grandes defesas. Na primeira etapa, o Flamengo levou mais perigo ao gol tricolor. Tanto que aos 26 minutos Marcio Araújo cruza na área e Eduardo da Silva divide duas vezes com zagueiros do Fluminense para chutar e marcar o gol do Flamengo. Paulo Victor não tinha feito nenhuma grande defesa, quando aos 44 minutos Conca bate falta da intermediária. Fred dá um empurrão em Chicão, tirando-o da jogada e cabeceia livre para empatar. No segundo tempo, o Fluminense começou melhor e Paulo Victor fez uma das maiores defesas dos últimos tempos, quando defendeu um chute a queima roupa de Fred, mandando a bola para córner. Logo a seguir, Conca, que já tinha cartão amarelo, acerta um chute no peito de Everton. Todos pensaram que ele seria expulso, mas o árbitro “amarelou” e inexplicavelmente não expulsou o argentino. A partir dos 30 minutos, o Flamengo deu um sufoco e foi a vez de Diego Cavalieri aparecer com grandes defesas. Os últimos cinco minutos foram de uma pressão enorme do Flamengo, mas o gol da vitória não saiu. Fim de jogo e o empate acabou não sendo bom para ninguém. O Flamengo chegou aos 30 pontos e ficou em 11º lugar.
Jogar contra o São Paulo no Morumbi nunca foi fácil. Mas, jogar contra o São Paulo e contra a arbitragem, fica mais difícil ainda. Foi o que aconteceu em 24 de setembro. O Flamengo foi a campo com camisa vermelha, apelidada de “Flamengueira”. E logo de cara, o árbitro André Luiz Castro marcou um pênalti absurdo de Marcio Araújo em Pato. Rogério Ceni bateu e fez 1 x 0. O Flamengo não se abateu e começou a atacar o São Paulo. Aos 35 minutos, Gabriel entra na área e chuta. Rogério Ceni “bate roupa” e Everton empata a partida. O São Paulo não conseguia passar pela marcação da defesa do Flamengo e não levava muito perigo ao gol de Paulo Victor. No segundo tempo, a bola bateu na mão de Samir há 2 metros fora da área. Para espanto geral, o árbitro marcou pênalti. Rogério Ceni bateu e Paulo Victor fez grande defesa. Rapidamente ele criou o contra ataque e Everton mandou a bola por cima do gol, com o goleiro do São Paulo voltando desesperado para a sua meta. Samir sentiu novamente a coxa, que havia lhe tirado de campo por mais de um mês. Everton recebeu uma entrada criminosa de Michel Bastos, que foi expulso na hora. Everton teve que abandonar o campo com torção no tornozelo. Aos 42 minutos, Alecsandro escora de cabeça uma cobrança de escanteio e marca o que parecia ser o gol da vitória do Flamengo. Mas, aos 45 minutos, Luís Fabiano empatou o jogo e deu números finais. Além de deixar dois pontos em São Paulo, o Flamengo ficou sem Alecsandro e Cáceres, que receberam o terceiro cartão amarelo, para a próxima partida. Sem falar das contusões de Samir e Everton. Na tabela, o Flamengo ficou em décimo lugar.
Enfrentar o Bahia na Fonte Nova, com o time baiano nas últimas colocações do campeonato e querendo fugir da zona de rebaixamento é uma missão nada tranqüila. E foi assim que aconteceu. O Bahia entrou em campo com a faca nos dentes e encontrou o Flamengo meio sonolento em campo. Dominou as ações e marcou 1 x 0 com certa facilidade. O Flamengo foi aos poucos tentando tocar a bola, mas não levou muito perigo ao gol de Marcelo Lomba. Na segunda etapa, João Paulo fez pênalti e o Bahia marcou o segundo. A partir daí, o Flamengo partiu para cima do Bahia. Chegou a marcar um gol numa cabeçada de Eduardo da Silva, num cruzamento de João Paulo. Por pouco não chegou ao empate, com mais duas cabeçadas, uma de Samir e outra de Eduardo da Silva, que passaram tirando tinta da trave. Mas não deu. A derrota fez o Flamengo ficar em décimo segundo lugar, a seis pontos da zona de rebaixamento. A luz amarela foi acesa de novo.
Em 1 de outubro, o Flamengo foi a Natal enfrentar o América local pela Copa do Brasil. O mesmo América que desclassificou o Fluminense em pleno Maracanã, vencendo por 5 x 2. O técnico Vanderlei Luxemburgo voltava a declarar que a prioridade do Flamengo era não cair no Brasileiro. Mas, na hora que o time entrou em campo, apenas Chicão e Wallace não estavam em campo. O jogo foi meio amarrado, com o Flamengo marcando bem, mas sem conseguir levar perigo ao gol potiguar. Paulo Victor também foi um expectador privilegiado. Na segunda etapa, logo aos 20 segundos, Gabriel recebe passe de Alecsandro e chuta cruzado, para marcar o gol da vitória do Flamengo. O restante do jogo mostrou um América lutador e o Flamengo acomodado. A decisão da vaga para a semi final ficou para o Maracanã.
Voltando ao Brasileiro, o Flamengo enfrentou o Santos no Maracanã. Antes do jogo, Leonardo Moura foi homenageado por completar quinhentos jogos com a camisa do Flamengo. Ele recebeu das mãos do inesquecível Leandro um belo troféu. O jogo foi muito difícil. O Flamengo tentou atacar, mas não conseguia chegar ao gol do Santos com perigo. O Santos vinha somente na boa. E aos 24 minutos, numa jogada sensacional do jogador Geovanio, Robinho completou para marcar o gol do Santos. No segundo tempo, o Flamengo partiu para cima do Santos, que recuou e jogou nitidamente na retranca. A torcida jogou junto com o time até o final. A defesa do Santos foi se safando como podia e o Flamengo, muito mais na transpiração do que na inspiração, tentava chegar ao empate. Infelizmente, o Flamengo não conseguiu marcar. Com a derrota, o Flamengo se mantinha em décimo segundo lugar, a quatro pontos da zona de rebaixamento.
Vencer o Figueirense em Santa Catarina passou a ser primordial para o Flamengo. A missão de deixar a “zona da confusão”, como dizia o técnico Vanderlei Luxemburgo, ainda era a principal meta do Flamengo. E o time começou com tudo a partida. Aos 2 minutos, a bola é cortada com a mão, após cruzamento de Leonardo Moura. O árbitro assistente que fica na linha de fundo, viu o lance de frente e nada assinalou. Aos 4 minutos, João Paulo fez mais um de seus grandes cruzamentos e colocou a bola na cabeça de Eduardo da Silva, que fez Flamengo 1 x 0. A partir daí, o Flamengo continuou a dominar a partida e chegou a perder um gol feito, por intermédio do zagueiro Marcelo. Mas, aos poucos, o Flamengo foi cedendo espaço ao Figueirense. Mesmo assim, o primeiro tempo terminou com a vitória rubro-negra. Na segunda etapa, o Figueirense dominou a partida e começou a levar perigo ao gol defendido por Paulo Victor. Porém, as grandes oportunidades de marcar foram do Flamengo, que perdeu dois gols feitos. Como diz o ditado: “quem não faz, leva”. E o Flamengo levou o gol de empate. Tudo levava a crer que o Figueirense viraria o jogo. Mas, após a entrada de Nixon e Gabriel, o Flamengo voltou a tocar a bola e a perder gols feitos. O empate parecia que seria o placar final, mas aos 48 minutos, após Chicão chutar duas vezes para a defesa do goleiro, a bola sobra para Nixon cabecear e dar a vitória ao Flamengo. A vitória levou o Flamengo a subir para o décimo primeiro lugar com 34 pontos e tomar um fôlego.
Em 12 de outubro, dia das crianças, o Maracanã recebeu um grande público para ver o Flamengo, que ainda tentava sair da “zona da confusão”, contra o time sensação e líder do campeonato: o Cruzeiro. Mas, se fosse outro time, a torcida iria comparecer em massa para ver uma provável derrota? Com certeza, com outro time, o Maracanã estaria vazio. Mas, a Torcida Rubro-Negra é diferente. Ela encheu o Maracanã e como na música criada pela própria torcida, que diz: “Acima de tudo Rubro-Negro. Amor maior não tem igual. Eu juro que no pior momento, vou te apoiar até o final”, ela apoiou o time até o final. O Flamengo começou com uma defesa bem formada, mas logo no início, perdeu Wallace machucado. Entrou em seu lugar Chicão, que fez dupla com Marcelo. No meio, o trio formado por Cáceres, Canteros e Marcio Araújo, dava uma proteção muito grande a defesa. Em um ataque pela direita, Alecsandro cruzou. A bola resvalou no marcador e Dedé, na ânsia de afastar o perigo, mandou a bola na gaveta. Golaço, mas contra. O Cruzeiro passou a dar sufoco e a defesa do Flamengo teve que se virar. Marcelo Moreno perdeu um gol incrível, dando um peixinho na pequena área e mandando a bola para fora. Final de primeiro tempo e a torcida do Flamengo fazendo uma grande festa. Na segunda etapa, o Cruzeiro tentava passar pela defesa rubro-negra, que se mantinha firme. Após lançamento de Leonardo Moura, Canteros segue a trajetória da bola, que foi protegida pelo zagueiro Manoel para a saída do goleiro Fábio. Numa desatenção de ambos, Canteros rouba a bola e da linha de fundo faz o segundo gol. Explosão no Maracanã. Logo a seguir, Paulo Victor faz um lançamento para Alecsandro, na ponta direita. Ele vai a linha de fundo e cruza para Gabriel emendar de primeira e fazer o terceiro gol. A torcida do Flamengo vibrou até o final da partida, com a atuação e com a vitória, que levava o Flamengo para o décimo lugar, com 37 pontos, bem longe da “zona da confusão”.
Voltando a Copa do Brasil, o Flamengo jogou no Maracanã contra o América de Natal, que veio com 19 desfalques no time. Deu a impressão de que o Flamengo daria uma goleada histórica no adversário. A torcida rubro-negra foi em peso ao Maracanã. Mas, foi só começar o jogo, que deu para sentir que as coisas iriam acontecer de outra forma. De cara, Marcio Araújo sentiu a coxa e saiu. O Flamengo não conseguia penetrar na defesa do América que jogava com muita garra. Parecia que para o time potiguar era uma decisão de Copa do Mundo. O primeiro tempo terminou sem que o Flamengo desse um chute a gol. No segundo tempo, logo no início, Alecsandro tenta cabecear uma bola cruzada e se choca com um zagueiro adversário. Ao se levantar ficou nítido que havia um afundamento do osso frontal. Ele saiu de campo chorando, já sabendo que o ano havia acabado para ele. Alecsandro foi submetido a cirurgia no dia seguinte. O Flamengo tentava atacar, mas a defesa do América estava firme. Mas, aos 20 minutos, Gabriel marcou o gol da vitória. Paulo Victor ainda fez três grandes defesas ao final da partida. Com a vitória, o Flamengo estava classificado para as semifinais da Copa do Brasil e iria enfrentar o Atlético Mineiro.
Em 19 de outubro, o Flamengo foi a Curitiba enfrentar o Atlético Paranaense. Com um campo muito molhado pela chuva, o Flamengo começou bem a partida e logo aos oito minutos, marcou 1 x 0, quando Everton escorou um cruzamento e Eduardo da Silva tocou com o peito para o fundo das redes. O time do Atlético tentava atacar, mas a defesa do Flamengo ia segurando o jogo. Mas, após um erro de marcação do zagueiro Marcelo, o Atlético empatou. Após uma marcação absurda de impedimento de Eduardo da Silva, o Atlético foi ao ataque e o zagueiro Marcelo fez um pênalti desnecessário, aos 46 minutos. O Atlético marcou o segundo gol. No segundo tempo, o Flamengo partiu para cima, mas não conseguiu chutar em gol. Ainda mais que o campo estava molhado. O técnico Vanderlei Luxemburgo fez três substituições numa tacada só e o Flamengo ganhou em velocidade, mas não conseguiu marcar o gol do empate. Ainda mais com a atuação péssima dos bandeirinhas, que marcavam impedimento a toda hora, sendo que em três oportunidades, o Flamengo foi muito prejudicado. Mais uma vez, a pressão da Arena da Baixada funcionou.
Em 22 de outubro, o Flamengo enfrentou o Internacional no Maracanã. Apesar de ser numa quarta feira, às 19:30 h, o Maracanã recebeu um bom público. O Internacional estava no grupo de cima da tabela e a princípio era favorito. O Flamengo levou o primeiro susto, quando Nilmar entrou cara a cara com Paulo Victor, obrigando o goleiro rubro-negro a operar seu primeiro milagre. O primeiro tempo foi morno, com os dois times não levando muito perigo às defesas. No segundo tempo, o técnico Vanderlei Luxemburgo tirou Everton e Eduardo da Silva, colocando em seus lugares Elton e Nixon. A torcida não entendeu bem as substituições, mas foram elas que levaram o Flamengo à vitória. O goleiro do Internacional já havia feito duas grandes defesas, quando Elton lançou Nixon pela esquerda. Ele fez um cruzamento de “três dedos” para Gabriel, que do segundo pau estufou as redes coloradas. A partir daí, o Internacional colocou quatro atacantes e partiu para cima do Flamengo. Foi a vez de Paulo Victor fazer seus milagres. O Flamengo suportou grande pressão, mas tudo levava a crer que no primeiro contra ataque o Flamengo faria o segundo gol. Foi o que aconteceu já no final do jogo, quando Leonardo Moura chutou, a bola foi rebatida e Gabriel veio na corrida, mandando uma bomba no cantinho do goleiro. A vitória de 2 x 0 levou o Flamengo para os 40 pontos, tirando-o da situação desconfortável, faltando muito pouco para se garantir definitivamente na elite do futebol brasileiro.
Podemos definir o jogo contra o Botafogo como um ato de caridade. O Botafogo vivia um drama, na zona de rebaixamento, praticamente rebaixado, vivendo uma crise interna sem precedentes, devendo salários, enfim, vivendo um inferno. A vitória para o Botafogo era uma razão de sobrevivência. E para dar uma mãozinha, o técnico Vanderlei Luxemburgo levou a Manaus um time praticamente reserva, com apenas 3 titulares, para preservar os titulares para o jogo da semi final da Copa do Brasil. E por que o Botafogo, mandante do jogo, o levou para Manaus? Porque a renda seria confiscada pela justiça se a partida fosse no Maracanã. E com o time reserva o Flamengo não jogou nada no primeiro tempo, vencido pelo Botafogo por 1 x 0. No segundo tempo, Vanderlei colocou em campo Eduardo da Silva, mais um titular e Elton. O Flamengo dominou a partida, mas numa falha de Marcelo, tomou o segundo gol. O Flamengo continuou em cima e fez um gol, após jogada de Anderson Pico, que chutou na trave e Eduardo da Silva marcou. Aos 49 minutos, Elton quase empatou, com o goleiro Jeferson fazendo um milagre. A situação do Botafogo, ainda era muito difícil, mas que recebeu um presentão do Flamengo, ninguém tinha dúvidas.
Em 29 de outubro, o Flamengo iniciou a disputa da semifinal da Copa do Brasil. O adversário foi o Atlético Mineiro. A outra semifinal foi disputada por Cruzeiro e Santos. A imprensa já foi logo dizendo que dos quatro, o Flamengo era o mais fraco. A torcida, como de costume, encheu o Maracanã. Vanderlei Luxemburgo mandou a campo o que tinha de melhor, já que vários titulares haviam ficado no Rio de Janeiro, para serem poupados. Com uma defesa bem postada, o Flamengo não deixou o Atlético chegar perto do gol de Paulo Victor. Logo no primeiro minuto, Eduardo da Silva obrigou o goleiro Vítor a fazer grande defesa. Durante o primeiro tempo, o Flamengo ainda teve mais duas grandes chances para marcar. Assim foi o primeiro tempo. Na segunda etapa, Luxemburgo tira Eduardo da Silva e perde Everton contundido, com dor no músculo posterior da coxa direita. Foi quando Gabriel, começou a decidir a partida. De uma falta sofrida por ele junto a linha lateral da área, pela esquerda, surgiu o primeiro gol. João Paulo cobrou a falta, a bola se chocou no travessão e foi parar na ponta direita. Gabriel cruzou e Cáceres cabeceou, marcando 1 x 0. A partir daí, o Galo foi para cima e deu pressão. Paulo Victor chegou a fazer duas defesas seguidas que salvaram o time. Aos 33 minutos, Gabriel arranca pela esquerda, quase é derrubado, mas consegue ficar de pé. Ele avança e chama a marcação de três jogadores. Ele passa por dois, mas é derrubado dentro da área. Pênalti marcado. Chicão bate e marca o segundo gol. A torcida do Flamengo vai ao delírio. O Atlético não conseguiu passar pela sólida defesa rubro-negra. Amaral ainda quase marcou o terceiro no finalzinho do jogo. Com a vitória, o Flamengo levaria para Belo Horizonte uma boa vantagem. Mas, nada estava ganho ainda.
Voltando ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo jogou contra a Chapecoense, tentando alcançar os pontos para sair da tal “zona da confusão”. O time jogou desfalcado de Everton e Cáceres. O time entrou em campo todo de vermelho, com a camisa “Flamengueira”. Mas, bem que poderia usar o calção preto. Ficaria mais “Flamengo”. O jogo começou muito quente, com o Flamengo perdendo duas grandes chances de marcar, mas com Paulo Victor fazendo também uma grande defesa. Aos 22 minutos, Marcio Araújo cruzou da esquerda e a bola foi interceptada com o braço. Pênalti muito bem marcado. Leonardo Moura se preparou para bater. Ele correu, chutou e o goleiro defendeu. Além de perder o pênalti, ele se contundiu, sentindo uma fisgada na coxa direita. Ele foi substituído por Léo. Logo a seguir, Gabriel sente uma fisgada na coxa e também é substituído. Entra Eduardo da Silva. O primeiro tempo terminou com a sensação de que o jogo ficara difícil. Mas, na segunda etapa, o time partiu para cima e num chute sensacional de fora da área, Anderson Pico fez um golaço. Ele já começava a cair no gosto da galera. Logo depois, Anderson Pico vai à linha de fundo e cruza na cabeça de Nixon, que marca o segundo gol. Logo depois, Nixon escora um cruzamento da direita e fecha o placar. Luiz Antonio ainda saiu com luxação no ombro. A tal “zona da confusão” praticamente ficara para trás, mas o Flamengo ficou com sérios desfalques para a partida decisiva contra o Atlético Mineiro.
Em 5 de novembro, o Flamengo foi ao Mineirão enfrentar o Atlético pela semifinal da Copa do Brasil. Everton conseguiu se recuperar, mas Gabriel e Leonardo Moura não. O Mineirão recebeu grande público, com a torcida do Atlético cantando a toda hora “ eu acredito”, numa forma de tentar levar o time à vitória, que até então parecia muito difícil, Antes de enfrentar o Flamengo o Atlético havia conseguido reverter uma derrota para o Corinthians por 2 x 0 em uma vitória por 4 x 1. A partida começou com o Atlético com mais posse de bola, mas com o Flamengo levando perigo em alguns contra ataques. E foi num deles, que Everton ganhou a jogada de três atleticanos, entrou pela esquerda e chutou cruzado, marcando 1 x 0 para o Flamengo. A vantagem que já era grande ficou enorme. Mas o Atlético conseguiu chegar ao empate no final do primeiro tempo. Porém, a vantagem do Flamengo era maior do que no início do jogo, quando poderia perder por um gol. Agora, o Atlético precisaria de três gols. O segundo tempo começou com o Atlético vindo para cima e o Flamengo, que poderia armar o bote num contra ataque e matar o jogo, ficou completamente recuado, dando chutões. Assim, o Atlético marcou o segundo gol, numa saída errada de Eduardo da Silva. Logo a seguir, Vanderlei Luxemburgo comete seu primeiro grande erro. Ele tira Eduardo da Silva e coloca em campo um ineficiente Luiz Antonio, que ultimamente não vinha jogando nada, talvez sem cabeça para o futebol, depois de fazer tanta besteira fora de campo. O time ficou sem contra ataque de vez, quando ele tira de campo Everton e coloca em campo Mattheus, filho de Bebeto, que até então não havia mostrado futebol para jogar no Flamengo. A partir daí o Atlético sufocou o Flamengo e faltando dez minutos para acabar a partida, o Atlético fez 3 x 1. A vantagem já havia ido para o espaço. Caberia ao Flamengo se defender com unhas e dentes. Mas, aos quarenta minutos, o Flamengo sofreu o golpe de misericórdia. Com a classificação para as finais perdida, o Flamengo foi ao ataque. E o que aconteceu? O Flamengo perdeu duas chances claras de gol, num chute de Canteros, que Vítor fez um milagre e com Cáceres, que perdeu o gol na pequena área, provando que bastaria atacar, que o resultado seria outro. Dizem no futebol que “o medo de perder, tira a vontade de ganhar”. E foi exatamente isso que aconteceu com o Flamengo.
Voltando ao Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi a Recife enfrentar o Sport, jogando pela primeira vez na Arena Pernambuco. Desfalcado de Leonardo Moura, Gabriel e Eduardo da Silva, o time começou bem a partida e fez, até com certa facilidade, 2 x 0, gols de Marcio Araújo e Nixon. Mas, logo após perder Nixon machucado, o técnico Vanderlei Luxemburgo cometeu um grande erro, colocando em seu lugar Muralha. Com isso, o Flamengo foi todo para a defesa e o time do Sport partiu para cima. Porém, o Sport esbarrava em usas deficiências e não conseguia levar perigo ao gol de Paulo Victor. Na segunda etapa, o Flamengo não fez absolutamente nada, a não ser tocar a bola como num coletivo e de forma completamente desinteressada, entrou na onda da torcida que começou a gritar olé. Tudo levava a crer que o Flamengo conseguiria vencer, apesar de todo o desânimo que o time demonstrou. Mas, o castigo não deixou de chegar. Aos 42 minutos, o Sport fez um gol de falta e aos 46 minutos, em total impedimento, o Sport empatou. Foi um desrespeito, principalmente, com o torcedor e também com o clube. A torcida do Flamengo ficou bem chateada.
Em 15 de novembro, o Flamengo realizou uma grande festa na Gávea, para a comemoração dos 119 anos de fundação do clube. O ponto alto da festa foi a inauguração do primeiro museu do Flamengo. Ainda não do tamanho que o Flamengo merece, mas com um espaço que mostrava muitas glórias do Rubro-Negro. No dia seguinte, o Flamengo enfrentou o Coritiba no Maracanã. A torcida foi em bom número e viu logo aos 17 minutos, Lucas Mugni marcar 1 x 0. No segundo tempo, após uma grande jogada de Gabriel pela direita, Everton completa para as redes. Não demorou muito e Everton foi derrubado na área. Pênalti marcado por Leandro Pedro Vuaden. Pena que Chicão telegrafou o chute e a bola foi defendida. Logo a seguir veio o castigo. O Coritiba marcou. O time paranaense, muito próximo da zona de rebaixamento, começou a pressionar e a torcida do Flamengo com aquela impressão de que já havia visto o filme. Mas, para desafogar o time e a torcida, Nixon recebe passe em profundidade e desloca o goleiro para fazer o terceiro gol. Mas quem achou que já estava tudo resolvido se enganou. O Coritiba marcou o segundo gol e até o final do jogo o sufoco foi grande. Apesar de tudo, o Flamengo conquistou a vitória e com 47 pontos, estava totalmente livre da “zona da confusão”.
Em 19 de novembro, o Flamengo foi a Belo Horizonte enfrentar o Atlético Mineiro. Porém, somente os jogadores estavam em campo. O espírito e a vontade deles ficaram no Rio de Janeiro, de férias. O torcedor do Flamengo tem em si aquela vontade inesgotável de vencer. Mas, infelizmente, os jogadores, profissionais, apenas, não têm dentro de si este espírito. Entraram em campo para uma mera formalidade. Tá certo que o time não grande coisa, mas, falta de vontade é outra coisa. Resultado: derrota de 4 x 0. Não precisa dizer mais nada.
Em 23 de novembro, o Flamengo foi a São Luiz, capital do Maranhão, para enfrentar o Criciúma. Mais uma vez o Flamengo jogou como num amistoso sem graça. Fez 1 x 0, gol de Elton, o que já era de se espantar. Mas, no segundo tempo, o Flamengo sofreu o empate e somente não perdeu o jogo, por que Paulo Victor fez pelo menos quatro defesas milagrosas. Era fim de festa.
Em 29 de novembro, o Flamengo foi a Manaus jogar contra o Vitória, desesperado, na zona de rebaixamento. O Flamengo jogou como num treino e venceu por 4 x 0. Pelo menos, desta vez, o time jogou para vencer. O ano estava acabando.
Para a última partida do ano, o técnico Vanderlei Luxemburgo manda a campo um time de reservas para enfrentar o Grêmio em Porto Alegre. O time até que jogou bem e terminou o primeiro tempo vencendo por 1 x 0, gol de Luiz Antonio. Mas, aos 16 minutos, um lançamento é feito nas costas do zagueiro Marcelo, o atacante gremista Barcos, leva a bola com a mão e depois é derrubado fora da área pelo goleiro Cesar, que foi expulso. Em seu lugar entrou o jovem Daniel de 18 anos. E na cobrança de falta o Grêmio empata o jogo. Se o árbitro da partida marcasse o toque de mão de Barcos nada disso teria acontecido. O Flamengo manteve uma boa marcação e conseguiu levar o jogo até o final com o empate.
Final de temporada. Temporada nada fácil. Vencemos o Estadual, fomos desclassificados na Libertadores na primeira fase, e lutamos muito para sair da tal “zona da confusão”. Ficava a esperança de um ano de 2015 muito melhor.
No Futebol Amador, o Flamengo conquistou o Torneio Octávio Pinto Guimarães Júnior, a Copa Amizade Brasil-Japão Infantil (Sub 15) e a Copa Rede Ball Mirim (Sub 14).
No Basquete, o Flamengo simplesmente conquistou tudo. Inicialmente, o Flamengo conquistou o título da NBB pela segunda vez consecutiva, se tornando Tetra Campeão Brasileiro, sendo três vezes pelo NBB. A seguir, o Flamengo conquistou de forma invicta o Campeonato da Liga das Américas. A decisão ocorreu em 22 de março, no Maracanãzinho, com a torcida do Flamengo empurrando o time para uma grande vitória sobre o Pinheiros por 85 x 78. Foi a primeira vez que dois clubes brasileiros decidiram este campeonato, o mais importante da América do Sul e classificatório para o Mundial. Marcelinho Machado cada vez mais escrevia seu nome na história do Flamengo, sendo um dos mais importantes da historia do clube. Marcelinho está para o Basquete como Zico está para o futebol rubro-negro. A campanha foi a seguinte:123 x 90 Capitanes de Arecibo (Porto Rico), 109 x 105 Mavort (Equador), 116 x 78 Leones de Quilpne (Chile), 88 x 72 Cocodrilos Caracas (Venezuela), 101 x 81 Uberlândia (Brasil), 78 x 58 Helcones Xalapa (México), 113 x 81 Aguada (Uruguai) e 85 x 78 Pinheiros (Brasil). Finalmente, o Flamengo conquistou o título de Campeão Mundial de Clubes, ao derrotar o Maccabi Tel Aviv de Israel por 90 x 77, jogando no HSBC Arena, em 28 de setembro. Assim como no futebol, o Flamengo também conquistou o mundo no basquete. No Brasil, apenas o Sírio de São Paulo havia conquistado este título em 1979. O time do Flamengo contou com Marcelinho, Walter Herrmann, Laprovitolla, Marquinhos, Jerome Meyinsse, Danielzinho, Vitor Benite, Chupeta, Olivinha, Gegê, Cristiano Felício e Derrick Caracter, comandados pelo técnico José Neto. Realmente, o time de Basquete do Flamengo era de grande orgulho para a Nação Rubro-Negra. Para terminar, o Flamengo conquistou o Deca Campeonato Estadual, igualando o feito do time de Algodão e Cia, na década de cinqüenta. Simplesmente fantástico. Nas categorias de base, o Flamengo conquistou o Circuito Estadual Pré Mirim Masculino, o Campeonato Estadual Mirim masculino e o Torneio Aberto Pré Mirim Masculino. Com todas as conquistas, o Flamengo conquistou o Troféu Eficiência.
No Futebol Society o Flamengo conquistou a Copa Interclubes Masculino. a Copa Rio Masculino e o Bicampeonato Estadual Masculino..
No Futevôlei o Flamengo conquistou o Campeonato Mundial 3 x 3.
No Futebol de Salão o Flamengo conquistou o Torneio Adidas Samba Tour Júnior Masculino e a Copa Minas Internacional Infantil Masculino.
Na Natação o Flamengo conquistou o Torneio Ruy Essucy Petiz de Inverno e de Verão, o Campeonato Estadual Júnior de Verão e de Inverno, o Campeonato Estadual Júnior de Verão, o Campeonato Estadual Mirim de Verão e o Campeonato Estadual Petiz de Inverno e de Verão.
No Pólo Aquático, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Júnior Feminino, a Taça Brasil Infantil Masculino, o Campeonato Estadual Júnior Masculino, a Copa do Brasil Júnior Feminino e a Copa do Brasil Juvenil Masculino.
No Nado Sincronizado o Flamengo conquistou o Campeonato Estadual Absoluto.
Na Ginástica Olímpica o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Feminino, o Campeonato Estadual Feminino, o Campeonato Estadual Pré Mirim com Maria Moreno, o Campeonato Estadual Mirim com Maria Nascimento e o Campeonato Estadual Pré Infantil B com Marcela Morales.
No Judô o Flamengo conquistou o Circuito Estadual Máster.
No Vôlei, o Flamengo conquistou o Campeonato Estadual Adulto Masculino, o Campeonato Brasileiro Máster Feminino (+50) e o Campeonato Estadual Juvenil Masculino e Feminino.
-2015:
Presidente: Eduardo Bandeira de Melo
Títulos:
Futebol: Torneio Super Series (AM)
Troféu Super Clássicos (RJ)
Troféu Fla x Flu Clássico dos Clássicos (RJ)
Taça Guanabara Júnior
Taça Rio Júnior
Campeonato Estadual Júnior
Copa Brasil Infantil (Copa Votorantim)(Sub 15)
Copa Leão da Serra Infantil (Sub 15)
Torneio Guilherme Embry Infanto Juvenil (Sub 16)
Campeonato Metropolitano Mirim (Taça Bradesco)
Campeonato Estadual Feminino
Futebol de Salão: Campeonato Metropolitano Infantil
Campeonato Estadual Infantil
Futebol Society: Campeonao Brasileiro (1ª Super Liga de Fut 7)
Futebol de Mesa: Campeonato Brasileiro Categoria “Dadinho”
Campeonato Estadual Categoria “Dadinho”
Futevôlei: Copa E. C. Pinheiro Masculino
Copa São Paulo Masculino
Torneio Duelo de Titãs Masculino
Remo: Campeonato Brasileiro de Barcos Curtos
Campeonato Estadual de Aspirantes
Campeonato Estadual Júnior B
Campeonato Estadual Infantil
Basquete: Campeonato Brasileiro Adulto Masculino (NBB)
Campeonato Estadual Adulto Masculino
Campeonato Estadual Juvenil Masculino
Campeonato Estadual Infanto Juvenil Masculino
Campeonato Estadual Mirim Masculino
Festival Basqueteduca Masculino Pré Mirim (sub 12)
Torneio Aberto Masculino Pré Mirim
Troféu Eficiência
Natação: Torneio Ruy Essucy Petiz de Inverno
Torneio Ruy Essucy Petiz de Verão
Torneio de Natação Petiz
Campeonato Estadual Júnior de Inverno
Campeonato Estadual Petiz de Inverno
Campeonato Estadual Petiz de Verão
Troféu Denir de Freitas Ribeiro Petiz
Troféu Roberto de Carvalho Pável Petiz
Pólo Aquático: Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino (sub 19)
Copa do Brasil Masculino Adulto
Campeonato Brasileiro Feminino Adulto
Campeonato Estadual Júnior Masculino
Nado Sincronizado: Campeonato Brasileiro Infantil Principiantes
Campeonato Brasileiro Senior Nivel A
Campeonato Estadual
Ginástica Olímpica: Campeonato Brasileiro Pré Infantil Feminino B
Judô: Campeonato Estadual Máster
Vôlei: Torneio Início Juvenil Masculino
Torneio Início Infanto Juvenil Masculino
Copa Cidade Maravilhosa Infantil Masculino
Campeonao Brasileiro Máster Feminino (+50)
Campeonato Estadual Juvenil Masculino
Campeonato Estadual Infantil Masculino
O ano de 2015 começa com uma boa perspectiva. A diretoria, antes tão criticada, começa a receber elogios por estar realizando um trabalho de recuperação financeira e do próprio nome do Flamengo. Tanto que, já começava a preocupar adversários, que viam a possibilidade do Flamengo em pouco tempo ser o único clube brasileiro a gozar de saúde financeira, já que vários grandes clubes se afundavam cada vez mais em dívidas.
A diretoria contratou Rodrigo Caetano para ser o gerente de futebol e o time foi reforçado com os seguintes jogadores: o lateral direito Pará e o zagueiro Bressan, vindos do Grêmio, que tinha uma dívida antiga com o Flamengo, desde que Rodrigo Mendes foi para o clube gaúcho no início dos anos 2000. Também vieram o meio campo Arthur Maia do América de Natal, o lateral Thallyson do ASA de Alagoas, o volante Jonas do Sampaio Correia e o meia atacante Marcelo Cirino do Atlético Paranaense. Vários jogadores foram dispensados, entre eles Mattheus, Muralha, Digão, Elton, Igor Sartori e Negueba, sendo alguns emprestados para ganhar experiência. O goleiro Felipe teve o contrato rescindido.
No final do ano de 2014, o lateral Leonardo Moura quase foi embora do Flamengo, por não conseguir renovar seu contrato. Acabou renovando até o final do Campeonato Estadual. Outra situação de destaque foi o interesse do Flamengo por Conca do Fluminense. O tricolor, que terminara o vínculo com a Unimed, começou a ter problemas com a saída de vários jogadores e a extrema dificuldade de pagar os “medalhões” mantidos pela Unimed. Ao final, Conca acabou não vindo.
O Flamengo fez sua pré temporada na cidade paulista de Atibaia. Luxemburgo começava a dar uma nova cara ao time, principalmente com a presença dos novos contratados. Em 18 de janeiro, o Flamengo enfrentou o Shakhtar Donetsk da Ucrânia, que veio ao Brasil disputar alguns jogos. O time da Ucrânia estava no meio da temporada européia, mas o Flamengo estava retornando das férias. Com isso, o goleiro Paulo Victor acabou se tornando o grande nome do primeiro tempo, fazendo cinco grandes defesas. O Flamengo teve suas chances e chegou a marcar um gol, mas foi anulado de forma duvidosa. No segundo tempo, os times colocaram em campo seus reservas. O goleiro Cesar também fez grandes defesas, com o Flamengo levando perigo em alguns lances. Com o final do amistoso, o resultado de 0 x 0 acabou sendo satisfatório.
A seguir, O Flamengo vai a Manaus, para disputar o Torneio Super Series, juntamente com Vasco da Gama e São Paulo. Em 21 de janeiro, Flamengo e Vasco da Gama se enfrentaram na Arena Amazônia. O Vasco retornava da segunda divisão do Campeonato Brasileiro e tinha um time formado há praticamente duas semanas. O Flamengo era favorito. No início o jogo, o Flamengo se portou melhor em campo, mas o time do Vasco tentava equilibrar o jogo mais na vontade do que na técnica. Tanto que, a maior oportunidade de gol no primeiro tempo foi do Vasco, que obrigou Paulo Victor a realizar um verdadeiro milagre, num chute a queima roupa. No segundo tempo, o jogo continuava equilibrado, até que numa falha do zagueiro Sandro Silva, Everton fez o gol da vitória. Tudo levava a crer que o Flamengo venceria de forma fácil, mas não foi o que aconteceu. Era início de temporada, mas o time precisava melhorar.
O Vasco perdeu para o São Paulo por 2 x 1 e assim, o Flamengo iria decidir o torneio com o São Paulo. E, em 25 de janeiro, Flamengo e São Paulo entraram em campo para decidir o primeiro título do ano. No primeiro tempo, o São Paulo começou com maior posse de bola, mas com o passar do tempo, o Flamengo equilibrou as ações e começou a levar perigo ao gol do “interminável” Rogério Ceni. Arthur Maia e Marcelo Cirino perderam dois gols mais do que feitos. Com isso, o primeiro tempo terminou 0 x 0. No segundo tempo, o Flamengo continuou a dominar as ações, mas não conseguia transformar em gols as chances que criava. O São Paulo somente esporadicamente levava perigo ao gol de Paulo Victor, que acabou não fazendo nenhuma grande defesa. Aos 36 minutos, Luiz Antonio cruzou na medida para Samir escorar de primeira e mandar a bola no ângulo. Um belo gol. Com a vantagem, o Flamengo ficou mais recuado e perdeu pelo menos mais duas grandes chances para marcar em contra ataques. Ao final da partida, o Flamengo conquistava seu primeiro título no ano.
Antes do início do Campeonato Estadual, houve um grande problema envolvendo Flamengo, Fluminense, Consórcio Maracanã e FERJ. Com a volta de Eurico Miranda, eleito pelos vascaínos como presidente, a velha forma arcaica de administração do futebol retornava. Ninguém se esquece da dupla maldita do futebol carioca: Eurico Miranda e Caixa D’Água. Agora, Eurico começa uma aproximação com o presidente da Federação, Rubens Lopes, e tenta reativar a dupla madita. Como Eurico não escondeu de ninguém que a sua função é sempre tentar prejudicar o Flamengo, ele cria uma tabela de preços de ingressos, com os preços muito baixos, o que prejudicou Flamengo e Fluminense, que tinham um contrato com o consórcio Maracanã. E também atrapalhava o programa de Sócio Torcedor do Flamengo. Flamengo e Fluminense batem de frente com a Federação e o campeonato iria se iniciar em clima de guerra.
O Flamengo começa jogando em Macaé, contra o time da casa, que havia conquistado o Campeonato Brasileiro da série C em 2014. Antes da partida, marginais travestidos de torcedores do Flamengo invadiram o vestiário do Macaé e agrediram o goleiro Ricardo Berna. Lamentável que estes marginais venham a manchar o nome do clube. O jogo esteve favorável ao Flamengo, mas o time não conseguia transformar as chances em gol. E aos 40 minutos do primeiro tempo, veio o castigo. Num contra a taque, o Macaé marcou seu gol. No segundo tempo, Luxemburgo tira um ineficiente Nixon, coloca Alecsandro em seu lugar e coloca Marcelo Cirino em sua verdadeira posição. O time melhora e empata com um gol de cabeça de Alecsandro. O Flamengo chegou a marcar o gol de desempate, mas infelizmente mal anulado pelo árbitro. Aos 30 minutos, ocorre um choque de cabeça do goleiro Paulo Vitor com o atacante Aloísio. Os dois sangraram e Paulo Vitor levou a pior, precisando sair de campo. Como as três substituições já haviam sido feitas, o jogador Alecsandro foi para o gol e conseguiu manter o placar. Não foi o começo que a torcida queria, mas devido às circunstâncias do jogo, não foi um mal resultado.
Depois de muita briga com a Federação, eis que os preços dos ingressos voltam a ser controlados pelos clubes em jogos no Maracanã. Provavelmente, o presidente Rubens Lopes deve ter levado um “Pezão”(apelido do governador do Estado do Rio de Janeiro) para mudar seu discurso cheio de empáfia. Com isso, o Maracanã volta a receber o Flamengo e sua torcida para o jogo contra o Barra Mansa, que jogava pela primeira vez na elite do futebol carioca. O jogo foi um treino de luxo e o Flamengo não precisou se esforçar para vencer por 4 x 0, gols de Arthur Maia, Canteros, numa cobrança de falta com muita categoria, e dois de Marcelo Cirino, que finalmente desencantava. O goleiro Paulo Victor não jogou, ainda se recuperando dos nove pontos na cabeça, depois da contusão no jogo anterior. Cesar apareceu bem com duas grande defesas. De goleiro, o Flamengo estava muito bem servido.
Em 7 de fevereiro, o Flamengo foi a Volta Redonda enfrentar o Resende. Jogo muito difícil. Somente decidido no segundo tempo. No primeiro tempo, a teimosia do técnico Vanderlei Luxemburgo em manter Marcelo Cirino no comando de ataque e deixando Alecsandro no banco, deixou o Flamengo fraco no ataque e sem produzir nada. No segundo tempo, com a entrada de Alecsandro e com Marcelo Cirino deslocado para a esquerda, o Flamengo passou a levar perigo ao gol do Resende. E foi num passe de Marcelo Cirino para Anderson Pico, que saiu um chute no canto esquerdo do goleiro, marcando 1 x 0. Logo depois, Marcelo Cirino entrou na área pela esquerda e foi derrubado. Pênalti marcado e convertido por Alecsandro. Quando tudo parecia sob controle, Anderson Pico foi rebater uma bola na área e fez um gol contra. O Resende se encheu de moral e partiu para cima, mas o Flamengo conseguiu controlar a partida, chegando à vitória.
Em 11 de fevereiro, o Flamengo voltou ao Maracanã, para enfrentar a Cabofriense. Gabriel voltou ao time titular depois de se recuperar de contusão. No primeiro tempo, o jogo foi equilibrado, com a Cabofriense recuada e o Flamengo com dificuldades para chegar ao gol. Mesmo com toda dificuldade, o Flamengo marcou, após jogada em que Pará foi ao fundo e cruzou na cabeça de Marcelo Cirino. O goleiro tentou salvar, mas a bola já havia passado da linha. No segundo tempo, logo aos 3 minutos, a Cabofriense empatou, o que levou a torcida do Flamengo a temer pelo pior. Mas, contrariando as expectativas, o time se acertou e marcou mais três gols em 17 minutos, com Everton, Samir e Eduardo da Silva, que entrara no segundo tempo. Ele também voltava após se recuperar de contusão. Para fechar o placar, Alecsandro fez o quinto gol. Vitória fácil e o time ia se acertando.
O carnaval havia acabado e o Flamengo retornou ao Maracanã para enfrentar o Boavista. No primeiro tempo, o placar não foi alterado. O Flamengo até criou chances, mas não soube aproveitá-las. No segundo tempo, Marcelo Cirino acabou desequilibrando. Primeiro na arrancada que culminou com o primeiro gol. Posteriormente, com o passe para Everton marcar o segundo gol. Foi um jogo morno, mas com a vitória, o Flamengo assumiu a liderança da Taça Guanabara.
O jogo contra o Madureira foi duríssimo. Disputado em Volta Redonda e sob sol forte, o Flamengo encontrou uma dificuldade imensa para furar a defesa do tricolor suburbano. Começou perdendo duas grandes chances de gol, uma com Marcio Araújo e outra com Everton, chutando na trave. O Madureira se defendia bem e pouco chegava ao ataque, mas numa bola que sobrou na frente da área, um chute forte foi bater na trave e estufar as redes do Flamengo. No segundo tempo, o Madureira se portou todo na defesa e o Flamengo não conseguia levar perigo ao gol adversário. Somente aos 31 minutos, após cobrança de córner, Cáceres cabeceou e Bressan, que havia substituído Wallace que havia levado o terceiro cartão amarelo, chutou. A bola foi retirada por um tapa do goleiro, ficando dúvidas se havia entrado inteira. O juiz confirmou o gol. Mas a virada não aconteceu. O Flamengo não conseguiu vencer a defesa do Madureira. Ao final, um empate que tirou o Flamengo da liderança.
Em 25 de fevereiro, o Flamengo foi a Pelotas, no Rio Grande do Sul, para estrear na Copa do Brasil. Enfrentou o Brasil local. A cidade só falava da vitória do Brasil por 2 x 0 em 1985, que ajudou a tirar o Flamengo das finais do Brasileiro daquele ano. Só que na hora da bola rolar, o Brasil demonstrou muita vontade, mas pouca categoria. O Flamengo foi levando o jogo em ritmo lento, cadenciando. Alecsandro fez 1 x 0 aproveitando uma bola mal atrasada para o goleiro e foi só no primeiro tempo. No segundo tempo, Pará fez um gol num chute de fora da área, contando com um golpe de vista errado do goleiro. Quando tudo levava a crer que não haveria o jogo de volta, o Flamengo tomou um gol nos acréscimos, numa falta mal marcada, pois Pará não fez falta no lance. E assim, o Brasil conquistou o direito de ir ao Maracanã.
Primeiro de março. Rio de Janeiro completando 450 anos de fundação. Domingo de sol. Maracanã com cinqüenta mil torcedores. Leonardo Moura realizando seu último jogo oficial pelo Flamengo. Tudo perfeito para uma grande vitória do Flamengo sobre o Botafogo. Mas, faltou combinar com o Botafogo. No primeiro tempo, o Flamengo dominou a partida, mas não conseguiu marcar. No segundo tempo, o Botafogo cresceu, chutou duas bolas no travessão e acabou vencendo com um chute de fora da área, com Paulo Victor fazendo golpe de vista, a bola batendo na trave, batendo em Paulo Victor e entrando. Com a derrota, o Flamengo ficou de fora do chamado G4. O fato marcante deste jogo foi a estréia do novo terceiro uniforme do Flamengo. Assim como em 1995, o Flamengo ressuscita a camisa Papagaio de Vintém. Como a fama da camisa já não é das melhores, começar com uma derrota somente aumentava a desconfiança dos supersticiosos.
Esquecendo um pouso o Campeonato Estadual, o Flamengo realizou um amistoso contra o Nacional do Uruguai. Este jogo realizado em 4 de março, serviu para a despedida de Leonardo Moura. Após 519 jogos e dez anos envergando o manto sagrado, Léo Moura dizia adeus ao Flamengo, indo jogar nos Estados Unidos. Numa partida onde o Nacional mandou a campo um time reserva e o Flamengo colocou em campo 24 jogadores, a vitória de 2 x 0 foi apenas um detalhe. Os gols foram marcados por Eduardo da Silva e pelo desconhecido Matheus Sávio, que nunca havia jogado no time profissional. Ao final da partida, Leonardo Moura deu uma volta no campo, recebendo os aplausos dos 30 mil torcedores presentes no Maracanã. Valeu Léo.
Em 7 de março, o Flamengo enfrentou o Friburguense no Engenhão, que os botafoguenses rebatizaram de estádio Nilton Santos. O jogo deveria ser no Maracanã, mas o Flamengo perdera um mando de campo, devido ao ocorrido em Macaé, na primeira rodada. O time começou jogando no ataque, mas a primeira chance foi do time da serra, que mandou uma bola no travessão de Paulo Victor. Mas, aos 7 minutos, a bola foi cruzada e Marcelo Cirino chutou de primeira no segundo pau, marcando um belo gol. A seguir, Gabriel toca para Marcelo Cirino marcar o segundo gol. A partir daí, o jogo foi se arrastando. No segundo tempo, o técnico Vanderlei Luxemburgo tira Marcelo Cirino e Gabriel, o queixou o time mais lento. A torcida do Flamengo, ao final do jogo, chegou a duas conclusões: Ninguém agüentava mais Lucas Mugni e o zagueiro Bressan iria levar muita preocupação à torcida Mesmo assim, o Flamengo conseguiu levar o jogo ao final. Com a vitória, o time voltou ao G4.
Em 11 de março, o Flamengo voltou ao Maracanã para jogar contra o Volta Redonda, que fazia um campeonato interessante, já tendo vencido o Fluminense e empatado com o Botafogo. O Flamengo foi a campo com a camisa Papagaio de Vintém. Só para se ter uma idéia, desde 1995, quando o presidente Kleber Leite ressuscitou a camisa usada em 1912 e tida como de mau agouro, o Flamengo já havia jogado 11 partidas e não conseguiu nenhuma vitória. O primeiro tempo terminou com a vitória do Volta Redonda por 1 x 0, com um gol feito com a mão. O Flamengo não havia jogado nada. Ao voltar para o segundo tempo, o Flamengo trocou de uniforme, vestindo a tradicional camisa rubro-negra. O técnico Vanderlei Luxemburgo substitui Lucas Mugni ( a torcida não agüentava mais) por Paulinho, que havia ficado afastado do futebol por 6 meses, devido a uma cirurgia delicada no joelho. Ele também substituiu Eduardo da Silva por Alecandro. O time voltou muito melhor e passou a dar pressão. Paulinho empatou com um belo chute da entrada da área e perdeu dois gols incríveis. O gol da vitória somente saiu aos 40 minutos, num cruzamento perfeito de Luiz Antonio, que Alecsandro somente empurrou para dentro do gol. Paulo Victor ainda fez duas grandes defesas no final da partida. Ao final duas conclusões: o time tinha uma dificuldade enorme jogando contra times retrancados e a camisa Papagaio de Vintém era mesmo azarada.
Jogando com a camisa nº 2, o Flamengo foi pela primeira vez a Duque de Caxias, no estádio Los Larios, bem pequeno e acanhado, para enfrentar o Tigres do Brasil. Jogo sonolento no primeiro tempo, com Alecsandro aproveitando a única chance de gol que o Flamengo teve. No segundo tempo, o jogo permaneceu um pouco lento e aos 19 minutos, o Tigres do Brasil empatou, para variar com um gol de um ex-rubro-negro. O Flamengo deu a saída e Marcelo Cirino marcou o segundo gol. O Flamengo novamente recuou e num contra ataque rápido, Marcelo Cirino fez mais um gol, se tornando o artilheiro do campeonato. Fim de jogo e com a vitória, o Flamengo foi para o primeiro lugar da tabela, mas tendo que secar os adversários.
Em 18 de março, o Flamengo voltou ao Maracanã para enfrentar o Brasil de Pelotas pela Copa do Brasil. O jogo foi morno e não teve lá grandes emoções. Somente no segundo tempo o placar se modificou. Paulinho, que havia entrado no lugar de Alecsandro, marcou o primeiro gol no seu primeiro toque na bola. No final da partida, Eduardo da Silva, que havia entrado no lugar de Gabriel, marcou o segundo gol e fechou o placar. Flamengo classificado para a segunda fase da Copa do Brasil.
Como dizia a velha música: “são as águas de março fechando o verão”. Assim foi no dia 22 de março, quando Flamengo e Vasco se enfrentaram no Maracanã. E para completar, era o dia internacional da água. E caiu um verdadeiro dilúvio sobre o Rio de Janeiro e em especial sobre o Maracanã. Mesmo assim, mais de cinqüenta ml pessoas foram ao Maracanã, o que para os dias de hoje foi um grande público. A chuva caía e o gramado do Maracanã ia se encharcando. Mas, antes do jogo ser interrompido, tivemos emoções. E a primeira emoção foi aos 17 minutos, com o primeiro gol do Flamengo. O goleiro Martins Silva, tão decantado pelos vascaínos, tenta sair jogando com o zagueiro Rodrigo, lançando a bola com a mão. A bola parou na água, na meia lua. Alecsandro veio na corrida e encheu o pé. A comemoração foi em baixo de uma enxurrada e com o gramado já ficando impraticável. Na saída de jogo, o Vasco manda uma bola na trave de Paulo Victor. Com a água cobrindo praticamente todo o gramado, o árbitro João Batista de Arruda, que por sinal deu um show de arbitragem, interrompeu a partida. Caso o jogo fosse terminado ali, haveria uma nova partida com o placar em 0 x 0. Com a interrupção de 50 minutos e com o sistema de drenagem funcionando, o gramado surpreendentemente foi secando, apesar da chuva, que caía em menor intensidade. Após este período, foi reiniciado o jogo. E o Vasco empatou a partida, numa cobrança de escanteio. Paulo Victor ainda defendeu, mas a bola já havia cruzado a linha. Logo depois, Canteros entrou livre e chutou triscando a trave. Assim terminou o primeiro tempo.
No segundo tempo, com a entrada de Everton, que havia ficado quase 1 mês parado por contusão, e Paulinho, o Flamengo melhorou e partiu para cima do Vasco. Aos 6 minutos, Marcelo Cirino deu um drible desconcertante e entrou na área pela ponta direita. Guinazu, o “carniceiro”, entrou como um trator e literalmente passou por cima de Marcelo Cirino. O árbitro, em cima do lance, marcou pênalti. A torcida do Vasco vive idolatrando o volante Guinhazu, dizendo que ele é raçudo. Na verdade, é um jogador violento, maldoso, que sempre vai no tornozelo do adversário. Acabou se envenenando com o próprio veneno. Alecsandro bateu o pênalti e marcou o gol da vitória. Ao comemorar, pegou um guarda chuva e imitou a cena de “Dançando na Chuva”. Recebeu cartão amarelo. A partir daí, o Flamengo levou perigo a cada contra ataque, perdendo a chance de marcar outros gols. Aos 33 minutos, Paulinho faz uma falta em Bernardo, que parte para cima de Paulinho. Anderson Pico acerta um soco em Bernardo e o tempo fecha. O saldo foi a expulsão de Bernardo e Guinhazu pelo Vasco e Anderson Pico e Paulinho pelo Flamengo. O Vasco partiu para cima do Flamengo e o final do jogo foi de pressão para o gol de Paulo Victor, que conseguiu segurar a importante vitória. A vitória do Flamengo embolou o campeonato, sendo que apenas o Fluminense praticamente dava adeus a Taça Guanabara e ao próprio campeonato, pois o Madureira ocupava a segunda posição, empurrando o tricolor para fora do G4. E para o presidente vascaíno que sempre afirma que Flamengo x Vasco é um campeonato a parte, lembrar que neste ano já somos bicampeões. Sem contar que o Vasco completou 3 anos sem vencer o Flamengo, que não perde para o Vasco há 10 jogos.
A batalha foi ganha, mas deixou feridos. Ao todo, dez jogadores do Flamengo estavam impossibilitados de jogar contra o Bangu no Maracanã, em 25 de março. O que salvou o Flamengo foi ter um elenco que consegue suprir essas emergências. Jogaram Marcelo, Frauches, Thallyson, Jorge, Matheus Sávio e Luiz Antonio, que voltava a apresentar seu grande futebol. Mesmo assim, o técnico Vanderlei Luxemburgo criticou a FERJ, por não permitir a inclusão de mais do que 5 jogadores das categorias de base no campeonato principal. Voltando ao jogo, ele foi muito bem disputado. O Flamengo perdeu três grandes chances de marcar no primeiro tempo. Mas, o 0 x 0 não saiu do placar. No segundo tempo, aos 6 e 8 minutos, Alecsandro e Pará marcaram e deixaram o Flamengo a vontade para os contra ataques. Perdemos algumas chances e o Bangu ainda diminuiu, após grande jogada do veterano Almir. O jogo ficou lá e cá. O Flamengo perdia uma grande chance, o Bangu levava perigo ao gol de Paulo Victor. E assim foi até o final. Com a vitória, o Flamengo se beneficiou do empate de Botafogo e Barra Mansa, para se aproximar da liderança. Apenas 1 gol a menos de saldo deixava o Flamengo em segundo lugar.
Em 28 de março, o Flamengo foi ao Engenhão, agora conhecido como estádio Nilton Santos, para enfrentar o Bonsucesso. Numa tentativa de acabar com a maldição da camisa Papagiao de Vintém, o time foi a campo com este uniforme. No primeiro tempo. Se não fosse Paulo Victor, o Flamengo já estaria perdendo com três minutos de jogo. Após cabeçada a queima roupa, ele fez um verdadeiro milagre. O Bonsucesso começou atacando mais que o Flamengo. Mas, numa jogada pela direita, a bola foi cruzada, Alecsandro fez um corta luz e Marcelo Cirino fez um belo gol. No final do primeiro tempo, Paulo Victor ainda teve que fazer nova grande defesa. Na segunda etapa, o Flamengo não voltou melhor e a partida foi muito ruim. Aos 33 minutos, o jovem Matheus Sávio,m que havia entrado no lugar de Eduardo da Silva, cobrou uma falta na ponta esquerda. A bola não bateu em ninguém e acabou enganando o goleiro rubro-anil. Tudo parecia resolvido, mas Wallace fez pênalti e deu ao Bonsucesso a chance para dar um sufoco no Flamengo. Mas, novamente Paulo Victor apareceu, defendendo o pênalti. Ao final, com o empate entre Vasco e Botafogo por 1 x 1, o Flamengo herdou a liderança isolada do campeonato. Bastaria vencer o Fluminense e o Nov Iguaçu, que o Flamengo ganharia a Taça Guanabara.
Mas, antes de falarmos do Fla x Flu, falaremos de algo que, se estivéssemos nos tempos da ditadura, seria muito normal. Mas, nos dias de hoje, tratava-se de um grande absurdo e provava que os órgãos da justiça desportiva estavam por demais politizados e trabalhando sob as ordens de outros interesses, menos os esportivos. Flamengo e Fluminense deixaram claros que as relações com a FERJ e seu presidente Rubens Lopes estavam rompidas. O presidente da FERJ, inicialmente criou uma multa para quem falasse mal do campeonato. A justiça fez cair por terra este ato absurdo e ditatorial. O presidente da FERJ, em reunião, chegou a mandar o presidente do Flamengo “enfiar suas idéias no c..” e o chamou de “filho da p..,”. Mas também assistiu aos jogos do Vasco no camarote de Eurico Miranda, que em sua volta ao Vasco, ressuscitou velhas práticas imorais, para ver se seu clube passasse a ganhar alguma coisa. Pois bem, quando Vanderlei Luxemburgo criticou a Federação, mas não atacou qualquer pessoa ou sua idoneidade, foi prontamente denunciado pelo procurador do TJD-RJ, sendo julgado e pego dois jogos de suspensão. Imediatamente, o jurídico do Flamengo foi ao STJD e conseguiu uma liminar, liberando Luxemburgo. Na sexta feira, antes do Fla x Flu, o presidente do STJD caçou a liminar que fora dada, mantendo a pena de dois jogos a Luxemburgo e o ameaçou de pegar mais jogos de gancho, por ter criticado a presença do presidente da FERJ no camarote de Eurico Miranda. Sinceramente, tornou-se nojenta a ação destes tribunais esportivos, que estão sempre a postos para cumprir as determinações daqueles que estão no poder. Com isso, Luxemburgo não poderia sequer ir ao Maracanã ou vestiário do Flamengo. Seria substituído por seu auxiliar, Deivid, que foi jogador do Flamengo de 2010 a 2012. Com o fato concretizado, Luxemburgo deu uma entrevista, dizendo que como cidadão estava sendo agredido e terminou a entrevista colocando um esparadrapo na boca, simbolizando que estavam calando a sua boca e seu direto de liberdade. Mais uma vez, o Flamengo deveria derrotar a tudo e a todos. Mais uma vez, a justiça desportiva mostrou seu lado podre. Lamentável.
Mas, voltando ao futebol, Flamengo e Fluminense foram ao Maracanã e antes do jogo começar, os times se colocaram lado a lado e todos colocaram a mão na boca, em protesto aos acontecimentos. O jogo começou e o Flamengo jogando sem Canteros, Everton e Paulinho, sem contar Samir e Arthur Maia, começou na defesa, chamando o Fluminense, para sair no contra ataque. Aos 17 minutos, Jonas ganha uma dividida e chuta do meio da rua. O goleiro tricolor Cavalieri estava adiantado e a bola entrou no lado direito. Flamengo 1 x 0. E o Fluminense partiu para cima e começou a dar pressão. O Flamengo esperando a chance de sair no contra ataque. Foi quando um lance ocorrido na entrada da área modificou a partida. Anderson Pico toca o pé de Fred, que ao cair toca a bola com as mãos. Fred havia recebido cartão amarelo minutos antes ao empurrar o goleiro Paulo Victor. O árbitro deu o segundo cartão amarelo por simulação e o vermelho. Foi uma choradeira geral. Quando a arbitragem erra a favor do Fluminense, ninguém fala nada. O primeiro tempo foi até o final, com o Flamengo vencendo por 1 x 0. No segundo tempo, o técnico interino Deivid tirou Jonas, que já tinha cartão amarelo e colocou Frauches. O jogo continuou o mesmo. O Fluminense partindo para o ataque e o Flamengo jogando no contra ataque. E foi num contra ataque, que Alecsandro é lançado pela direita e ao errar ao tentar passar a bola para Marcelo Cirino, fez o goleiro Cavalieri se jogar para cortar o cruzamento. Com o gol todo aberto, Alecsandro dá um bico e faz o segundo gol. O gol não fez o Fluminense deixar de atacar e o Flamengo ficou na defesa. No último minuto, em outro contra ataque, o jovem Matheus Sávio marca o terceiro gol e dá números finais ao jogo. O Flamengo conquistou com a vitória, o Troféu Super Clássicos pela terceira vez consecutiva, desde que foi instituído em 2013. E bastaria vencer o Nova Iguaçu para ser bicampeão da Taça Guanabara.
É, bastaria vencer o Nova Iguaçu, o vice lanterna do campeonato para ganhar a Taça Guanabara. E foi com a perspectiva de que seria muito fácil, que o Flamengo foi ao estádio Claudio Moacyr de Azevedo, em Macaé, para cumprir apenas uma formalidade. O campo estava pessimamente cuidado, com pedaços sem grama e com lama. O Flamengo desfalcado de Bressan, Marcio Araújo, Canteros, Cáceres, Everton, Arthur Maia e Paulinho. Mas, mesmo assim, parecia que seria fácil. No primeiro tempo, o Flamengo tentou chegar ao gol do Nova Iguaçu, que se defendia, como se estivesse disputando uma final de Copa do Mundo. Nas vezes em que o Flamengo chegava, o gol era perdido. O time da Baixada Fluminense jogava em velocidade e com toques rápidos, que se alguém que não estivesse a par do campeonato visse o jogo, juraria que o time laranja não estava entre os rebaixados. Anderson Pico chegou a salvar o gol do Nova Iguaçu literalmente em baixo do travessão. O Botafogo vencia o Macaé, com um gol em que a bola chutada bateu na trave e nas costas do goleiro. Sorte deles. A nossa sorte tirou folga neste dia. No segundo tempo, o Flamengo lutou muito, perdeu uma penca de gols, Paulo Victor quase que tomou um frangaço, mas o placar não saía do zero. Aos 48 minutos veio o lance que exemplificou o jogo. A bola cruzada na área encontra Marcelo Cirino, que chuta para a defesa parcial do goleiro. A bola sobra para Alecsandro, quase em cima da linha de gol. Ele consegue chutar a bola no travessão. Fim de jogo. O Botafogo que empatou com o Flamengo em todos os critérios, levou a Taça Guanabara no confronto direto, quando venceu o Flamengo por 1 x 0. Flamengo e Vasco fariam uma das semifinais e Botafogo e Fluminense, que conseguiu se classificar na “bacia das almas” vencendo o Madureira por 2 x 1, fariam a outra semi final.
Em 12 de abril, Flamengo e Vasco jogaram a primeira partida da semi-final do Campeonato Estadual. Na véspera, o Fluminense derrotou o Botafogo por 2 x 1. O Flamengo teve a volta de Bressan, Canteros e Marcio Araújo. Aos 14 minutos do primeiro tempo, numa dividida de bola, Jonas coloca o pé na cara de Gilberto e tomou o cartão amarelo. Aos 18 minutos, Vanderlei Luxemburgo tira Jonas e coloca Everton em seu lugar. O Flamengo melhorou e criou três chances de gol, sendo que Marcelo Cirino perdeu dois gols feitos. O Vasco tinha maior posse de bola, mas o Flamengo tentava partir no contra ataque. No segundo tempo, Paulinho entrou no lugar de Alecsandro e Gabriel saiu para a entrada de Arthur Maia. O Flamengo piorou muito e o Vasco passou a dominar a partida. O Flamengo não conseguiu levar perigo ao gol vascaíno. Paulo Victor fez dois milagres. E assim acabou o jogo. O Flamengo tinha a vantagem de dois empates para passar para a final do campeonato.
Na véspera do jogo decisivo, o Botafogo ganhou do Fluminense por 2 x 1, com direito a gol em impedimento e nos pênaltis, se classificando para as finais. Em 19 de abril, Flamengo e Vasco foram ao Maracanã decidir a última vaga para a final do campeonato. E como era de se esperar, o Vasco partiu para cima e o Flamengo mais na defensiva, tentando um contra ataque que não acontecia. Somente a partir dos 30 minutos, o Flamengo passou a chegar mais na área do Vasco e numa defesa milagrosa de Martim Silva, o Flamengo não marcou. Final do primeiro tempo e o Flamengo precisava do empate para se classificar. Apesar de o Vasco mostrar mais ímpeto, aos 6 minutos ocorre um pênalti escandaloso sobre Pará, que o Sr. Rodrigo Nunes de Sá não marcou porque não quis. E provavelmente não quis mesmo. Voltando ao jogo, Paulo Victor chegou a defender uma cabeçada em cima da linha. O Vasco pressionava e o Flamengo não conseguia levar mais perigo ao gol vascaíno. Numa bola lançada na área pela direita, Wallace chega na jogada e com o bico da chuteira toca na bola. O jogador do Vasco dá um mergulho como se estivesse disputando uma medalha em saltos ornamentais e sua senhoria, incontinente, como uma vontade danada, marcou pênalti. Vasco 1 x 0. Ao comemorar o gol, Gilberto sobe as escadas que dão para a torcida, sendo engolido pela mesma na euforia da comemoração. Acontece que ele já tinha cartão amarelo e o juiz não quis dar o segundo cartão amarelo, que expulsaria o jogador do Vasco. Lembrar que Alecsandro já havia recebido cartão pelo mesmo motivo, e mesmo não considerando certa esta regra, pois mata um momento mágico do futebol, que é a comemoração com a torcida, houve dois pesos e duas medidas. Vanderlei Luxemburgo tira Everton e Cirino, colocando em seus lugares Gabriel e Eduardo da Silva. Ainda faltavam 25 minutos, mas a partida não andava, com a cera do Vasco. Num cruzamento na medida, Gabriel chuta de primeira e o goleiro do Vasco faz outro milagre. E foi só. Após 3 anos sem ganhar do Flamengo, o Vasco aproveitou a mãozinha que lhe deram. Após 12 anos sem ser campeão carioca, o Vasco ganhou a chance de sair da fila. Para a felicidade da FERJ e seu presidente, os dois aliados da federação, Vasco e Botafogo, fariam a final do campeonato.
Deixando para trás toda a sujeira do Campeonato Carioca, o Flamengo foi ao sertão de Pernambuco enfrentar o Salgueiro, pela Copa do Brasil. Recebido com entusiasmo por aproximadamente cinco mil torcedores, sendo um deles ilustre, o ex zagueiro Ronaldo Angelim, o Flamengo não precisou fazer muita força para derrotar o time pernambucano por 2 x 0, gols de Arthur Maia e Marcelo Cirino e eliminar o jogo da volta, pois até a segunda fase da Copa do Brasil, o segundo jogo é eliminado caso ocorra uma vitória por 2 ou mais gols. Após a partida, o Flamengo teria 18 dias para fazer uma preparação para o Campeonato Brasileiro. Até então dois jogadores haviam sido contratados. Um estreou no jogo contra o Salgueiro. Almir veio do Bangu aos 32 anos, para tentar dar um pouco mais de qualidade ao meio de campo. O outro foi o lateral esquerdo colombiano Pablo Armero, que veio da Udinese da Itália.
Há uma semana do início do Campeonato Brasileiro, o Flamengo foi a cidade de Juazeiro do Norte jogar um amistoso contra o Icasa. Antes do jogo, Ronaldo Angelim foi homenageado com uma placa comemorativa e deu o ponta pé inicial. Uma homenagem mais do que justa a um grande jogador. A partida em si foi fraca, sendo disputada em ritmo de treino. A vitória de 1 x 0, gol de Gabriel, foi apenas um detalhe. O time reserva praticamente jogou no segundo tempo.
Em 10 de maio, o Flamengo foi ao Morumbi estrear no Campeonato Brasileiro contra o São Paulo. O time paulista, envolvido com a Libertadores, colocou em campo um time com alguns reservas. O Flamengo mandou a campo um meio de campo com Canteros, Jonas e Almir. E a torcida do Flamengo com saudades de Cáceres e Marcio Araújo. Mas, como mudar a cabeça do “pofexô” ?. E Marcelo Cirino como centro avante? Mais uma invenção do “pofexô”. E lá fomos nós enfrentar o São Paulo. No primeiro tempo, o Flamengo fez um jogo equilibrado, onde a única chance de gol ocorreu com Everton, que não soube dar uma cavadinha na saída de Rogério Ceni. Romário deveria fazer um cursinho com estes atacantes de hoje. Paulo Victor também fez um milagre e com isso o placar ficou no 0 x 0. No segundo tempo, Gabriel chegou a perder um gol feito, impedido mais uma vez por Rogério Ceni. E Canteros não soube calibrar bem o chute de cobertura, com o gol do São Paulo totalmente aberto. Bastou o São Paulo abrir a granja e colocar em campo Pato e Ganso, que a coisa desandou. O São Paulo fez dois gols, quase que brincando. No final, Ganso meteu a mão na bola na área e o pênalti foi marcado. Everton marcou o gol do Flamengo e foi só. E o “pofexô” teimando em colocar em campo Lucas Mugni, que devia ter um grande padrinho no Flamengo. A torcida já começava a se preocupar logo na primeira rodada.
Em 17 de maio, o Flamengo enfrentou o Sport no Maracanã. Seria a chance para o time mostrar a torcida que as preocupações eram exageradas. Marcelo Cirino não jogou, pois havia sentido a coxa. Na primeira etapa, o Flamengo teve a posse de bola, mas não levou perigo ao gol do adversário. Aos 46 minutos, Canteros derruba um adversário na área e o pênalti foi marcado. Sport 1 x 0. No intervalo, Luxemburgo tira o estabanado Jonas, que ganha cartão amarelo em todos os jogos e fica pendurado, e Almir, que até então só havia mostrado futebol com a camisa do Bangu. Entraram Marcio Araújo e Paulinho, que voltava de contusão. O Flamengo melhorou, mas tomou o segundo gol. A torcida vaiava o time, quando uma bola cruzada por Pará, encontrou o peito de Alecsandro, que cruzou para Canteros diminuir aos 29 minutos. No grito da torcida, o Flamengo foi à frente. Mas, aos 36 minutos, o goleiro Magrão do Sport, sofreu uma luxação no ombro direito. O Sport já havia feito as três substituições e se viu obrigado a mandar o jogador Diego Costa para o gol. Após dez minutos de paralisação, o jogo foi reiniciado. E o Sport suportando a pressão. Foi quando o goleiro improvisado mandou a bola para a lateral, pois um jogador do Sport estava caído na área do Flamengo. Acontece que o goleiro Paulo Victor já havia levantado o jogador. Aí foi aquela confusão. Vamos deixar claro que o tal Fair Play nem sempre é usado de forma correta. Muitas vezes é usado para esfriar o time adversário, na pura malandragem. Após o ocorrido, a bola é lançada na área. Eduardo da Silva, que havia entrado, domina e atrasa para Everton, que acerta no ângulo. Gol de empate. E o Flamengo por pouco não virou. Foi literalmente na raça e no grito da torcida. Mas, mais uma vez o Flamengo mostrou que precisava melhorar muito para almejar algo no campeonato.
Em 24 de maio, o Flamengo foi a Santa Catarina enfrentar o Avaí. Foi uma das piores apresentações do Flamengo no ano. Um bando em campo. Nenhuma jogada conseguia ser armada. Não se levava perigo ao gol do adversário. No segundo tempo, o Flamengo sofre um gol logo de cara, mas consegue empatar. Quando se esperava que o time melhorasse um pouco, o Avaí faz um gol irregular, onde a bola havia saído quase um metro pela linha de fundo e completada para o gol. Não adiantou reclamar. O gol foi confirmado. A partir daí, o Flamengo não conseguiu criar nada. Ao final da partida, ficou claro que o time precisava urgentemente de reforços e que o trabalho de Vanderlei Luxemburgo devia ser colocado em xeque.
Após 24 horas, Luxemburgo foi demitido do cargo de técnico do Flamengo. E para seu lugar foi contratado Cristóvão Borges. Com certeza, uma aposta da diretoria. A torcida, extremamente preocupada, via com desconfiança esta contratação.
Pela Copa do Brasil, o Flamengo enfrentou o Náutico no Maracanã. O início foi animador, com o time partindo para cima. Mas, aos poucos, o jogo ficou mais equilibrado. Aos 40 minutos, após cobrança de escanteio, Cáceres cabeceou e a bola bateu no travessão. Na volta, Wallace marcou de cabeça. Na segunda etapa, a dificuldade para chegar ao gol adversário se tornou grande, mas de vez em quando criava-se uma chance. Numa delas, Canteros entrou sozinho e chutou para fora, perdendo um gol feito. Como quem não faz, leva, o Flamengo tomou o gol de empate e não conseguiu em momento nenhum mostrar força para desempatar. O empate deixou a torcida mais uma vez frustrada.
No dia seguinte ao jogo contra o Náutico, a diretoria anunciou a contratação do atacante peruano Paolo Guerrero, que havia saído do Corinthians. Foi uma contratação de peso, com o Flamengo desembolsando um valor considerável. Mas, o jogador somente chegaria ao Flamengo após disputa da Copa América. Ainda ficava a dúvida se o Flamengo iria contratar um meio de campo para armar as jogadas, que era até então a grande deficiência do time.
Em 31 de maio, Flamengo e Fluminense se enfrentaram no Maracanã. Foi a estréia de Cristóvão Borges na direção técnica do time. E mal começa o Fla x Flu, o Sr. Sandro Meira Riche marca um pênalti absurdo de Pará em Vinicius. Fred bate e marca. Esse mesmo árbitro já havia aprontado contra o Flamengo em 2014, quando marcou um pênalti inexistente e ainda expulsou o zagueiro Chicão do Flamengo, no primeiro tempo de um jogo contra o Internacional em Porto Alegre. O Flamengo tentava atacar, mas encontrava um Fluminense completamente retrancado. Num contra ataque, a bola é cruzada para Fred. Pará, ao tentar cortar, acaba marcando contra. Mas, o time não esmoreceu. Numa jogada sensacional de Armero pela esquerda, a bola é cruzada e Alecsandro faz um golaço de cabeça. Assim acabou o primeiro tempo. No segundo tempo, o Flamengo partiu para cima, mas em novo contra ataque, com menos de um minuto, Fred faz o terceiro gol tricolor. Logo a seguir, o árbitro expulsa de forma completamente absurda o jogador Geovane do Fluminense, talvez tentando compensar o pênalti absurdo a favor do Fluminense. Com isso, o Flamengo partiu de vez para cima e o que se viu foi um ataque contra defesa. O Flamengo não conseguia entrar na defesa tricolor que se defendia como podia. Aos 39 minutos, Eduardo da Silva marcou de cabeça e diminuiu o marcador. Infelizmente, não deu para empatar. Com o resultado, o Flamengo ficou em 18º lugar com um ponto ganho em quatro partidas. Muita coisa teria que mudar.
Em 3 de junho, o Flamengo foi ao Mineirão, com a obrigação de vencer o Cruzeiro. Os dois times tinham desfalques devido a Copa América que iria se iniciar em poucos dias. O Flamengo se viu sem Armero e Cáceres, servindo as seleções da Colômbia e Paraguai. Alecsandro, já vendido ao Palmeiras, entrou em campo, o que para muitos seria um absurdo. Muito bem, o que se viu foi um jogo horroroso, disputado com muita transpiração e quase nenhuma inspiração. O Cruzeiro havia contratado na véspera o ex-treinador rubro-negro Vanderlei Luxemburgo, que fez questão de comandar o time neste jogo. Com certeza para tentar dar uma resposta aos dirigentes rubro-negros. No segundo tempo, o panorama não mudou. E jogo assim só pode ser decidido em um detalhe ou falha. Aos 35 minutos, após cobrança de escanteio, Manoel subiu sozinho e fez o gol da vitória do Cruzeiro. Com a nova derrota, o Flamengo foi para o penúltimo lugar na tabela, com 1 ponto em cinco jogos, no pior começo de campeonato da história do clube. E haja sofrimento!
Com a saída de Alecsando, o Flamengo acabou ganhando mais um desfalque para a partida contra a Chapecoense no Maracanã. O técnico Cristóvão Borges colocou Luiz Antonio na lateral direita, colocou Pará deslocado na lateral esquerda, colocou Eduardo da Silva no comando do ataque e formou o meio de campo com Canteros, Márcio Araújo e Jonas, que deram maior proteção a zaga. Com isso, o Flamengo melhorou a postura em campo e jogou de forma melhor no primeiro tempo, mas com o placar de 0 x 0 mantendo-se teimosamente. Chances foram criadas, mas parecia que a bola estava de mal com o time. No segundo tempo, o Flamengo partiu para cima, mas sempre cruzando bolas na área, que não eram aproveitadas. Até que aos dezenove minutos, a bola foi cruzada e o goleiro se enrolou com seu zagueiro. Gabriel chutou, o goleiro espalmou para cima e com isso matou a proteção na linha de gol. A bola finalmente entrou e a torcida que compareceu em bom número e que cantou o tempo todo, vibrou demais. O time da Chapecoense ainda ficou com menos um jogador, quando Marcelo Cirino partiu livre e foi derrubado pelo último zagueiro na entrada da área. Algumas chances foram novamente perdidas, mas a vitória de 1 x 0 acabou sendo justa. Agora, o futebol de Marcelo Cirino e Paulinho caiu de forma surpreendente. Não eram nem de longe os jogadores que já tinham sido. Quem sabe este futebol não ficou perdido pelas noites do Rio?
Em 13 de junho, o Flamengo foi a Curitiba, para enfrentar o Coritiba num gramado simplesmente horroroso. O técnico Cristóvão Borges repetiu o esquema e o Flamengo partiu para cima do Curitiba. Aos 19 minutos, a bola é cruzada e Eduardo da Silva cabeceou sem defesa, marcando 1 x 0. Jonas havia sofrido uma falta criminosa, que cortou a sua perna, com o sangue saindo da lesão. Logo após, ele recebeu um cartão amarelo e depois, numa falta normal recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Mais uma vez a arbitragem jogando contra, como estava se tornando comum neste campeonato. Com menos um jogador, o Flamengo jogou o final do primeiro tempo e todo o segundo tempo, marcando em cima o time do Curitiba, que tentou dar uma pressão. Controlando bem o jogo, o Flamengo conseguiu levar a partida ao seu final e com a vitória, marcou sete pontos na tabela, se afastando da zona de rebaixamento.
Durante a semana, o Flamengo fechou as contratações do lateral direito Ayrton e do meia Alan Patrick, que vieram do Palmeiras, e de Emerson Sheik, que estava no Corinthians. Sem dúvida, a diretoria procurava reforçar o time, mas ainda faltava um meio de campo de categoria para comandar a equipe em campo. A notícia triste foi a fratura da fíbula da perna do goleiro Paulo Victor em um treinamento.
A estréia de Emerson foi contra o Atlético Mineiro no Maracanã. A torcida compareceu em grande número (para os dias atuais). Mais de quarenta mil torcedores tentaram incentivar o Flamengo, que começou partindo para cima do Atlético. O goleiro Cesar assumiu o gol do Flamengo. O Atlético ainda não havia dado um chute a gol, quando aos 29 minutos, a bola é cruzada na área e Samir acaba fazendo um gol contra. Foi uma ducha fria. Aos 40 minutos, o Atlético marcou o segundo, numa bola difícil, mas defensável. Na segunda etapa, o Flamengo tentou agredir o Atlético, mas o time mineiro formou duas linhas de quatro jogadores, que não deixaram o Flamengo chegar ao gol. Infelizmente, a derrota mostrou que havia uma grande diferença entre as equipes e a vitória do Atlético foi justa. Flamengo no 17º lugar.
Em 23 de junho, a orquestra rubro-negra perdeu seu violino. Morreu Carlinhos. Que tinha um futebol tão clássico, que era chamado de “Violino”. Campeão como jogador e como técnico, sendo um dos mais vitoriosos treinadores da história rubro-negra. A ele, o nosso agradecimento. Valeu, velho Violino.
Em 28 de junho, o Flamengo enfentou o lanterna da competição: o Vasco da Gama. O jogo foi na Arena Pantanal. A torcida do Flamengo em maior número e esperando que o time saísse da zona de rebaixamento. O time entrou em campo com a camisa mostrando em suas costas as palavras “Carlinhos Eterno”. E o nosso velho Violino, de onde estava, deve ter ficado muito triste com o que viu em campo. No primeiro tempo, um time que não conseguiu fazer nada, exatamente nada. Tomou um gol, não conseguia trocar passes e não chutou ao gol vascaíno nenhuma vez. No segundo tempo, com as saídas de um Anderson Pico horroroso, de Everton, que nem de longe lembrava o jogador que já foi e de Eduardo da Silva, inopernate, o Flamengo tentou açlguma coisa, mais na vontade do que na técnica. Foi um jogo terrível. A derrota moststrou que o Flamengo não era nem de longe um time de futebol. Por sorte, não saiu do 17º lugar. Mas, com certeza, para o Flamengo não cair, precisaria virar, antes de tudo, um time de futebol.
Em 1 de julho, o Flamengo foi a Joinville, enfrentar o time da casa. O técnico Cristóvão Borges escalou dois novos laterais: Ayrton e o prata da casa Jorge. Colocou apenas dois volantes e escalou um time mais ofensivo com Gabriel, Marcelo Cirino, Everton e Emerson. O time não fez uma apresentação de gala, mas jogou o suficiente para vencer por 1 x 0, gol de Emerson no segundo tempo. A notícia triste ficou mais uma vez para uma nova contusão muscular de Samir.
Em 5 de julho, 0 Flamengo enfrentou o Figueirense no Maracanã. O técnico Cristóvão Borges manteve a formação do time, apenas colocando Alan Patrick no lugar de Gabriel. No início, o Flamengo foi para cima do time catarinense, colocando até bola na trave. Mas, com o passar do tempo, o Figueirense foi fechando a sua defesa e tornou a missão do Flamengo em algo difícil de ser realizado. Na segunda etapa, logo aos 2 minutos, Alan Patrick abriu o marcador, dando a impressão de que o Flamengo consolidaria a vitória. O jogo parecia tranquilo, quando o árbitro “inventou” uma falta na entrada da área. O goleiro Cesar armou mal a bareira e tomou mais um gol “defensável”. A partir daí, bateu o desespero no Flamengo, que esbarrava numa defesa super fechada. E para completar a desgraça, no último minuto, aos 48 do segundo tempo, num contra ataque, o Figueirense marcou o gol da vitória. Não havia mais nada a declarar.
E foi com a sensação de que o time levaria uma goleada em Porto Alegre, que o Flamengo foi enfrentar o Internacional. Devido a derrota no jogo anterior, até a apresentação de Guerrero, que seria na Gávea, foi cancelada. Mas, para que pensava em ver o Flamengo acuado, o panorama da partida não foi asssim. Aos 11 inutos, Canteros escora de cabeça para a pequena área, onde Guerrero fez o primeiro gol. O time foi atacado pelo Internacional, mas soube se defender bem. Na segunda etapa, o Flamengo perdeu várias oportunidades, mas aos 22 minutos, Everton fez um golaçõ, com um passe precioso de Guerrero. Somente aos 47 minutos é que o Internacional marcou um gol. Mas, já era tarde de mais para uma reação. Foi uma vitoria surpreendente e com uma grande atuação do estreante da noite: Guerrero.
Mas, foi devido a um acordo exdrúxulo feto pelo presidente Bandeira de Melo com o presidente do Corinthians, de que o Flamengo não poderia escalar Emerson Sheik e Guerrero contra o time paulista, que o Flamengo amargou uma derrota e humilhação no Maracanã. Com um time fraco, o Flamengo perdeu de 3 x 0 para um time muito superior. Três erros de jogadores do Flamengo deram a vitória ao Corinthians. Apenas dois detalhes: o Flamengo chegou a marcar um gol, muitíssimo mal anulado pelo bandeirinha, pois haviam dois jogadores adversários dando condições. E Vagner Love não marcou o quarto gol por que não quis. O Flamengo era o pior time como mandante, não conseguindo vencer no Maracanã.
Pela Copa do Brasil, Flamengo e Náutico jogaram na Arena Pernambuco. O Flamengo precisava de uma vitória, pois havia empatado por 1 x 1 com o Naútico no Maracanã. A chuva caiu durante praticamente todo o jogo, mas o gramado não ficou prejudicado. O técnico Cristóvão Borges colocou três cabeças de área no meio de campo, Jonas, Canteros e Cáceres, o que não era a melhor opção para um time que precisava vencer. Era muito volante e nenhuma cabeça pensante. Mas, com a contusão de Jonas, que infelizmente quebrou seu braço, a história se modificou. Marcelo Cirino entrou em seu lugar e Everton passou a jogar mais recuado. Com isso, o Flamengo se soltou mais. Mas, o gol só saiu no segundo tempo, quando uma bola foi cruzada da linha de fundo. O lateral Jorge, grata surpresa vindo do time de juniores, chutou de primeira e fez seu primeiro gol com a camisa do Flamengo. O Náutico partiu para cima do Flamengo e se não fosse o goleiro Cesar, que realizou três defesas milagrosas, a história do jogo poderia ser diferente. Quando era maior a pressão do Náutico, houve um contra ataque rápido. Marcelo Cirino avançou pela direta e cruzou na medida para Guerrero fazer o segundo gol. Partida resolvida e o Flamengo classificado para próxima fase da Copa do Brasil.
Em 18 de julho, o Flamengo leva cinquenta mil torcedores ao Maracanã, para ver Emerson e Guerrero jogando juntos com a camisa do Flamengo pela primeira vez no estádio. O adversário foi o Grêmio. Com uma atuação muita segura de sua defesa, o Flamengo começou a lear mais perigo ao gol do time gaúcho. A única chance mais concreta do Grêmio foi um chuta do ex-rubro-negro Galhardo no travessão. O goleiro Cesar começava a mostrar mais segurança. Após algumas chancesperdidas, aos 40 minutos, uma falta é cobrada na lateral da área, pela direita. Após uma grande defesa de Marcelo Grohe numa cabeçada à “queima roupa”, Guerreo mostou oportunismo e empurrou a pelota para dentro do gol. A torcida vibrou com mais um gol daquele que estava começando a se tornar ídolo. No seguno tempo, o Flamengo impôs seu ritimo e perdeu muito mais chances do que o Grêmio. Ao final, a vitória deixou a torcida feliz e com a certeza de que o time poderia melhorar mais ainda.
Durante a semana, o Flamengo contratou o zagueiro Cesar Martins e o meio de campo Ederson, que vinha para ocupar a camisa 10. Na partida contra o Goiás, o zagueiro Cesar Martins estreou, pois Wallace estava suspenso. Jogar contra o Goiás no Serra Dourada nunca é fácil. E dessa vez também não foi. No primeiro tempo, o Goiás atacou e a defesa rubro-negra teve que se virar. Mas, no segundo tempo, o Flamengo partiu para cima e começou a levar perigo ao gol adversário. Numa jogada em que Guerrero deixou Marcelo Cirino na cara do gol, o Flamengo marcou o gol da vitória. O Goiás ainda tentou e acabou perdendo um go incrível no final da partida, com a bola indo na trave. Foi uma vitória importante que deu confiança ao time.
Mais de sessenta mil torcedores foram ao Maracanã assistir Flamengo x Santos. E o primeiro tempo foi algo sensacional, como o Flamengo ainda não havia jogado neste ano. E, após perder tantas chances de gol, finalmente o Flamengo marcou com um golaço de Alan Patrick, num chute de fora da área que foi no ângulo.Um minuto depois, Emerson foi lançado pela direita, penetrou na área e fez Flamengo 2 x 0. Na segunda etapa, o Flamengo continuou melhor, mas numa falha de Paulo Vitor, que voltava de grave fratura na perna, O Santos diminuiu. O Flamengo foi perdendo tereno no meio de campo, até que o Santos empatou num chute colocado, que Paulo Victor ainda raspou os dedos na bola. Nos últimos dez minutos, o Flamengo deu uma blitz e se não fosse pelo goleiro Vanderlei, o Flamengo sairia com a vitória. Empate frustrante para a torcida do Flamengo, que não perdoou o técnico Cristóvão Borges, chamando-o de “burro”.
Em 9 de agosto, dia dos pais, o Flamengo foi a Campinas enfrentar a Ponte Preta, que já não vencia há 7 jogos. O goleiro Paulo Vitor voltou a sentir a perna e cedeu lugar a Cesar. No primeiro tempo, o Flamengo foi superior, dominou o jogo e colocou duas bolas na trave. No segundo tempo, inexplicavelmente, o técncio Cristóvão Borges tirou Alan Patrick, que fazia boa partida e colocou em seu lugar Luiz Antonio. Com isso, o Flamengo ficou mais defensivo e perdeu o domínio do jogo. E numa cobrança de escanteio, a zaga ficou olhando o zagueiro da Ponte Preta cabecear. A bola iria longe do gol, mas bateu no rosto de Marcio Araújo e foi para o gol. O time ainda tentou alguma coisa, quando Cristóvão colocou Gabriel, mas a substituição não surtiu efeito. Com a derrota, o Flamengo caiu para 13º lugar. Foi um presente de grego para os pais rubro-negros.
Em 12 de agosto, o Flamengo enfrentou o Atlético Paranaense no Maracanã. Neste jogo estreou o jogador Ederson, que veio para vestir a camisa 10. E a sua atuação foi muito animadora. No primeiro tempo, o Flamengo marcou 1 x 0 com Wallace. Mas, após falha da defesa em jogada de bola parada, o Atlético empatou. Aos 40 minutos, Emerson entrou pela esquerda e marcou o segundo gol. E aos 44 minutos, Alan Patrick marcou um golaço de falta, lembrando as cobranças de Zico. No segundo tempo, o Flamengo mandava no jogo, mas tomou um gol bobo, após cobrança de escanteio. A defesa do Flamengo formada por dois zagueiros altos, casos de Wallace e Cesar Martins, tomava gols de bobeira. Mesmo sem sofrer mais algum perigo, o Flamengo pôs em risco uma vitória que parecia tranquila. A vitória de número 500 na história do Campeonato Brasileiro. Ao final, o Flamengo somava mais três pontos preciosos.
Em 16 de agosto, o Flamengo jogou pela primeira vez no novo estádio do Palmeiras, antes chamado de Parque Antarctica, agora chamado de Alianz Park. No primeiro tempo, logo aos cinco minutos, a defesa novamente não sai do chão e o Palmeiras faz 1 x 0, após cobrança de escanteio e uma cabeçada à “queima roupa”. O Flamengo reagiu e teve até mais posse de bola, mas somente não empatou, pois dois pênaltis claros não foram marcados, um em Pará e outro em Guerrero. Era a velha arbitragem caseira agindo de novo. No segundo tempo, o técnico Cristóvão tirou Jonas e colocou Ederson. E em 10 minutos o Flamengo virou com dois gols de Ederson. Foram 12 minutos perfeitos, com o time perdendo várias chances de gol e dominando o jogo. Mas, a defesa entregou o ouro. Primeiro, Samir faz um gol contra (mais um). Logo depois, o Palmeiras marca mais dois gols, um deles, para não perder a tradição, de um ex-rubro-negro: Alecsandro. Foi uma dura derrota, que mostrou que a defesa não estava nada bem. O zagueiro Cesar Martins, vindo do Benfica, apesar de quase dois metros, não saía do chão. E assim, o Flamengo amargou mais uma derrota. Chegava ao fim o primeiro turno, com o Flamengo fazendo uma campanha pífia para suas tradições. Ficava a esperança para um segundo turno melhor.
Em 19 de agosto, o Flamengo enfrentou o Vasco pela Copa do Brasil. O Vasco havia terminado o primeiro turno do Campeonato Brasileiro em último lugar. A princípio, seria uma vitória fácil. Mas, o Flamengo decidiu que era hora de ressuscitar um morto. O jogo foi equilibrado, com jogadores importantes como Emerson e Guerrero jogando muito abaixo do que podiam. Guerrero cheou a perder um gol cara a cara. O Vasco também teve sua grande chance, com o goleiro Cesar fazendo milagre. No segundo tempo, o Vasco permaneceu bem plantado na defesa e fazendo muitas faltas, mas quem acabou expulso foi o zagueiro Wallace. Com menos um jogador, o Flamengo acabou tomando um gol e não conseguiu ter poder de reação. Com a derrota, o treinador Cristóvão Borges foi deminitdo. Em seu lugar foi contratado Oswaldo de Oliveira.
Voltando ao CampeonatoBrasileiro, o Flamengo enfrentou o São Paulo no Maracanã, em 23 de agosto. Foi a estreia do trienador Oswaldo de Oliveira. E de cara, ele coloca Everton na lateral esquerda, pois o Flamengo ficou sem Jorge para a Seleção Brasileira Olímpica. No primeiro tempo, o time jogou muito bem, envolvendo o São Paulo. Mas, aos 32 minutos, após cobrança de escanteio, o goleiro Cesar saiu mal do gol e o São Paulo fez 1 x 0. Aos 42 minutso, a bola foi lançada par a entrada da área e Ederson aproveita a falha da zaga paulista e empata a paritda. No segundo tempo, sódeu Flamengo. Guerrero perdeus chances incríveis nos dois primeiros minutos, mas aos 3 minutos, ele aproveitou nova falha da zaga paulista e virou o jogo. Durante o segundo tempo, o Flamengo poderia ter macado mais gols, mas ficou no 2 x 1. Resultado importante para começar o segundo turno do brasileiro.
Em 26 de agosto, o Flamengo enfrentou o Vasco pela Copa do Brasil. O Vasco era o último colocado no Campeonato Brasileiro, com 13 pontos e 3 vitórias em 20 jogos. Caminhava a passos largos para o seu terceiro rebaixamento no Brasileiro. Todos pensaram que a derrota de 1 x 0 no jogo anterior tinha sido um acidente. E esta impressão ficou mais clara quando o Flamengo partiu para cima e marcou aos 5 minutos, através de um lance polêmico. A bola cruzada na área do Vasco é cortada e sobra para o lateral esquerdo Jorge chutar cruzado. Três jogadores do Flamengo voltavam da posição de impedimento. Um deles, o zagueiro Cesar Martins, pula, não querendo ir na bola, que acaba batendo na perna do vascaíno Madson, indo morrer no gol. Mas, o que parecia uma vitória fácil, começou a se tornar pesadelo. Guerrero torce o tornozelo e sai de campo. Ederson sofre lesão na virilha e sai também. O time perde o meio de campo e o que se vê a partir daí é um festival de chutões de ambos os lados, que transformou o jogo numa grande pelada. O Flamengo foi sendo pressionado, e aos 38 minutos do segundo tempo, sofre o empate, que o desclassifica da Copa do Brasil. Sem contar que Emerson em entrevista diz que o árbitro era uma M... , o que certamente lhe renderia uma suspensão do STJD (esta sigla dá arrepíos). Uma noite para esquecer.
A seguir, o Flamengo vai a Recife enfrentar o Sport, sem contar com Guerrero, Ederson e Wallace. O jogo foi na Arena Pernambuco, o que deixou o favoritismo do Sport quando jogava na Ilha do Retiro, bem menor. E logo aos 4 minutos, Pará cruza na medida para a cabeçada fulminante de Everton, fazendo 1 x 0 para o Flamengo. Logo depois, um jogador do Sport é expulso de campo por jogada violenta e isso facilita as coisas para o Flamengo. No segundo tempo, o Flamengo comandou o jogo e desperdiçou oportunidades. Ao final, a segunda vitória seguida no segundo turno deixava o Flamengo com 29 pontos e em décimo lugar na tabela.
Em 2 de setembro, o Flamengo foi a Natal jogar contra o avaí, no estádio Arena das Dunas. O time foi a campo tentando fazer durar a boa fase no campeonato. Com Guerrero machucado, Oswaldo de Oliveira escalou Kayke, que já havia atuado pelo Flamengo, mas fez sucesso exatamente em Natal, pelo ABC. Noprimeiro tempo, o Flamengo saiu na frente com um gol de Alan Patrick, após vários passes dentro da área. O Flamengo dominou o primeiro tempo, mas somente conseguiu voltar a marcar no segundo tempo, com dois gols de Kayke. O Flamengo voltava a apresentar segurança na defesa e com isso, os resultados começaram a aparecer. Com a vitória, o Flamengo foi a 32 pontos e subiu para o nono lugar.
Em 6 de setembro, o Maracanã recebeu o Fla x Flu. A torcida do Flamengo compareceu em massa para empurrar o time para mais uma vitória. E o início do jogo foi devastador. Até os 26 minutos, o Flamengo dominou a partida de forma avassaladora. Antes de fazer o primeiro gol aos seis minutos, o Flamengo já havia perdido duas grandes oportunidades, com milagres do goleiro Cavalieri. Mas, após cobrar um escanteio, Wallace toca na bola com o braço e Emerson chuta de primeira e faz 1 x 0. Tá certo que o gol foi irregular, mas o Flamengo dominava amplamente. E logo depois, Pará toca para Kayke chutar cruzado e marcar o segundo gol. Após este gol, o Flamengo ainda perdeu mais duas grandes chances. O Fluminense somente chutou a gol aos 46 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, o Fluminense ensaiou uma reação e após pênalti cometido por Samir, o tricolor marcou seu gol. Quando tudo levava a crer que o Fluminense iria para cima, o Flamengo matou o jogo com um gol de Paulinho, escorando de cabeça uma bola que rondou o gol tricolor, mas que acabou se aninhando nas redes. O jogo ficou totalmente controlado e se o Flamengo houvesse pressionado mais, teria marcado mais gols. Foi a quarta vitória consecutiva em quatro jogos do returno e o Flamengo foi para o sexto lugar, com 35 pontos. E só para completar a história, o Flamengo conquistou o Troféu Fla x Flu Clássico dos Clássicos pela terceira vez (contra 1 vez do Fluminense).
Em 10 de setembro, o Flamengo enfrentou o Cruzeiro no Maracanã. Com o time bastante desfalcado, com as ausências de Everton, Guerrero, Marcio Araújo e Canteros, havia a desconfiança de que o resultado não seria muito bom. Mas, mesmo assim, quarenta mil torcedores foram ao Maracanã, numa quinta feira chuvosa no Rio de Janeiro. Emerson fora julgado pelo STJD, que lhe deu um jogo de suspensão por ter dito que o árbitro do segundo jogo contra o Vasco pela Copa do Brasil era uma M... O Flamengo conseguiu um efeito suspensivo e ele pode jogar contra o time mineiro. Com os resultados dos outros jogos da rodada, o Flamengo poderia chegar ao G4 com uma vitória. No primeiro tempo, o Cruzeiro pressionou e Paulo Victor salvou o time com duas defesas milagrosas. Mas, aos 45 minutos, a bola é cruzada da esquerda e Alan Patrick chuta deprimeira. A bola ainda resvala em Paulinho e entra. O time vai para o intervalo com uma vantagem preciosa. No segundo tempo, o Flamengo que já havia perdido Wallace no primeiro tempo por contuisão, fica sem Emerson também. O Cruzeiro tenta empatar o jogo, mas a defea rubro-negra se mantém firme. Aos 33 minuitos, após cobrança de escanteio, a bola é rbatida para o alto e cai na entrada da área. Luiz Antonio pega de primeira e faz um golaço. Festa no Marcanã. Até o final da partida, o Flamengo segurou a pressão cruzeirense e conseguiu uma grande vitória, que o colocou em quarto lugar na tabela. E a torcida cantando: “Ih, Libertadores qualquer dia tô aí”.
Desfalcado de Wallace, Alan Patrick, Emerson e Guerrero, o Flamengo foi a Chapecó enfrentar a Chapecoense. Jogo normalmente difícil, disputado em campo pequeno e com a torcida local em cima, fazendo pressão. Tudo levava a crer que a vitória deveria ser conseguida com muito esforço. Mas, o que se viu foi exatamente o contrário. O Flamengo dominou o adversário com extrema facilidade, com toques de bola e com uma zaga extremamente segura. E o primeiro gol foi uma pintura. A bola cruzada da direita encontrou Paulinho na esquerda. Ele chuta de primeira, cruzado. A bola toca na trave, na junção com o travessão e estufa as redes. Um golaço ! E o panorama da partida não se modificou. Paulo Victor foi um expectador privilegiado no primeiro tempo, não fazendo nenhuma defesa. Aos 33 minutos, a bola é lançada na área para Marcelo Cirino, que atrasa para Canteros chutar cruzado e marcar outro golaço. Na segunda etapa, o Flamengo pisou no freio, mas mesmo assim a Chapecoense não levava muito perigo. Foi quando aos 35 minutos, Marcio Araújo comete pênalti. O gol da Chapecoense provoca a sensação de que um jogo fácil e ganho poderia se complicar. Mas aos 43 minutos, num contra ataque, Ederson deixa Kayke cara a cara com o goleiro. Ele toca rasteiro e fecha o placar. Sexta vitória consecutiva do Flamengo no segundo turno e a quarta posição no G4.
Em 17 de setembro, o Flamengo levou o jogo contra o Coritiba para Brasília. A torcida do Flamengo simplesmente quebrou o recorde de público e renda do campeonato, com 70 mil pessoas no estádio. Todos queriam ver a sétima vitória consecutiva do time e a manutenção da colocação no G4. Mas, infelizmente, a atuação do time foi desastrosa. Parecia que o time estava sonolento em campo e acabou saindo do primeiro tempo perdendo por 2 x 0. E Paulo Victor ainda salvou várias chances do time paranaense. No segundo tempo, o Flamengo teve mais posse de bola, mas o Coritiba se fechou na defesa e foi impossível fazer algum gol. Com a derrota, até certo ponto inesperada, o Flamengo saiu do G4.
A seguir, o Flamengo vai a Belo Horizonte enfrentar o Atlético Mineiro. Guerrero voltava ao time após se recuperar de contusão. Mas, o time jogou desfalcado de Wallace, Jorge e Emerson. O início foi animador. O time dominou a partida e teve um pêanlti cometido pelo goleiro Victor em Marcelo Cirino. Alan Patrick bateu e perdeu. Para piorar, o Atlético Mineiro fez 1 x 0, com um surpreendente gol contra do zagueiro Marcelo. O time continuou jogando melhor e chegou ao empate num chute de Paulinho, que desviou na zaga. Mas, mesmo jogando melhor, o Atlético contou mais uma vez com a inoperância da zaga rubro-negra nas bolas altas cruzadas na área e marcou o segundo gol. No segundo tempo, o Flamengo caiu muito de produção e o Atle´tico marcou mais dois gols. E graças a Paulo Victor, a vergonha não foi maior. O time caiu para o sexto lugar na tabela.
Pela oitava vez no ano o Flamengo enfrentou o Vasco. E pela oitava vez, o Flamengo era favorito. O Vasco lutando desesperadamente contra o rebaixamento. E por incrível que pareça, o Vasco já havia vencido em três oportunidades. Houve dois empates e duas vitórias do Flamengo. E tudo indicava uma vitória fácil, quando Emerson fez 1 x 0 logo no início. Mas, como sempre, o Flamengo não se impôs no jogo, se retraindo e chamado o adversário para cima. Quando acordou, já estava 2 x 1 para o adversário. Aí, já não dava para fazer mais nada.
Em 4 de outubro, a torcida do Flamengo invadiu o Maracanã com sessenta mil torcedores num domingo pela manhã. O time enfrentou o Joinville, que era o último colocado no campeonato. Na primeira etapa, o Flamengo dominou as ações, com muito mais posse de bola. Mas, acabou pecando no último toque e nas definições de jogadas. A chance mais nítida foi uma bola no travessão mandada pelo zagueiro Cesar Martins. Na segunda etapa, Guerrero é derrubado na entrada da área. A barreira é montada. O lateral direito Ayrton cobrou com maestria, à la Zico, e marcou um golaço. Com o gol, o time se tranquilizou mais e acabou marcando o segundo por intermédio de Gabriel, que acabara de entrar no jogo. O Flamengo controlou a partida com tranquilidade, dando a torcida a oportunidade de dar um show, com a famosa “ola” rodando o Maracanã.
Com a paralisação do Campeonato Brasileiro devido aos jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, o Flamengo fez um amistoso contra a Desportiva Feroviária do Espírito Santo, o que não acontecia há 19 anos. O estádio Kleber Andrade ficou lotado com a torcida do Flamengo, o que demonstra a força dessa torcida. No primeiro tempo, o time jogou com seus titulares e vanceu por 2 x 0, gols do zagueiro Cesar Martins e Emerson, cobrando pênalti. No segundo tempo, os reservas entraram em campo e jogaram muito bem, marcando mais dois gols, fechando o placar em 4 x 0, com gols de Matheus Sávio e de Douglas Bagio.
Quando todo mundo achava que o Flamengo iria partir para tentar um lugar no G4, novamente o time decepcionou. E olha que todos os times que lutavam com o Flamengo por esta vaga, Santos, Palmeiras e São Paulo, perderam. E o Flamengo não conseguiu vencer o Figueirense, que não vencia em casa há um mês e que lutava contra o rebaixamento. O time teve 70% de posse de bola e mesmo assim, jogou de forma pífia. O Figueirense se fechou na defesa e a cada ataque, faziaum gol. No final, 3 x 0. E a torcida ficava com aquela sensação de que o time era extremamente irregular ou não mostrava a vontade necessária ou até mesmo a ambição para conseguir muito mais.
Em 18 de outubro, o Flamengo enfrentou o Internacional no Maracanã. Só para resumir: 16 chutes a gol para o Flamengo e 4 para o Internacional. Flamengo com 60% de posse de bola. Paulo Victor não fez uma defesa sequer. No final: Internacional 1 x 0. E a sequência que o Flamengo iria ter até o final do campeonato seria bem difícil. A torcida esperava que os 44 pontos que o time tinha até então fosse suficiente para não cair. A única alegria que a torcida teve foi comemorar os gols do São Paulo, que deixou o Vasco na lanterna do campeonato.
A seguir, o Flamengo enfrentou pela primeira vez o Corinthians no seu estádio, presente que lhe foi dado pelo nosso ex presidente da república. O pensamento de todos era de que o Flamengo sofreria uma derrota humilhante, já que o Corinthians fazia uma campanha fantástica e já era praticamente o campeão brasileiro. Mas, mesmo com uma diferença técncica enorme, o Flamengo conseguiu equilibrar a partida. Somente aos 47 minutos do primeiro tempo, o Corinthians marcou seu gol. No segundo tempo, aos 12 minutos, Jonas, mais uma vez, recebeu cartão vermelho e deixou o Flamengo com menos um jogador. Seria praticamente um milagre empatar a partida, mas pelo menos, o placar não se movimentou. Seis derrotas nos últimos sete jogos. E a torcida sofrendo bastante.
Para piorar as coisas, a diretoria decide afastar por tempo indeterminado os jogadores Pará, Marcelo Cirino, Alan Patrick, Everton e Paulinho, por estarem em uma festa regada a bebida e mulheres. A notícia vazou na internet e não foi bem recebida. Estes jogadores já estavam sendo investigados pela diretoria por estarem sempre envolvidos com festas e bebidas. Sem contar que o desempenho dentro do campo era cada vez menor. As coisas estavam fervendo na Gávea.
Em 01 de novembro, o Flamengo jogou em Porto Alegre contra o Grêmio. Perdeu de 2 x 0 e Guerrero foi expulso. Precisava dizer mais alguma coisa ? Mais uma vergonha. Isto levou a diretoria do Flamengo a perdoar os jogadores afastados do elenco, reintegrando-os para os próximos jogos. A torcida, portanto levou sua indignação ao Maracanã, no jogo contra o Goiás, com faixas dizendo “indignação” e “respeitem a Nação”.
A partida contra o Goiás começou com o Flamengo impondo um forte ritmo. Alan Patrick em grande jogada fez 1 x 0, com um chute de fora da área. O time perdeu várias oportunidades de gol, principalmente com Emerson. Mas, a partir do 35 minutos, o time se desinteressou pelo jogo e acabou sendo castigado com o empate no último minuto. Os jogadores foram para os vestiários sob vaias e gritos de “time sem vergonha”. Na volta para o segundo tempo, o Flamengo partiu para cima e logo fez dois gols, sendo outro de Alan Patrick, após rebatida do goleiro em grande jogada de Pará, e outro de Kayke, que penetrou livre e deslocou o goleiro. No final, Kayke fez outro gol, cabeceando bola levantada na área por Pará, cobrando falta. Foi uma bela vitória, contra um time virtualmente rebaixado, mas que amenizou um pouco a crise na Gávea.
Em 15 de novembro, o Flamengo completou 120 anos de história. História repleta de glórias e conquistas, que formaram com o passar dos anos a maior torcida do Brasil, também conhecida como Nação Rubro-Negra. Para promover o aniversário, o Flamengo convidou o Orlando City dos Estados Unidos, que disputava a Major League Soccer. O domingo foi chuvoso e apenas 12 mil torcedores foram ao Maracanã, já mostrando que o setor de Marketing do Flamengo falhou feio na organização da festa. O Flamengo jogou com seu time titular no primeiro tempo, desfalcado de Guerrero, que estava na seleção peruana e Emerson, que foi poupado. Foi um primeiro tempo sonolento e jogado meio de má vontade. Alan Patrick chegou a fazer um pênalti, que foi defendido por Paulo Vistor ( o décimo pênalti defendido por ele até então). O Flamengo não chutou uma bola sequer ao gol adversário. No segundo tempo, o Flamengo jogou com seus reservas, que mostraram mais serviço em campo. O gol somente saiu aos 34 minutos, após cobrança de falta feita por Luiz Antonio. A bola bateu num jogador do time norte americano e enganou o goleiro. A partir daí, o Flamengo dormiu em campo. O time norte americano não era lá essas coisas, mas mesmo assim levou perigo ao gol defendido por Cesar. Ao final, ficou a impressão de que os jogadores jogaram com uma tremenda má vontade. Longe de honrarem a camisa rubro-negra.
Em 19 de novembro, o Flamengo enfrentou o Santos, já em clima de fim de festa. O time até que se apresentou bem, mas acabou perdendo todas as chances de gol que criou. Guerrero, que entrou no segundo tempo, pois havia jogado dois dias antes pela seleção do Peru contra o Brasil, entrou apenas no segundo tempo e manteve a rotina de se apresentar mal. Ao final, o empate de 0 x 0 foi o mais perfeito exemplo de que o ano estava no final e que não havia mais nada a fazer.
Em 22 de novembro, o Flamengo foi a Brasília enfrentar a Ponte Preta. Foi um jogo fraco tecnicamente. Somente no segundo tempo, o Flamengo conseguiu melhorar e fazer 1 x 0 com Gabriel. Mas, cedeu o empate no final. Aos 35 minutos, o goleiro Marcelo Lomba se contundiu e como a Ponte Preta já havia realizado as três substituições, um jogador da linha foi para o gol. Nem assim o Flamengo conseguiu vencer. Ao final, ficava a certeza de que vários jogadores não poderiam continuar a vestir a camisa rubro-negra. Casos de Pará, Cesar Martins, Ayrton, Canteros, Marcio Araújo, Jonas, Alan Patrick, Kayke, Paulinho, Everton, Marcelo Cirino, entre outros. E que a permanência de Guerrero e de Emerson deveria ser muito bem avaliada. A torcida não aguentava mais ver o Manto Sagrado sendo vestido por essa mulambada. O técnico Oswaldo de Oliveira, já de saco cheio de ficar ouvindo que o Flamengo estava tentando contratar outro técnico, pediu o boné e foi embora. Jayme de Almeida ficou em seu lugar de forma interina.
Com uma defesa horrorosa, um meio de campo ineficiente e um ataque inofensivo, sem contar a falta de vontade, o Flamengo foi derrotado pelo Atlético Paranaense, na Arena da Baixada, na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, por 3 x 0. E poderia ser de mais. A torcida esperava que a barca saísse cheia para o próximo ano. Era um final de ano e de campeonato melancólicos.
E, finalmente, só para terminar um ano pavoroso, o Flamengo perdeu para o Palmeiras por 2 x 1 no Maracanã. Foi um ano pífio. O Flamengo ainda foi o melhor carioca no Campeonato Brasileiro, mas em 12º lugar. Mostrando que o futebol do Rio de Janeiro encontrava-se num patamar muito baixo. A única alegria da torcida do Flamengo foi ver o Vasco ser tri rebaixado (2008, 2013 e 2015).
Em dezembro, o Flamengo realizou eleições para presidente. Concorreram o atual presidente Eduardo Bandeira de Melo, Walin Vasconcelos e Cacau Cota. Eduardo Bandeira de Melo foi reeleito para o próximo triênio. E, de cara, contratou Muricy Ramalho como novo técnico do Flamengo para 2016. Renovavam-se as esperanças para um 2016 melhor.
No Futebol de Base, o Flamengo conquistou a Taça Guanabara e a Taça Rio, sagrando-se Campeão Estadual Júnior. No Juvenil, conquistou a Taça Rio. No Infanto Juvenil conquistou o Torneio Guilherme Embry. No Infantil conqusitou a Copa Brasil (também conhecida como Copa Votorantim) e a Copa Leão da Serra. No Mirim, conquistou o Campeonato Metropolitano (Taça Bradesco). E no Futebol Feminino, conquistou o Campeonato Estadual.
Em 2015, o Flamengo conquistou pela quinta vez o Campeonato Brasileiro de Basquete, sendo este o Tetracampeonato Brasileiro Adulto Masculino pelo NBB. Após ter feito uma primeira fase um pouco irregular, o time simplesmente foi implacável na semi final e final. Na semifinal fez 3 x 0 contra o Limeira. Na final, o Flamengo enfrentou o Bauru, que havia feito a melhor campanha na primeira fase. Neste ano, seria campeão quem vencesse duas partidas. A decisão começou no Rio de Janeiro e o Flamengo simplesmente arrasou o Bauru por 91 x 69. O segundo jogo foi disputado em Marília, mas o Flamengo novamente não se importou com nada e simplesmente dominou a partida, vencendo por 77 x 67. Foi uma vitória incontestável da equipe liderada pelo técnico José Neto. O time do Flamengo contou com Marcelinho, Walter Herrmann, Laprovitolla, Marquinhos, Jerome Meyinsse, Danielzinho, Vitor Benite, Chupeta, Olivinha, Gegê, Cristiano Felício e Gigante. Em outubro, conquistou o Campeonato Estadual pela décima primeira vez consecutiva, superando o feito do time decacampeão na década de cinquenta. Nas categorias de base, o Flamengo conquistou o Campeonato Estadual nas categorias Juvenil Masculino, Infanto Juvenil Masculino e Mirim Masculino. Também conquistou o Torneio Aberto Masculino e o Festival Basqueteduca Masculino, ambos no Pré Mirim. Novamente o Flamengo conquistou o Troféu Eficiência.
No Futebol de Salão, o Flamengo conquistou os Campeonatos Metropolitano e Estadual Infantil.
No Futebol Society, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro, sendo este o primeiro campeonato da Super Liga de Fut 7.
No Futebol de Mesa, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro e o Estadual na categoria “Dadinho”.
No Futevôlei, o Flamengo conquistou a Copa E.C. Pìnheiro, a Copa São Paulo e o Torneio Duelo de Titãs, todos no masculino.
No Remo, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro de Barcos Curtos e o Campeonato Estadual nas categorias Aspiurantes, Júnior B e Infantil.
Na Natação, o Flamengo conquistou o Torneio Ruy Essucy Petiz de Inverno e Verão, o Torneio de Natação Petiz, o Campeonato Estadual Júnior de Inverno, o Campeonato Estadual Petiz de Inverno e Verão, o Campeonato Estadual Juvenil de Verão, o Campeonato Estadual Infantil de Verão, o Troféu Denir de Freitas Ribeiro Petiz e o Troféu Roberto de Carvalho Pável Petiz.
No Nado Sincronizado, o Flamento conquistou o Campeonato Brasileiro Infantil de Principiantes, o Campeonato Estadual e o Campeonato Brasileiro Sênior Nível A.
No Pólo Aquático, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Feminino Adulto, o Campeonato Brasileiro Juvenil Feminino (sub 19), o Campeonato Estadual Júnior Masculino e a Copa do Brasil Masculino Adulto.
No Judô, o Flamengo conquistou o Campeonato Estadual Máster.
Na Ginástia Olímpica, o Flamengo conquistou o Campeonato Brasileiro Pré Infantil Feminino B.
No Vôlei, o Flamengo conquistou o Torneio Início Juvenil Masculino, o Torneio Início Infanto Juvenil Masculino, a Copa Cidade Maravilhosa Infantil Masculino, a Taça Paraná Infantil Masculino, o Campeonato Brasileiro Máster Feminino (+50). o Campeonato Estadual Juvenil Masculino e o campeonato Estadual Infantil Masculino.